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Escombros de deslizamento em Mauá não são removidos
DATA DA PUBLICAÇÃO 05/12/2009 | Cidade
Favela onde morreu jovem tem barracos em situação de risco
Caíque, de 16 anos, foi soterrado na madrugada desta sexta em Mauá.

Uma pessoa morreu e várias ficaram desabrigadas por causa dos desabamentos ocorridos na madrugada desta sexta (04/12) em Mauá. A vítima é o jovem Caíque Rodrigues Alves, de 16 anos, que ficou soterrado na casa de um amigo. A defesa civil da cidade interditou três casas na favela do Jardim Hélida, onde ocorreu a morte.

"Sei que muitos não têm para onde ir, mas precisamos preservar a vida desses moradores", disse Paulo César, coordenador da ação. Por volta da 1h, quatro rapazes estavam conversando na casa do estampador Josuel pereira. O proprietário saiu por alguns minutos e, quando voltou, a casa não existia mais, soterrada pelo barranco.

O desabamento reduziu o local à lama e escombros. Dois dos rapazes conseguiram se salvar, mas Caíque morreu soterrado. A casa de alvenaria onde morava o jovem soterrado, ao lado do barraco destruído pelo desmoronamento, ficou intacta. "Perdi tudo: roupas, documentos, estou com a roupa do corpo e não sei o que vou fazer. Não consigo acreditar no que aconteceu com o Caíque, foi tudo tão rápido, não caí na real ainda", lamentou Josuel.

Além de Josuel, outros desabrigados estavam sem rumo. Gerson da Silva, padeiro desempregado, teve a casa interditada depois de um deslizamento. Ele, a mulher e duas filhas, de 11 e 9 anos, estão provisoriamente na casa de um vizinho. "Vivemos momentos de terror, a casa começou a cair e nós tivemos dificuldades para sair correndo dali porque minha caçula tem paralisia infantil. Estou com roupas emprestadas, feito um indigente. Desempregado, não sei nem por onde começar", contou Gerson que conta apenas com a solidariedade de outros moradores.

Muitas casas ainda estão em situação de risco. Em uma ronda pela favela, a reportagem do ABCD MAIOR constatou barracos beirando precipícios, ruas cheias de lama e moradores tentando salvar o que sobrou depois da chuva. A doméstica Laíde Costa, empurrava o barro com uma vassoura na porta de sua casa "Tem lama para todo lado, perdi móveis, alimentos e roupas". As paredes da casa de Laíde estão úmidas e rachadas, mas a doméstica não vê saída: "Tenho que limpar tudo, mas pelo menos não estou passando o mesmo que a família do menino que morreu, não é fácil", afirmou.

No final da tarde desta sexta-feira (04/12), a Prefeitura informou que no total 13 residências foram interditadas e até o momento não existem pessoas desabrigadas ou desalojadas. Um grupo de trabalho entre todas as secretarias do Executvio foi criado para atender possíveis novos problemas decorrentes das chuvas. Até mesmo no aniversário da cidade, na próxima terça-feira (08/12), a Administração ficará em alerta e manterá a rotina normal dos trabalhos.

Chuvas - As intensas chuvas que caíram nesta quinta-feira causaram a morte de pelo menos seis pessoas no Estado de São Paulo. Na zona Leste da Capital, próximo à divisa com Mauá, os bombeiros ainda procuram corpos de três pessoas que estão desaparecidas desde a tarde de quinta.

Por Marina Bastos - ABCD Maior
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