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DATA DA PUBLICAÇÃO 14/01/2014 | Veículos
Fiat Mille dá adeus ao mercado depois de 29 anos na estrada
Fiat Mille dá adeus ao mercado depois de 29 anos na estrada Fiat Mile deixa de ser produzido. Foto: Divulgação
Fiat Mile deixa de ser produzido. Foto: Divulgação
Lançado no Brasil em 1984, modelo marcou a inauguração do segmento de populares de mil cilindradas

Depois de 3,7 milhões de unidades produzidas, o Fiat Mille parte para a aposentadoria. Vítima da mesma resolução do Contran (Conselho Nacional de Trânsito) que matou a Volkswagen Kombi e que impede a fabricação de automóveis sem airbags e freios ABS, o pequeno hatch já foi um marco de modernidade, mas saiu da vida como um modelo barato para quem não ligava para tecnologia.

O hatch italiano foi lançado por aqui em 1984, como Fiat Uno, apenas um ano depois do lançamento do modelo no continente europeu.

Mas não era exatamente igual ao carro vendido no Velho Continente. Herdava a suspensão traseira e os motores de 1.048 cm³ e 1.297cm³ do antecessor no Brasil, o 147. O capô também mudava. Ficava mais alto para acomodar o estepe.

Mesmo assim, não havia do que reclamar. O desenho da carroceria era moderno para a época — a ponto de gerar estranheza e o apelido botinha ortopédica — e o espaço interno é surpreendente ainda nos dias atuais.

A história do Uno no Brasil ficou marcada pelos pioneirismos. Em 1985, o carro foi o primeiro nacional a contar com o computador de bordo como opcional.

Apenas cinco anos depois, o Uno Mille foi o primeiro veículo popular de mil cilindradas do País e, de quebra, o pioneiro a contar com ar-condicionado como opcional.

Em 1994 foi a vez da Fiat lançar o Uno Turbo. Primeiro automóvel a sair turbinado de fábrica no Brasil, o compacto vinha equipado com um motor 1.4 de 118 cv, além de suspensão e de freios modificados para aguentar o tranco.

Começo do fim - Já um senhor com 12 anos de mercado, o Uno começou a sentir o peso da idade com o lançamento do compacto Palio, em 1996.

O novo hatch da montadora fez sumir as versões mais completas e esportivas e o Uno ficou restrito à versão popular Mille. Sumiram também o sedã Prêmio e a perua Elba, substituídos por Siena e Palio Weekend.

Mesmo assim, o Uno não dava sinais de perder o fôlego no mercado. Seguiu como bom de loja mesmo tendo a concorrência das versões 1.0 do Palio. Ganhou inclusive um novo motor, o mesmo do irmão mais novo.

Em 2004, mudou de nome para se chamar somente Fiat Mille. Ganhou novas frente e traseira, com desenhos controversos, que não casavam tão bem com o restante das linhas da carroceria. Passou a ser visto como uma opção de carro barato, econômico e confiável.

Essas, aliás, foram as razões para o Mille continuar a atrair o interesse não só dos consumidores comuns, mas também de empresas que precisam manter sua própria frota.

Os anos foram passando e o modelo ganhou motor flexfuel e até uma versão equipada com medidor de consumo de combustível. Mesmo assim, o hatch passava longe de itens mais tecnológicos, como airbags e freios ABS.

Com o lançamento da nova geração do Uno, em 2010, ficou ainda mais evidente os anos-luz que separavam um carro do outro. O veterano passou a sofrer mais ainda com a concorrência externa. Mas ainda permanecia vivo no mercado. A mudança na legislação de trânsito, porém, decretou o fim do hatch.

Não sem antes a Fiat lançar uma série especial de 2.000 unidades com o nome de Grazie Mille (significa obrigado Mille, em italiano).

Partiu completa, com direção hidráulica, vidros e travas elétricas e ar-condicionado. Mas como um bom velho teimoso, sem os airbags e freios ABS.

Família completa - Como é comum no País, onde os carros compactos dão origem a uma família inteira de veículos, não demorou para o Uno dar origem a sua.

A começar pelo sedã Premio, em 1985, seguido no ano posterior pela perua Elba. Ambos os modelos eram oferecidos apenas com duas portas. Chegaram inclusive a ser exportados para o mercado italiano.

Últimos derivados do Uno a chegarem ao mercado, a picape e o furgão Fiorino foram lançados em 1988. O Furgão, inclusive, sai de linha junto com o hatch da família.

Por Evandro Enoshita - ABCD Maior
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