DATA DA PUBLICAÇÃO 27/06/2017 | Veículos
Ford EcoSport 2.0 Titanium 2018: primeiras impressões
Antigo líder do segmento, Ecosport muda coração e recheio para ficar à altura de Honda HR-V, Jeep Renegade e Hyundai Creta. Veja ficha técnica e os equipamentos de série./i>
Mais do que uma reestilização, o Ford EcoSport passará por uma profunda mudança na versão 2018 para competir de igual para igual com os novos rivais que tomaram seu reinado no segmento de SUVs compactos: Honda HR-V, Jeep Renegade e Hyundai Creta.
Por fora, a transformação parece não ser tão radical. Um “tapa” na frente e detalhes que melhoraram a aerodinâmica em 11% podem ser menos perceptíveis do que o que foi modificado por dentro.
Saiu o antigo motor 2.0, e entrou um 2.0 moderno, com 29 cv a mais. Saiu o câmbio automatizado Powershift, e entrou um automático tradicional, que deu outra vida ao carro. No interior, mais de 50% das peças são novas.
Pelo menos na versão mais cara e equipada, o pioneiro do segmento fica mais forte e com um pacote bastante completo de equipamentos. O preço? Ainda não é oficial, mas deve chegar perto casa dos R$ 100 mil - a versão Titanium atual não sai por menos de R$ 94.700.
Nova dinâmica
Em um breve teste feito em pista fechada, o EcoSport 2018 mostrou que pode fazer jus ao nome utilitário esportivo. Herdado do Focus, o motor 2.0 tem injeção direta de combustível e rende até 175,8 cv (etanol) em 6.500 rpm, o que significa um salto de 19% de potência em relação ao anterior.
O torque passou de 19,7 kgfm para 22,5 kgfm. Essa força é orquestrada de forma bem dinâmica pela nova transmissão automática, com conversor de torque e 6 velocidades, que foi desenvolvida a partir da caixa usada no sedã Fusion.
Os novos ajustes deixaram a direção elétrica mais precisa e firme quando necessário, sem dificultar manobras em baixa velocidade. Além disso, melhorias no eixo traseiro, na rigidez torcional e na absorção dos impactos pela suspensão tornaram o EcoSport mais agradável de dirigir.
E se você pisar fundo no acelerador, ele não ficará para trás. Segundo a Ford, a aceleração de 0 a 100 km/h chega em 9,5 segundos, perdendo apenas para os rivais com turbo (Chevrolet Tracker e Peugeot 2008 THP).
Para quem não resiste a uma reduzida na marcha para entrar na curva, pela primeira vez há trocas de marcha por aletas no volante.
O viés negativo deve ser o consumo de combustível. O Inmetro ainda não homologou as médias, mas a Ford espera que a versão Titanium fique com nota B na categoria (HR-V e Creta são nota A em todas as versões e o Renegade também ganhou B na versão com motor 1.8).
Interior
De acordo com a fabricante, pelo menos 50% do interior é novo, passando pela arquitetura elétrica de fios e módulos, até bancos dianteiros e o volante com paddle shifts. Mas tudo isso deve passar despercebido.
A grande novidade é a central multimídia Sync 3 com tela de 8 polegadas, conectividade para smartphones Apple e Android, comandos de voz que entendem sotaques e uso bem similar ao de tablets. A tela tem boa sensibilidade ao toque, ícones grandes e pouco reflexo.
Mais entradas USB para carregamento de celular também são tendência, e o EcoSport vem com duas no console central, além do ponto de 12V.
Embora seja visível o cuidado na escolha de cores, texturas e materiais, o acabamento ainda apresenta problemas antigos de montagem, como rebarbas e soluções de baixo custo.
O porta-malas ganhou um sistema de divisão de compartimentos. Na posição normal, que deixa o assoalho contínuo com os bancos rebatidos, o espaço é 356 litros.
Mas agora é possível posicionar o assoalho mais para baixo e acrescentar 52 litros, ou usar como um compartimento "secreto".
Segurança
Os 7 airbags não são exclusivos da Titanium e vão equipar todas as versões do EcoSport, desde a mais "barata", assim como controle de estabilidade e tração, que serão obrigatórios em todos os carros nos próximos anos. Além disso, a Ford tem um exclusivo sistema anticapotamento.
Outras tecnologia também estreiam no SUV compacto, como aviso de ponto cego e tráfego cruzado por meio de uma luz no retrovisor externo, monitoramento da pressão dos pneus, que avisa quando precisa calibrar, e câmera de ré.
Conclusão
Só não podemos falar que é uma nova geração porque a base ficou inalterada, mas a linha 2018 certamente marcará um ponto de inflexão na história do EcoSport por causa dos novos motores, câmbio e central multimídia.
Nem mesmo a manutenção do estepe na traseira apaga essa aura de transformação, que tem o objetivo de recolocar o SUV da Ford no topo do segmento - posição perdida em 2015, com a chegada do HR-V e do Renegade.
Neste ano, o EcoSport aparece como o 4º SUV compacto mais vendido, atrás também do Creta.
Se a versão mais cara será para poucos por causa do preço elevado, a Ford guarda uma novidade para as mais acessíveis: um inédito motor 1.5 de 3 cilindros, mais potente que os atuais 1.5 e 1.6 Sigma usados na linha da montadora.
Ninguém poderá reclamar que a Ford não se esforçou desta vez e apresentou um conjunto à altura dos rivais mais modernos. Tudo isto também é fruto da internacionalização do EcoSport.
"É mérito da engenharia brasileira levar este carro para 140 países, que são praticamente 90% da população mundial", diz Klaus Mello, gerente de engenharia da Ford.
Equipamentos de série - 2.0 Titanium
Exterior: bagageiro de teto, grade dianteira cromada, rodas de 17 polegadas e teto solar elétrico
Interior: volante com ajuste de altura e profundidade, ar-condicionado digital (1 zona), bancos revestidos em couro, ponto de força 12V extra na traseira, porta luvas climatizado, porta-malas com abertura elétrica, vidros elétricos com acionamento por um toque e volante multifuncional revestido em couro.
Segurança: 7 airbags, luzes de emergência, controle eletrônico de estabilidade e tração, alarme antifurto, assistente de partida em rampa, aviso de uso do cinto, faróis de xênon, farol de neblina, 2 fixações Isofix, luzes diurnas de rodagem, retrovisores externos com monitoramento de ponto cego, sensor de estacionamento traseiro, monitoramento de pressão dos pneus, sistema anticapotamento, travas elétricas.
Tecnologia: acendimento automático dos faróis, chave com sensor de presença, partida por botão, retrovisor interno antiofuscante, piloto automático, sensor de chuva, central multimídia Sync 3 com tela de alta resolução de 8 polegadas, comandos de voz, conectividade com smartphones Apple ou Android, painel de instrumentos com tela de 4,2 polegadas, câmera de ré, 9 alto falantes Sony, assistência de mergência, controles de áudio no volante, leitura e envio de SMS e controle ativo da grade frontal.
Mais do que uma reestilização, o Ford EcoSport passará por uma profunda mudança na versão 2018 para competir de igual para igual com os novos rivais que tomaram seu reinado no segmento de SUVs compactos: Honda HR-V, Jeep Renegade e Hyundai Creta.
Por fora, a transformação parece não ser tão radical. Um “tapa” na frente e detalhes que melhoraram a aerodinâmica em 11% podem ser menos perceptíveis do que o que foi modificado por dentro.
Saiu o antigo motor 2.0, e entrou um 2.0 moderno, com 29 cv a mais. Saiu o câmbio automatizado Powershift, e entrou um automático tradicional, que deu outra vida ao carro. No interior, mais de 50% das peças são novas.
Pelo menos na versão mais cara e equipada, o pioneiro do segmento fica mais forte e com um pacote bastante completo de equipamentos. O preço? Ainda não é oficial, mas deve chegar perto casa dos R$ 100 mil - a versão Titanium atual não sai por menos de R$ 94.700.
Nova dinâmica
Em um breve teste feito em pista fechada, o EcoSport 2018 mostrou que pode fazer jus ao nome utilitário esportivo. Herdado do Focus, o motor 2.0 tem injeção direta de combustível e rende até 175,8 cv (etanol) em 6.500 rpm, o que significa um salto de 19% de potência em relação ao anterior.
O torque passou de 19,7 kgfm para 22,5 kgfm. Essa força é orquestrada de forma bem dinâmica pela nova transmissão automática, com conversor de torque e 6 velocidades, que foi desenvolvida a partir da caixa usada no sedã Fusion.
Os novos ajustes deixaram a direção elétrica mais precisa e firme quando necessário, sem dificultar manobras em baixa velocidade. Além disso, melhorias no eixo traseiro, na rigidez torcional e na absorção dos impactos pela suspensão tornaram o EcoSport mais agradável de dirigir.
E se você pisar fundo no acelerador, ele não ficará para trás. Segundo a Ford, a aceleração de 0 a 100 km/h chega em 9,5 segundos, perdendo apenas para os rivais com turbo (Chevrolet Tracker e Peugeot 2008 THP).
Para quem não resiste a uma reduzida na marcha para entrar na curva, pela primeira vez há trocas de marcha por aletas no volante.
O viés negativo deve ser o consumo de combustível. O Inmetro ainda não homologou as médias, mas a Ford espera que a versão Titanium fique com nota B na categoria (HR-V e Creta são nota A em todas as versões e o Renegade também ganhou B na versão com motor 1.8).
Interior
De acordo com a fabricante, pelo menos 50% do interior é novo, passando pela arquitetura elétrica de fios e módulos, até bancos dianteiros e o volante com paddle shifts. Mas tudo isso deve passar despercebido.
A grande novidade é a central multimídia Sync 3 com tela de 8 polegadas, conectividade para smartphones Apple e Android, comandos de voz que entendem sotaques e uso bem similar ao de tablets. A tela tem boa sensibilidade ao toque, ícones grandes e pouco reflexo.
Mais entradas USB para carregamento de celular também são tendência, e o EcoSport vem com duas no console central, além do ponto de 12V.
Embora seja visível o cuidado na escolha de cores, texturas e materiais, o acabamento ainda apresenta problemas antigos de montagem, como rebarbas e soluções de baixo custo.
O porta-malas ganhou um sistema de divisão de compartimentos. Na posição normal, que deixa o assoalho contínuo com os bancos rebatidos, o espaço é 356 litros.
Mas agora é possível posicionar o assoalho mais para baixo e acrescentar 52 litros, ou usar como um compartimento "secreto".
Segurança
Os 7 airbags não são exclusivos da Titanium e vão equipar todas as versões do EcoSport, desde a mais "barata", assim como controle de estabilidade e tração, que serão obrigatórios em todos os carros nos próximos anos. Além disso, a Ford tem um exclusivo sistema anticapotamento.
Outras tecnologia também estreiam no SUV compacto, como aviso de ponto cego e tráfego cruzado por meio de uma luz no retrovisor externo, monitoramento da pressão dos pneus, que avisa quando precisa calibrar, e câmera de ré.
Conclusão
Só não podemos falar que é uma nova geração porque a base ficou inalterada, mas a linha 2018 certamente marcará um ponto de inflexão na história do EcoSport por causa dos novos motores, câmbio e central multimídia.
Nem mesmo a manutenção do estepe na traseira apaga essa aura de transformação, que tem o objetivo de recolocar o SUV da Ford no topo do segmento - posição perdida em 2015, com a chegada do HR-V e do Renegade.
Neste ano, o EcoSport aparece como o 4º SUV compacto mais vendido, atrás também do Creta.
Se a versão mais cara será para poucos por causa do preço elevado, a Ford guarda uma novidade para as mais acessíveis: um inédito motor 1.5 de 3 cilindros, mais potente que os atuais 1.5 e 1.6 Sigma usados na linha da montadora.
Ninguém poderá reclamar que a Ford não se esforçou desta vez e apresentou um conjunto à altura dos rivais mais modernos. Tudo isto também é fruto da internacionalização do EcoSport.
"É mérito da engenharia brasileira levar este carro para 140 países, que são praticamente 90% da população mundial", diz Klaus Mello, gerente de engenharia da Ford.
Equipamentos de série - 2.0 Titanium
Exterior: bagageiro de teto, grade dianteira cromada, rodas de 17 polegadas e teto solar elétrico
Interior: volante com ajuste de altura e profundidade, ar-condicionado digital (1 zona), bancos revestidos em couro, ponto de força 12V extra na traseira, porta luvas climatizado, porta-malas com abertura elétrica, vidros elétricos com acionamento por um toque e volante multifuncional revestido em couro.
Segurança: 7 airbags, luzes de emergência, controle eletrônico de estabilidade e tração, alarme antifurto, assistente de partida em rampa, aviso de uso do cinto, faróis de xênon, farol de neblina, 2 fixações Isofix, luzes diurnas de rodagem, retrovisores externos com monitoramento de ponto cego, sensor de estacionamento traseiro, monitoramento de pressão dos pneus, sistema anticapotamento, travas elétricas.
Tecnologia: acendimento automático dos faróis, chave com sensor de presença, partida por botão, retrovisor interno antiofuscante, piloto automático, sensor de chuva, central multimídia Sync 3 com tela de alta resolução de 8 polegadas, comandos de voz, conectividade com smartphones Apple ou Android, painel de instrumentos com tela de 4,2 polegadas, câmera de ré, 9 alto falantes Sony, assistência de mergência, controles de áudio no volante, leitura e envio de SMS e controle ativo da grade frontal.
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