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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/09/2013 | Cidade
Fila para transplante de órgãos cresce 50% na Região
Fila para transplante de órgãos cresce 50% na Região Iderli Salvino ficou dois anos na fila, à espera de um rim e há três meses fez transplante no Einstein. Foto: Adonis Guerra
Iderli Salvino ficou dois anos na fila, à espera de um rim e há três meses fez transplante no Einstein. Foto: Adonis Guerra
De acordo com o Instituto Paulista de Educação em Saúde, 800 pessoas aguardavam órgão em 2011 e hoje são 1,2 mil

Dados do Ipes (Instituto Paulista de Educação em Saúde), obtidos junto à Secretária de Saúde do Estado, mostram que a fila de espera por transplantes de órgãos na Região cresceu 50% em dois anos. Em 2011, havia 800 pessoas aguardando na fila de espera e atualmente esse número chega a 1,2 mil. As cirurgias são realizadas em hospitais da Capital.

A ABTO (Associação Brasileira de Transplante de Órgãos) mostra que os órgãos com maior demanda na Região são rins, fígado, pâncreas, córneas, pulmão e coração. A Região está na contramão do cenário nacional, que reduziu em 40% a fila por órgãos e tecidos nos últimos cinco anos.

Dados do Ministério da Saúde mostram que o número de doadores dobrou nos últimos dez anos, passando de 6,5 por milhão de pessoas em 2003 para 13,5 por milhão de pessoas em 2013. “Mas ainda falta informação para a população sobre o assunto e os profissionais de saúde devem estar preparados. Em alguns casos a família é resistente em fazer a doação”, explicou a presidente do Ipes, Wilma Maria de Moraes Carvalho Rosa.

Apesar de não haver hospitais que sejam referências em doações de órgãos e tecidos na Região, algumas unidades captam material. No Hospital Nardini, em Mauá, são feitas de dez a 12 captações de órgãos por ano.

As cirurgias são realizadas por equipes do Instituto Dante Pazzanese, na Capital, que trazem profissionais e aparelhagem à unidade para retirada do órgão.

Reestuturação - O CHM (Centro Hospitalar Municipal) de Santo André registrou aumento na captação de órgãos. Enquanto em 2012 foram cinco, neste ano já foram sete órgãos até setembro. A alta se deu por conta da reestruturação da Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes, formada por profissionais da saúde treinados.

“Deveria ser obrigatório todo hospital ter essa comissão. Isso ajuda a criar a cultura de doação”, salientou Homero Nepomuceno, secretário de Saúde de Santo André.

Nepomuceno ressaltou que o CHM tem potencial de ser referência na captação de órgãos. “É necessário que as equipes preservem os pacientes que sofrem mortes encefálicas com sinais vitais apropriados até que possam ter os órgãos captados.”

De acordo com Nepomuceno, o Hospital de Clínicas de São Bernardo fará transplantes de rim e de medula, e o Hospital Anchieta, de medula. “Hoje é feito somente transplante de córnea, na Faculdade de Medicina do ABC”, salientou.

Caminhada - Nesta sexta-feira (27/09), Dia Nacional do Doador de Órgãos e Tecidos (27/09), uma caminhada pelo Centro de Santo André chamou a atenção da população para a importância de doar. “Transformei minha dor em alegria. Mesmo com a morte da minha filha, sete pessoas foram salvas”, destacou Ana Cristina Pimentel, mãe de Eloá Cristina, assassinada pelo ex-namorado há cinco anos.

Ana Cristina afirmou que não tinha conhecimento sobre as dificuldades de se conseguir um órgão ou tecido, até que teve a proposta de doar os órgãos da filha. Foi a primeira vez que a captação foi feita no CHM de Santo André. “Tenho contato com todos que receberam um pedacinho da minha filha e fico feliz de saber que o coração dela ainda bate e salvou uma vida”, salientou.

A professora Iderli Patini Savino passou pela angústia de ficar na fila única à espera de um rim. “Ficava com a mala pronta e sempre que o telefone tocava era um sofrimento, e a esperança de encontrar um órgão compatível.”

Há três meses, o telefone tocou com a notícia que Iderli aguardava. A cirurgia foi feita no Hospital Albert Einstein e hoje a professora se recupera. “Levo uma vida normal. Não faço mais hemodiálise, mas tenho de tomar medicamentos para o resto da vida”, disse.

Por Vladimir Ribeiro - ABCD Maior
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