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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/05/2013 | Geral
Fechamento do pátio à noite é suspenso até próxima terça
Após o caos gerado na Rodovia Anchieta, a prefeitura de Cubatão voltou atrás e resolveu suspender o decreto que proíbe, das 18h às 8h, o funcionamento dos pátios de espera para descarga no Porto de Santos. A decisão fica revogada até terça-feira, quando haverá reunião entre as autoridades envolvidas no caso para definição de medidas que minimizem os impactos causados na cidade pela fila de caminhões que aguardam entrada das áreas, que têm capacidade para cerca de 3.500 veículos pesados.

A prefeita da cidade, Márcia Rosa (PT), disse que será formado comitê de gestão integrada para discussão de soluções para os problemas portuários no município. Esse grupo irá contar com o CAP (Conselho de Autoridade Portuária), Sopesp (Sindicato dos Operadores Portuários do Estado de São Paulo), Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo), Ecovias (concessionária responsável pelo Sistema Anchieta-Imigrantes), Polícia Militar Rodoviária e prefeituras da região da Baixada Santista.

“É preciso ter controle do fluxo da produção. O caminhão viaja 15 horas buscando seu destino, que é o porto, mas chega aqui em horário diferente do determinado e têm de esperar em algum lugar. O que vemos na nossa região, principalmente em Cubatão, são filas quilométricas de caminhões, com os motoristas vivendo condições desumanas. A logística envolve planejamento integrado, que deve entrar em vigor o mais breve possível”, disse a chefe do Executivo.

A prefeita propõe que sejam criadas áreas no planalto para pátios e bolsões de espera para os veículos de carga antes da descida da serra, para que Cubatão não receba todo o fluxo de caminhões.

A reclamação feita por muitos dos motoristas parados no trânsito foi de falta de comunicação do fechamento do pátio. Márcia Rosa alegou que informou oficialmente as empresas portuárias sobre a proibição de funcionamento durante à noite em março. “Mandei, por meio de ofício, a necessidade de regulamentar o horário de funcionamento devido aos grandes prejuízos que a cidade estava tendo. Lamento muito pela sobrecarga nos caminhoneiros, mas espero que isso traga ajuste maior e propostas para imediatas áreas de descanso com infraestrutra no planalto para esses trabalhadores.”

As autoridades portuárias negaram a comunicação prévia. De acordo com o presidente da Sopesp, Querginaldo de Camargo, das 72 empresas operadoras no Porto de Santos, apenas 12 foram informadas sobre o decreto pela administração municipal, sendo que deste total somente sete utilizam o pátio à noite.

“Acredito que prevaleceu o bom-senso. Esse decreto traz muito mais prejuízo que vantagem a toda a operação. A prefeita compreendeu isso. Agora, vamos continuar trabalhando intensamente nesse planejamento da operação”, comentou o presidente do CAP, Bechara Pestana Neves.

Especialista defende MP dos Portos para redução de prejuízo

Além do megacongestionamento observado ontem, o cenário no entorno do Porto de Santos também traz implicações econômicas.

Segundo o coordenador do curso de Logística da Fundação Santo André, José Robinson Paiuca, a estimativa é que o País deixe de receber algo em torno de US$ 30 milhões (cerca de R$ 60 milhões) em exportações, principalmente de soja e açúcar, por conta da demora para que as mercadorias cheguem aos destinos. “Em 2012, o comércio exterior movimentou US$ 465 bilhões (R$ 1 trilhão), sendo que 25% desse valor passou pelo Porto de Santos. O custo de um caminhão parado certamente será transferido para os produtos”, observa.

Segundo o especialista, a MP (Medida Provisória) 595, conhecida como MP dos Portos, aprovada pelo Congresso há duas semanas, é a solução para os problemas recorrentes. “Precisamos, entre tantas ações, de uma reforma no Porto de Santos. Rebaixar o canal para receber navios maiores e conseguir desovar com maior celeridade as mercadorias”, destaca. Paiuca defende a privatização ou maior participação por parte do governo federal em investimentos. (Natália Fernandjes)

Por Cadu Proieti - Diário do Grande ABC
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