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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/07/2009 | Tecnologia
FBI usa redes sociais para encontrar cibercriminosos
De 2007 para 2008, nos EUA, aumentaram em 33% as denúncias sobre crimes virtuais, de acordo com um relatório anual do FBI, a polícia federal norte-americana. No ano passado, foram 275.284 queixas, ante 206.884 em 2007.

Também cresceram, em 10,8%, as perdas financeiras totais com delitos de informática nos EUA. Esse valor aumentou de US$ 239 milhões, em 2007, para US$ 265 milhões em 2008, uma média de US$ 931 por crime.

Três especialistas do FBI falaram sobre o combate ao cibercrime durante o Reviewer's Workshop, evento da Symantec, em Sausalito (Califórnia), na última sexta-feira. Os departamentos de combate a delitos virtuais espalhados pelos EUA lidam com crimes tão distintos quanto roubo de identidade, pornografia infantil, fraude financeira, extorsão por e-mail e golpes em sites de leilões. Há ainda casos domésticos, como os de homens que invadem a conta de e-mail das ex-esposas.

Um filão que tem crescido, segundo os policiais, é o de investigações em redes sociais, como o Facebook e o MySpace. Mesmo em casos que não envolvem diretamente a informática, as divisões de cibercrime se encarregam de tarefas especializadas, como a análise do computador de um suspeito de homicídio.

Segundo o procurador Matthew Parrella, chefe da unidade de invasão de computadores e propriedade intelectual do norte da Califórnia, casos de contrabando de software têm diminuído por conta da popularidade crescente de programas on-line, como o Google Docs.

"Os ataques se darão cada vez mais contra centros de computação em nuvem", afirma Parrella, referindo-se ao conceito em que os dados são armazenados e gerenciados em servidores externos, e não nos computadores locais dos usuários.

Apesar de haver milhares de pessoas envolvidas em crimes virtuais ao redor do mundo, são poucas as que coordenam as ações. Como muitos dos casos ultrapassam as fronteiras dos EUA, o trabalho depende bastante de cooperação internacional. Se terroristas italianos usam serviços de e-mail norte-americanos para planejar ataques, por exemplo, as autoridades europeias recorrem ao FBI para ter acesso a esses dados.

Por outro lado, se grupos racistas nos EUA hospedam seus sites em servidores da Oceania, por exemplo, o FBI entra em contato com as autoridades locais para poder colher evidências sobre os suspeitos. Segundo os policiais, golpes aparentemente ultrapassados ainda vitimam muitas pessoas.

É o caso do célebre esquema nigeriano, em que um suposto milionário pede, por e-mail, o depósito de alguns milhares de dólares prometendo transferir à vítima uma generosa porção de sua fortuna. "As pessoas caem nessa o tempo todo", afirma o sargento Ed Schorder, supervisor da unidade de crimes de alta tecnologia da polícia de San Jose, na Califórnia.

"Temos recursos e orçamentos limitados, que não têm acompanhado a escalada recente dos crimes virtuais" , afirma Donna Peterson, que gerencia o programa de cibercrimes do FBI em Washington. A principal dica dos especialistas do FBI para evitar ser vítima de crimes na rede é agir com total cautela. "Se algo parece bom demais para ser verdade, então sempre é, de fato, bom demais para ser verdade", sintetiza Parrella.

O jornalista viajou a convite da Symantec

Por Rafael Capanema - Enviado especial da Folha de São Paulo a Sausalito
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