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DATA DA PUBLICAÇÃO 25/02/2013 | Economia
Feriados causam prejuízo de R$ 1,42 bi à indústria
Feriados causam prejuízo de R$ 1,42 bi à indústria Imagem Ilustrativa. Foto: www.100porcentoconsult.com.br
Imagem Ilustrativa. Foto: www.100porcentoconsult.com.br
A indústria do Grande ABC terá prejuízo estimado em R$ 1,42 bilhão, neste ano, por causa dos feriados nacionais e estaduais. Este é o montante que o setor tem como potencial produtivo caso as 12 datas comemorativas nacionais e uma estadual fossem consideradas dias comuns.

Como, possivelmente, as empresas deixarão de produzir nesses dias, dificilmente o valor será compensado na economia regional. Ainda mais considerando que muitos trabalhadores aproveitarão as folgas para viajar com a família, o que resulta em menor número de vendas e receita em relação às médias diárias, para os setores de serviços e comércio da região. "Este valor, no fim das contas, está subestimado se considerarmos toda a economia local", destacou o professor de Economia Volney Gouveia, que ministra aulas na Fundação Santo André.

Os valores levam em consideração estimativas e metodologia utilizada em pesquisa publicada pela Firjan (Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro). O cruzamento tem como base dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do BC (Banco Central).

O gerente de estudos econômicos do sistema Firjan, Guilherme Mercês, disse que dificilmente a falta de produção da indústria é recuperada. "Teremos alguns ganhos marginais dos serviços, mas não o suficiente para compensar."

São Bernardo lidera a lista dos municípios da região com maior prejuízo. A estimativa é que industriais deixem de agregar ao PIB (Produto Interno Bruto) R$ 631 milhões. Mercês diz que uma das soluções para reduzir o valor é deslocar para segunda e sexta-feira os feriados que caem nos demais dias úteis, como prevê o Projeto de Lei 2.257.

O vice-diretor do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) regional de São Bernardo Mauro Miaguti concorda. Ele destacou que a indústria da cidade é muito relevante no Grande ABC, tanto pelas montadoras e autopeças, quanto por outros segmentos como o químico. "Não houve discussão no Ciesp quanto a isso (puxar feriados para segunda e sexta), mas seria o mais lógico." Com base na estimativa da Firjan, a indústria do município acrescentará R$ 17,67 bilhões ao PIB.

Santo André é a segunda cidade com maiores perdas, cerca de R$ 227 milhões. Em seguida aparece Diadema, com R$ 217 milhões, São Caetano (R$ 175 milhões), Mauá (R$ 125 milhões), Ribeirão Pires (R$ 33 milhões) e Rio Grande da Serra (R$ 10 milhões).

Estimativa é 17% menor do que em 2012

Se neste ano a indústria do Grande ABC vai perder R$ 1,42 bilhão com os 12 feriados nacionais e um feriado estadual, no ano passado as previsões da Firjan apontavam que 2012 encerraria com o setor deixando de produzir por aqui R$ 1,72 bilhão.

A redução de 17% entre os anos tem uma explicação: enquanto em 2012, dois dos 12 feriados nacionais caíram no sábado e no domingo, neste ano serão quatro datas que estarão no fim de semana.

Na mesma esteira, seguem os resultados municipais. São Bernardo, por exemplo, que teria perdido R$ 747 milhões em 2012 terá redução de 15% neste ano. Santo André, também com o segundo maior registro de prejuízo na produção por feriados vai diminuir essas perdas em 24% em 2013.

Parte do prejuízo está no pagamento de hora extra aos funcionários

Na avaliação da Firjan, parte dos prejuízos da indústria com os feriados será com o pagamento extra aos funcionários que trabalharem durante esses dias. No entanto, o problema é a falta de capacidade produtiva e não de carga horária dos funcionários, salientou o professor de Economia da Fundação Santo André, Volney Gouveia. "Enquanto estamos produzindo menos com carga semanal de 44 horas, na Europa, a produção é maior e eles ainda lutam para diminuir o período de trabalho, que está entre 40 e 42 horas. Aqui, falta investimento."

O vice-diretor do Ciesp de São Bernardo Mauro Miaguti afirmou que o prejuízo será menor do que o estimado. "É comum que as empresas compensem os feriados elevando em dez minutos o período trabalhado nos outros dias."

"Os empresários sempre jogam nas costas dos trabalhadores. Se a economia está baixa, é porque tem muitos feriados", criticou o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá, Cícero Firmino, o Martinha

Por Pedro Souza - Diário do Grande ABC
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