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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/01/2008 | Internacional
Festividade xiita no Iraque deixa pelo menos 70 pessoas mortas
Mais de 70 pessoas, a maioria delas membros de uma seita messiânica xiita, morreram desde sexta-feira em confrontos com as forças de segurança iraquianas em plena celebração da festa religiosa da Ashura, no Iraque.

As forças oficiais travaram combates que duraram várias horas na sexta-feira em Nasiriya e Basra, ao sul da capital Bagdá, com integrantes da seita ‘Os Fiéis do Exército de Mahdi’.

Pelo menos 29 pessoas, entre elas 18 membros do movimento, faleceram em Nasiriya. Em Basra foram 42 mortos, sendo 35 adeptos da seita e sete oficiais, segundo a polícia local. Na província de Mossul, norte do país, onde também foi celebrada a festa sagrada, sete fiéis morreram em um ataque com foguete contra uma procissão e outros dois morreram na explosão de uma bomba em Kirkuk. Os confrontos em Nasiriya também deixaram 55 policiais feridos.

Em Basra, segunda maior cidade do país, 60 integrantes da seita messiânica foram detidos, mas neste sábado a situação na localidade já era mais calma.

Em Nasiriya a situação era diferente, já que depois dos tiros esporádicos da noite a batalha foi retomada na manhã deste sábado com o início de uma operação de busca executada pelo Exército e a polícia iraquianas.

As forças oficiais rastrearam vários edifícios no bairro de Al-Salhiya, onde se refugiaram os membros da seita. Militares norte-americanos cercaram toda a região, sem tomar parte nos enfrentamentos.

Os assassinos de dois policiais na manhã deste sábado, dois adolescentes com idades por volta dos 15 anos que agiram como franco-atiradores, foram presos.

‘Os Fiéis do Exército de Mahdi’ aguardam e acreditam no retorno em breve à Terra do imã Mahdi, o 12º imã dos xiitas, morto no século VIII e esperado para restabelecer a paz e a justiça. Seu líder espiritual, Ahmed al-Hassani al-Yamani, se considera o ‘embaixador’ de Mahdi.

Na sexta-feira à noite, o governo iraquiano qualificou os novos confrontos de plano criminoso dirigido por um grupo marginal que atua sob o pretexto da religião para desestabilizar as províncias do sul do país.

Este novo episódio de violência na região sul do Iraque coincide com o fim e ponto máximo da Ashura, uma das principais celebrações do xiismo, a religião majoritária no Iraque.

A cidade sagrada de Kerbala, ao sul de Bagdá, recebe neste sábado quase dois milhões de peregrinos que recordam o assassinato, no ano 680, do imã Hussein, neto do profeta Maomé, por parte das tropas do califa sunita Yazid.

O governador da província de Kerbala, Akil al-Jazali, anunciou que 20 mil policiais foram mobilizados para garantir a segurança.

Neste sábado, último dia das festividades, os trompetes e tambores foram ouvidos ao amanhecer perto das mesquitas do imãs Hussein e de seu meio-irmão Abbas, para anunciar o início das procissões e orações.

A Ashura é marcada por cerimônias de expiação, como a autoflagelação dos fiéis, que batem nos próprios corpos com correntes enquanto caminham pelas ruas lotadas de peregrinos.

Desde a autorização, após a queda do regime de Saddam Hussein em 2003, esta festividade xiita deu lugar a verdadeiros banhos de sangue. Durante os festejos de 2004, 170 pessoas faleceram em uma série de ataques com bombas executados em Kerbala e Bagdá.

Por Diário Online - AFP
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