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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/08/2017 | Cidade
Fator humano é premissa para segurança 4.0, afirmam químicos
Fator humano é premissa para segurança 4.0, afirmam químicos Fernando Figueiredo (à esq.), presidente executivo da Abiquim, mediou mesa-redonda sobre o papel da alta liderança na segurança industrial. Crédito: Divulgação
Fernando Figueiredo (à esq.), presidente executivo da Abiquim, mediou mesa-redonda sobre o papel da alta liderança na segurança industrial. Crédito: Divulgação
A indústria química brasileira se prepara para novo salto de desempenho com a chamada Indústria 4.0

Depois de avançar na automatização de processos e alcançar patamares internacionais em segurança industrial, a indústria química brasileira se prepara para novo salto de desempenho com a chamada Indústria 4.0. Nesse contexto, o principal desafio é conhecer de forma holística o elemento humano. Esta foi a principal mensagem do simpósio “Melhores Práticas em Segurança Industrial no Polo do Grande ABC”, realizado nesta quarta-feira (16/8), na Oxiteno, em Mauá. Realizado pelo Comitê de Fomento Industrial do Polo do Grande ABC (COFIP ABC), o encontro reuniu lideranças de indústrias e entidades setoriais em palestras, mesa-redonda e apresentação de case.

Na abertura, Claudemir Peres, presidente do COFIP ABC e gerente industrial da Oxiteno, destacou a importância do primeiro encontro de boas práticas em segurança organizado pelo Comitê. “Reflete a crença do COFIP ABC: Juntos e integrados geramos mais valor. Não podemos falar de indústria química ou petroquímica sem imaginar que a segurança seja o principal valor. Ou temos segurança ou não temos negócio”, afirmou.

Yáskara Barrilli, assessora de Assuntos Técnicos da Associação Brasileira da Indústria Química (Abiquim), apresentou o Programa Atuação Responsável®, desenvolvido há 25 anos no Brasil, com a participação das empresas associadas à entidade – hoje cerca de 170 – e que imprime a responsabilidade de gerir os processos de forma segura. Yáskara destacou que a indústria química brasileira avança em saúde, segurança e meio ambiente (SSMA) e apresentou os indicadores de performance das associadas, referentes ao período de 2006 a 2015. O levantamento, feito pela Abiquim, aponta que houve redução de 41% na frequência de acidentes com afastamento, 70% nos acidentes de transporte, 43% no consumo de energia elétrica, entre outras quedas.

Francisco Ruiz, gerente executivo do COFIP ABC, apresentou de forma inédita levantamento local dos indicadores de desempenho em SSMA, obtidos em 2016 pelas empresas do Polo Petroquímico do Grande ABC, associadas ao Comitê. “Indicadores, que são monitorados pelas empresas e pela Abiquim, passam a ser acompanhados também pelo COFIP ABC”, disse. Entre os indicadores monitorados estão frequência de acidentes com e sem afastamento, captação de água, consumo de energia elétrica, geração de resíduos, destinação de resíduos perigosos e não perigosos e afluentes lançados em curso de água.

Em seguida, Fernando Figueiredo, presidente executivo da Abiquim, mediou mesa-redonda sobre o papel da alta liderança na segurança industrial, que recebeu os executivos Eduardo dos Santos Jerez, diretor de Sistema de Gestão Industrial e SSMAQ da Air Liquide, Antonio Emílio Simões Meireles, responsável por SSMA Corporativo e Qualidade & Produtividade da Braskem, e Antônio Ribeiro, gerente industrial da Oxiteno em Camaçari.

Antonio Emílio Simões Meireles, da Braskem, destacou o processo de automatização dos processos e atuação com barreiras preventivas da empresa, que vem sendo realizado mais fortemente desde 2015. Exemplo disso são os sistemas de intertravamento, que tiram da mão do operador a decisão de parar ou não uma planta. “O homem continua tendo discernimento de fazer parada a qualquer tempo, mas sistemas intertravados, com limites bem definidos, podem evitar que a operação chegue numa região de risco”, contou.

Antônio Ribeiro, da Oxiteno, destacou que a indústria química brasileira, para novo salto em segurança, deve ter programas que desenvolvam as pessoas de forma mais abrangente, como os treinamentos em comportamento seguro que são realizados há cinco anos com os gerentes da fábrica em Camaçari. “Estamos muito exercitados no pilar técnico e precisamos desenvolver o pilar comportamental. Os líderes necessitam de uma visão mais holística para desenvolver as equipes, de modo que consigam se engajar no propósito da organização para se ter ambiente em que todas as disciplinas possam ser semeadas”, explicou Ribeiro.

Eduardo dos Santos Jerez, da Air Liquide, falou sobre o fator humano diante da indústria 4.0, com diversos sensores espalhados no chão de fábrica, interligados a computadores conectados na internet para análise dos dados em tempo real e maior poder de decisão. “Precisamos ter um sistema de gestão pessoal interligado com todos os demais sistemas. Sabemos que os profissionais trabalharão todas as informações para tomarem as melhores decisões possíveis. Precisamos também que os profissionais tenham conhecimentos multidisciplinares, estejam familiarizados com as tecnologias e estejam conectados 24h”, apontou.

No período da tarde, Laudemir Sarzeda da Silva, superintendente e gerente de Planta da Chevron Onorite Brasil, e Edmario Nascimento, gerente de Saúde, Meio Ambiente, Segurança, Excelência Operacional e Gerenciamento de Segurança de Processo da Chevron Onorite Brasil, apresentaram case do sistema de gestão em excelência operacional da empresa, que tem como meta uma organização livre de acidentes. O executivo destacou o papel da alta gestão em promover a cultura de acidentes zero junto à força de trabalho. “Temos quase todas as ferramentas de segurança implantadas, só precisamos agora trabalhar o fato de que o ser humano é passível de erros”, disse. A empresa está há mais de três anos sem registrar acidentes.

Julio Turbay, diretor administrativo e de Operações Internacionais da Comportamento Psicologia do Trabalho, encerrou o encontro com discussão sobre o futuro da prevenção nas organizações. “Nós estamos próximos de uma fronteira. Indústria 4.0, novas tecnologias, realidade virtual, tudo isso bate à nossa porta, mostrando que há grande aplicabilidade nas empresas. O ponto chave é preparar a organização de hoje. O pensamento sinérgico entre segurança, recursos humanos e processos produtivos deve ser muito forte para evitar que gaps gerem acidentes”, avaliou Turbay.

Por Companhia de Imprensa - Redação
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