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DATA DA PUBLICAÇÃO 02/05/2009 | Economia
Festa em Santo André reúne 75 mil
A festa em comemoração ao Dia do Trabalho, no Parque Central, em Santo André, atraiu cerca de 75 mil pessoas, segundo a organização do evento. A prefeitura do município foi ainda mais ousada e estimou o público em 110 mil espectadores.

Independente dos números, o clima de alegria e descontração tomou conta do ambiente. As 16 atrações musicais, que variaram de hits sertanejos a pagodes populares, contagiaram o público, que recepcionou bem, desde os artistas consagrados como Daniel, até novos nomes da música como Pedro Henrique e Cristiano.

O prefeito da cidade, Aidan Ravin, era uma das figuras mais animadas da festa e prometeu que Santo André terá um calendário repleto de novas comemorações. "Esse tipo de evento estimula o respeito, a cidadania e resgata o programa em família".

Segundo o secretário de Cultura, Lazer, Esporte e Turismo do município, Edson Salvo Melo, a comemoração do Dia do Trabalho mostra a nova linha do governo. "Queremos resgatar a alegria da população por meio, por exemplo, de shows populares. Também estão no cronograma atividades em praças públicas e apresentações da Orquestra Sinfônica".

A população que compareceu ao show se mostrou satisfeita com a iniciativa da cidade. "Esse tipo de evento faz esquecer a realidade, afinal a situação dos trabalhadores, ainda mais nesse momento de crise econômica, não é muito favorável", comentou a dona de casa Elenita Macedo Souza.

Para o aposentado Antonio Augusto Ribeiro, que foi sozinho prestigiar a festa, a energia do ambiente era contagiante. "Estou animado e acho importante que a administração da cidade promova eventos".

Capacitação - Para o prefeito de Santo André, a festa comemora conquistas trabalhistas do último ano. "Ainda temos muito o que melhorar, mas há motivos para festejar. Para avançar nas melhorias, vamos capacitar nossos jovens para a nova realidade de mercado".

Aidan destacou ainda que, nos últimos anos, Santo André perdeu muitas empresas, o que acarretou o aumento do desemprego. "Nossa política de retomada é baseada no incentivo fiscal, afinal, no início há uma certa defasagem, que a longo prazo é substituída por ganhos, como geração de emprego e qualidade de vida para os munícipes", afirmou o prefeito, que completou: "Nos primeiros quatro meses deste ano, entramos em contato com cerca de dez multinacionais oferecendo benefícios para estimular a instalação em Santo André. Aguardamos as respostas ansiosos".

Estrutura - O evento contou com efetivo de 92 guardas civis municipais, além de homens da Polícia Militar e colaboradores do Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).

Além disso, dois caminhões-pipa de água potável e 55 banheiros químicos ficaram à disposição do público.

Apesar de 20 tendas estarem disponíveis para alimentação, inúmeras pessoas tiveram mal-estar e foram atendidas pela equipe médica de plantão. Dentro do parque não era permitida a venda de bebidas alcoólicas, porém o público jovem - cerca de 70% dos espectadores - adentravam o local consumindo álcool, o que gerou alguns incidentes e princípios de confusão em pontos variados.

Trabalhadores reivindicam melhorias na região
Apesar de todos estarem curtindo as atrações e em clima de alegria, trabalhadores presentes reivindicaram melhores condições e atenção dos governantes ao que vem acontecendo no mercado de trabalho, principalmente, com os desdobramentos da crise econômica financeira.

Ricardo Fernandes, 42, foi demitido em novembro e desde então, não conseguiu se recolocar no mercado. "Trabalhei 15 anos como operador de empilhadeira. Esse setor está sendo muito prejudicado com a crise. Mesmo com experiência e estudo ainda não consegui nova vaga. A sorte é que minha mulher trabalha como autônoma e acaba mantendo a renda familiar".

O caso é parecido com o de Alexandre Rodrigues, 29, ex-funcionário terceirizado da Bridgestone Firestone, em Santo André. "Fui demitido em janeiro e a empresa alegou corte no pessoal, por conta da queda na demanda. Desde então, tem sido muito difícil encontrar uma nova oportunidade de trabalho", reclamou.

A namorada de Alexandre, Maira Oliveira, 19, sofre para entrar no mercado de trabalho. "Fico preocupada, pois com tanto desemprego, quem não tem experiência tem mais dificuldade".

O funcionário de uma rede de supermercado, Paulo Sassi, 44 anos, afirmou que no seu segmento de varejo as pessoas não deixaram de comprar, até porque, são itens de primeira necessidade, porém, riscaram da lista os supérfluos. "Mesmo assim é preciso olhar para todos os trabalhadores de uma ótica geral e notar que nosso trabalho não é valorizado como deveria", completou.

Na visão do mecânico de manutenção geral do setor de construção civil, Oscar Gomes, 45 anos, falta a participação dos empresários mais efetivamente em um momento de recessão como este. "É importante que se façam ações como esta (Festa do Dia do Trabalho), pelo menos hoje deixamos as preocupações de lado".

Por Michele Loureiro e Tauana Marin - Diário do Grande ABC / Foto: Claudinei Plaza
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