DATA DA PUBLICAÇÃO 06/11/2010 | Política
Fator Lula e continuísmo pesaram para nova vitória de Dilma no ABC
No segundo turno das eleições presidenciais, o candidato derrotado José Serra (PSDB) conseguiu reverter a situação em algumas cidades – como Ribeirão Pires e Santo André –, mas mesmo assim foi batido facilmente pela presidente eleita Dilma Rousseff (PT). Especialistas apontam que eleitores da região foram influenciados pela presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e também optaram pelo processo de continuísmo federal.
Segundo o especialista em comunicação política da Universidade Metodista de São Paulo, Kléber Carrilho, o êxito de Dilma foi uma opção do eleitorado, independente de regionalismos. Para o estudioso, o fator Lula foi determinante. “A maioria decidiu pela continuidade. A figura do presidente é imprescindível para qualquer campanha. A aprovação recorde (83%, segundo levantamento do Datafolha de outubro) teoricamente reflete nos municípios”.
O ninho do partido é um dos motivos para tal êxito, de acordo com o professor de sociologia e política da Fundação Escola do Estado de São Paulo, João Paulo Martins Jr., visto que as prefeituras lideradas pelo PT (Diadema, São Bernardo e Mauá) tiveram liderança absoluta da presidente eleita. “Além de ser o berço do partido (PT), prevalece sua ligação histórica com os movimentos sociais”.
No entanto, a atuação dos prefeituráveis causou um efeito contrário, segundo Carrilho. “Por exemplo, a presença do prefeito (Luiz) Marinho não tem importância no número de votos em favor da Dilma. Não foi o Marinho que ajudou a Dilma, foi a Dilma que valorizou a imagem do prefeito de São Bernardo visando a reeleição municipal”.
Na opinião dos especialistas o fenômeno Marina Silva não surtiu efeito nas sete cidades da região. “Marina foi um fenômeno criado que nada tem a ver com a imagem dela. Na verdade, seus votos foram muito mais angariados pelo filão de rejeição a Dilma e Serra do que pelo seu próprio carisma”, avalia Carrilho. Já Martins Jr. não acredita que os votos verdes se reverteram para petistas e peessedebistas. “No ABC, percebe-se o PT contra o resto. O culto ao antipetismo”.
Segundo o especialista em comunicação política da Universidade Metodista de São Paulo, Kléber Carrilho, o êxito de Dilma foi uma opção do eleitorado, independente de regionalismos. Para o estudioso, o fator Lula foi determinante. “A maioria decidiu pela continuidade. A figura do presidente é imprescindível para qualquer campanha. A aprovação recorde (83%, segundo levantamento do Datafolha de outubro) teoricamente reflete nos municípios”.
O ninho do partido é um dos motivos para tal êxito, de acordo com o professor de sociologia e política da Fundação Escola do Estado de São Paulo, João Paulo Martins Jr., visto que as prefeituras lideradas pelo PT (Diadema, São Bernardo e Mauá) tiveram liderança absoluta da presidente eleita. “Além de ser o berço do partido (PT), prevalece sua ligação histórica com os movimentos sociais”.
No entanto, a atuação dos prefeituráveis causou um efeito contrário, segundo Carrilho. “Por exemplo, a presença do prefeito (Luiz) Marinho não tem importância no número de votos em favor da Dilma. Não foi o Marinho que ajudou a Dilma, foi a Dilma que valorizou a imagem do prefeito de São Bernardo visando a reeleição municipal”.
Na opinião dos especialistas o fenômeno Marina Silva não surtiu efeito nas sete cidades da região. “Marina foi um fenômeno criado que nada tem a ver com a imagem dela. Na verdade, seus votos foram muito mais angariados pelo filão de rejeição a Dilma e Serra do que pelo seu próprio carisma”, avalia Carrilho. Já Martins Jr. não acredita que os votos verdes se reverteram para petistas e peessedebistas. “No ABC, percebe-se o PT contra o resto. O culto ao antipetismo”.
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