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DATA DA PUBLICAÇÃO 27/01/2009 | Cidade
Família vive drama à espera de remédios
Trileptal, minilax, motilium, lactulona, dimecona, paracetamol, ambroxol, flogoral, profol, kalyamon, omeprazol e urbanil. Estas nomenclaturas, tão difíceis de pronunciar ou escrever até mesmo para a classe farmacêutica, não são problema para o casal João Paulo Moreira da Silva, 30 anos, e Cristiane Simões, 40. Eles sabem na ponta da língua o nome dos 12 medicamentos que a filha Fernanda, 7, vítima de paralisia cerebral, é obrigada a ingerir. E o que parece improvável: todos eles em altas doses e diariamente, às 5h30, 6h, 8h, 12h, 14h, 17h, 19h, 20h e 21h.

Com tanta responsabilidade, o casal não pode mesmo esquecer. Não tem escolha. Afinal, caso Fernanda não tome os remédios, ela corre sério risco de morte. E é aí que está o problema. Beneficiária de medida judicial validada pela Justiça e pelo Conselho Tutelar de São Bernardo, Fernanda recebe gratuitamente há cerca de 4 anos o arsenal de remédios a cada trimestre. Cada lote desses equivale, em média, segundo João Paulo, a R$ 6.000 - ou R$ 2.000 por mês, incluindo outros itens como fraldas, pomadas e supositórios.

Nas duas últimas oportunidades, porém, o atraso na entrega dos produtos deixou seus pais em constante tensão. "Nós, que dependemos desses medicamentos para que a nossa filha continue vivendo bem, ficamos ansiosos e nervosos a cada atraso. Isso mexe demais com toda a nossa vida", diz João Paulo.

O primeiro atraso foi rapidamente solucionado após reportagem do Diário, em maio do ano passado, segundo ele. Desta vez, porém, o pedido protocolado no dia 10 de novembro de 2008 - sempre com 45 dias de antecedência para evitar atrasos - ainda não foi entregue. Ou melhor, foi entregue, mas em partes. Novamente após reportagem do Diário, o próprio secretário de Saúde do município, Arthur Chioro, foi no fim da tarde de quinta-feira até a casa onde vive a família e lhes entregou o equivalente a um lote de medicamentos para uma semana.

Até aí tudo bem, não fosse a promessa de entrega do restante para o dia seguinte. "A minha obrigação como pai da Fernanda é fazer com que ela tenha direito a uma vida digna, mesmo com todos os probleminhas dela. É por ela que eu e a minha mulher lutamos", afirma.

Questionada sobre o imbróglio, a Prefeitura de São Bernardo, por meio da Secretaria de Saúde, confirmou a ida do secretário à casa de Fernanda e informou que "todos os medicamentos foram entregues à família do paciente no prazo acordado entre as partes". No fim do documento, porém, aponta que "o volume total para atender o trimestre será entregue o mais breve possível dentro do prazo acertado entre a família e a secretaria". O prazo, que era sexta-feira passada, expirou.

Por Javier Contreras - Diário do Grande ABC
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