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DATA DA PUBLICAÇÃO 27/06/2014 | Cidade
Famílias querem negociação de terreno
 Famílias querem negociação de terreno Foto: André Henriques/DGABC
Foto: André Henriques/DGABC
Com o objetivo de fazer valer o que é garantido pela Constituição brasileira – que todo cidadão tem direito à moradia – cerca de 560 famílias ocupam, desde o dia 13, terreno de 351,6 mil m² declarado de utilidade pública pela Prefeitura de Mauá, localizado na Rua Pernambuco, no Jardim Pajussara.

A maioria – instalada em pequenos barracos – vem da própria comunidade, que não tem pavimentação e nenhum tipo de infraestrutura. Muitas residiam próximo a um córrego que transborda com qualquer chuva e conviviam com esgoto a céu aberto. “As pessoas estão cansadas de trabalhar oito meses para comprar as coisas e em quatro perder tudo para a chuva. Vivemos como selvagens, ao Deus dará. Queremos que a Prefeitura entre em contato conosco para que possamos fazer uma negociação e comprar o terreno”, falou o autônomo Wilson Pinto, 46 anos.

Segundo os ocupantes, no dia 18 policiais civis e guardas-civis municipais estiveram no local. Estes últimos teriam demolido os casebres.

Procurada, a Prefeitura disse que o Executivo “tem o dever legal de zelar pelas áreas públicas”. Ainda de acordo com a administração mauaense, não há famílias habitando o local, mas sim demarcação de lotes com a construção de aproximadamente 100 barracos.

A equipe do Diário esteve ontem no terreno e registrou grande quantidade de pequenas habitações, com pessoas fazendo delas suas moradias. É o caso do aposentado Paulo Balbino de Araújo, 57. Em um espaço mínimo, havia uma cozinha improvisada e uma cama de casal, onde ele dorme com a mulher e os dois filhos, de 7 e 8 anos. Mesmo com a precariedade do lugar em que está agora, ele procura se conformar com a situação. “Para quem não tem nada, está bom. Vamos vivendo como Deus quer, o negócio é ter fé. Meu sonho é ter uma casa digna para, quando Deus me levar, deixar um lugar bom para a minha família”, fala, entristecido.

A Prefeitura disse que as pessoas interessadas em participar de programas habitacionais devem se dirigir à Secretaria de Habitação, para fazer a inscrição no CadÚnico (Cadastro Único).

Questionado sobre a previsão de projetos para reurbanização do núcleo Pajussara, o governo municipal respondeu que iniciou agora o processo de retificação da área e que só após essa ação será possível pensar em algum planejamento. Não há prazo para conclusão do trâmite.

Por Vanessa de Oliveira - Diário do Grande ABC
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