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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/11/2013 | Setecidades
Favelas abrigam casas com três quartos ou mais
Favelas abrigam casas com três quartos ou mais Mauro Matos vive com a família na Vila São Pedro, em casa que começou com um cômodo e hoje tem três andares. Foto: Andris Bovo
Mauro Matos vive com a família na Vila São Pedro, em casa que começou com um cômodo e hoje tem três andares. Foto: Andris Bovo
Pesquisa indica que perfil de comunidades reflete crescimento econômico

Ruas sinuosas, estreitas, mal iluminadas e minúsculas casas de madeirite. Talvez este cenário esteja no imaginário de muita gente quando o assunto são as comunidades das periferias, até pouco tempo chamadas apenas de favelas. Mas o perfil dessas comunidades mudou muito, reflexo do crescimento econômico do País e da ascensão de milhões de famílias para a chamada classe média.

De acordo com o Censo 2010, do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), nos quatro municípios do ABCD que possuem favelas – Santo André, São Bernardo, Mauá e Diadema –, 92% da população dessas comunidades moram em casas de alvenaria, das quais 59% possuem três quartos ou mais. Nos bairros das quatro cidades fora das comunidades periféricas, a proporção de famílias que vivem em casas com três quartos é de 45%.

O comerciante Mauro Matos, 57 anos, vive (e bem) há 21 anos na Vila São Pedro, maior comunidade do ABCD em população e terceira maior do Estado. A casa de Matos tem três andares, sendo o último um espaço de lazer, com mesas de pingue-pongue, de sinuca e churrasqueira. São quatro quartos, três banheiros, móveis e eletrodomésticos de ponta.

Cruzeiros - Quando comprei essa casa só tinha um cômodo. Paguei em cruzeiros. Não tínhamos nada, nem geladeira, e ficamos morando aqui muito tempo assim. Com o tempo, o bazar (que funciona na garagem na casa) foi prosperando. Fomos melhorando a casa, comprei um carro, paguei o estudo dos meus filhos.”
Para Matos, a receita do bazar cresceu muito nos últimos dez anos, e foi então que ele aumentou a casa. “Não tenho do que reclamar. A parte ruim de viver aqui é que os serviços eram longe, como banco, posto de saúde, ônibus passava muito pouco, mas nos últimos anos isso também melhorou, então não temos por que sair daqui”, afirmou.

Data Favela destaca renda - Lançado nesta semana (04/11), o Data Favela, pesquisa do instituto Data Popular, mostrou como a alta da renda tem influenciado a vida e qualidade de vida dos moradores de comunidades de todo o País. A pesquisa aponta que, de 2003 a 2013, as comunidades deixaram de ter 65% da população na classe baixa para ter igual proporção na classe média.

O crescimento da renda dessa população se reflete no acesso a bens: 99% já têm geladeira, eletrodoméstico que é seguido por ferro de passar (91%), celular (85%), máquina de lavar (69%), chuveiro elétrico (61%), micro-ondas (55%), secador de cabelo ou chapinha (49%), computador (47%), TV de plasma, LCD ou LED (46%), freezer (38%), forno elétrico (17%) e aparelhos de ar condicionado (14%). Do total de lares, 28% já dispõem de TV por assinatura, 50% têm acesso à internet, 20% têm carro e 13%, moto.

Por Carol Scorce - ABCD Maior
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