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DATA DA PUBLICAÇÃO 08/06/2011 | Saúde e Ciência
FMABC fará campanha de cadastramento de doadores de medula óssea amanhã
A Faculdade de Medicina do ABC realiza amanhã (quinta-feira, 9 de junho) sua primeira campanha de cadastramento de doadores de medula óssea. A iniciativa é de alunos de Medicina membros do Departamento de Assistência e Previdência (DAP) e visa aumentar o banco de doadores do REDOME - Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea. Interessados devem se dirigir ao prédio da Oncologia, no Anexo III do campus universitário, entre 17h e 20h, munidos de RG. Para se tornar um candidato a doador é muito fácil: basta ter entre 18 e 55 anos e gozar de boa saúde. Com apoio de voluntários da Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo (AMEO), os estudantes da FMABC entregarão formulários aos interessados, que passarão por coleta de pequena amostra de sangue (10 ml) para a tipagem de HLA (características genéticas importantes para a seleção de um doador).

Os dados do doador serão inseridos no cadastro do REDOME. Sempre que surge um novo paciente, a compatibilidade é verificada. Uma vez confirmada, o doador será consultado para decidir se realmente deseja realizar a doação. “A doação de medula óssea é uma atitudes simples, voluntária e altruísta, cuja única consequência é ajudar. Cerca de 60% dos que precisam desse recurso terapêutico não encontram doadores compatíveis na família e a chance de acontecer na população geral é muito pequena, aproximadamente de 1 em cada 100.000 habitantes”, enumera a Presidente do DAP e acadêmica da FMABC, Taline Costa, que completa: “Queremos sensibilizar a comunidade acadêmica da faculdade e a população do Grande ABC para a importância do cadastramento como doador de medula óssea e sobre como um gesto tão simples pode salvar inúmeras vidas”.

De acordo com o vice-Presidente do DAP-FMABC, Bruno Canizares, a campanha ratifica a filosofia do departamento no âmbito educativo e contribui para a formação de acadêmicos e profissionais: “Pretendemos esclarecer e orientar não só sobre a dificuldade em buscar um doador para o transplante, como também para a desmitificação do processo, que em geral causa bastante medo nas pessoas e as afasta da doação".

A mobilização a respeito do tema teve início na FMABC em 31 de maio último, quando equipe da AMEO esteve na faculdade para a palestra gratuita “Doação de Medula Óssea”. Caracterizada como Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (Oscip), a Associação da Medula Óssea do Estado de São Paulo conta com apoio técnico do Hemocentro da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e é composta por pacientes onco-hematológicos, familiares, voluntários e profissionais da área de saúde.

A entidade foi fundada em 2002, a partir da dificuldade de pacientes e familiares na busca de doadores de medula óssea compatíveis. A associação surgiu com a missão de contribuir para a mudança daquela realidade. Segundo dados do REDOME, o número de doadores voluntários tem aumentado expressivamente nos últimos anos. Em 2000 existiam apenas 12 mil inscritos e, dos transplantes de medula realizados, só 10% dos doadores eram brasileiros cadastrados no REDOME. Hoje são mais de 2 milhões de doadores inscritos e o percentual subiu para 70%. O Brasil tornou-se o terceiro maior banco de dados do gênero no mundo, ficando atrás apenas dos registros dos Estados Unidos (5 milhões de doadores) e da Alemanha (3 milhões).

REDOME / INCA: Quando não há um doador aparentado, que pode ser um irmão ou outro familiar próximo – geralmente um dos pais –, a solução para o transplante de medula é procurar um doador compatível na população em geral. Para reunir informações como nome, endereço, resultados de exames e características genéticas de pessoas que se dispõem a doar medula para o transplante, foi criado em 2000 o Registro Brasileiro de Doadores de Medula Óssea, instalado no Instituto Nacional de Câncer (INCA). Desta forma, com as informações do receptor, que não disponha de doador aparentado, busca-se no REDOME um doador cadastrado que seja compatível com ele e, se encontrado, articula-se a doação.

A evolução no número de doadores nos últimos 10 anos é atribuída aos investimentos e campanhas de sensibilização da população – semelhantes à da FMABC – promovidas pelo Ministério da Saúde e órgãos vinculados, como o próprio INCA. Essas ações mobilizaram hemocentros, laboratórios, ONGs, instituições públicas e privadas e a sociedade em geral. Desde a criação do REDOME, em 2000, o SUS já investiu R$ 673 milhões na identificação de doadores para transplante de medula óssea. Os gastos cresceram 4.308,51% de 2001 a 2009.

Para realização da primeira campanha de cadastramento de doadores de medula óssea da Faculdade de Medicina do ABC, o Departamento de Assistência e Previdência conta com apoio da Sociedade Acadêmica de Estudos em Hematologia (SAEH), do Diretório Acadêmico do curso de Medicina e da IFMSA (Internatinal Federation of Medical Student’s Association).

Por Informações à Imprensa com Eduardo Nascimento - Comunicação Fundação do ABC
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