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DATA DA PUBLICAÇÃO 26/09/2009 | Turismo
Família Goldschimit: Roteiros de fé na região
Dando continuidade ao roteiro turístico-religioso apresentado na última edição do Turismo, confira as igrejas de Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra que compõem o acervo de patrimônios históricos da região, de acordo com levantamento empreendido pelo Consórcio Intermunicipal do Grande ABC.

DIADEMA - IGREJA NOSSA SENHORA DOS NAVEGANTES

Antes da reforma na década de 1990, era uma pequena capela datada de 1953, quando teve início a devoção a Nossa Senhora. Foi erguida pelos primeiros habitantes da região para trazer proteção a todos os frequentadores da Represa Billings, na época um grande manancial de água potável. A partir daí iniciou-se a tradição de se realizar uma procissão náutica e terrestre em homenagem à padroeira. Em 1978, começou o bombeamento das águas do Rio Pinheiros para a represa, resultando na poluição do manancial e mortandade dos peixes. Decepcionados, os moradores protestaram e resolveram suspender a procissão. Após 18 anos, em 1996, o padre Odair Ângelo Agostin retomou a tradição a pedido dos fiéis. A festa é realizada sempre no primeiro domingo de fevereiro, com missas e procissões náutica e terrestre. Também há apresentação de manifestações culturais e populares como congadas e folias de reis. No encerramento, é realizado um grande show com artista de renome nacional. Milhares de pessoas da região participam dos festejos, que pela sua tradição integram o calendário turístico do Estado de São Paulo.

Endereço: Avenida Nossa Senhora dos Navegantes, 144, bairro Eldorado. Tel.: 4043-5807.

MAUÁ - CAPELA DA JUVENTUDE OPERÁRIA CATÓLICA

Segundo o historiador Renato Alencar Dotta, a JOC (Juventude Operária Cristã) foi um importante movimento liderado pela igreja católica, cuja sede era na cidade de São Paulo. Em 1940, escolheu a bucólica região de Mauá para implantar uma colônia de férias para seus associados. Ali, ergueu-se uma capela. Padres vinculados à JOC convidaram o pintor romeno, refugiado da guerra, Emeric Marcier - hoje conhecido mundialmente - para pintar os afrescos da capela, o que foi feito entre 1945 e 1947. São 23 painéis que refletem temas bíblicos através do expressionismo. A respeito da obra, disse Pietro Maria Bardi quando diretor do Masp (Museu de Arte de São Paulo): "Os afrescos de Marcier, de uma forma ou de outra, já entraram para a minguada História da Arte Brasileira e constituirão, no futuro, um documento de grande importância histórica". Em 1959, a Prefeitura de Mauá desapropriou a área da capela para a construção de um hospital. A construção seria derrubada, o que não ocorreu graças à mobilização dos integrantes da JOC. Hoje está localizada dentro da Santa Casa de Misericórdia. Por tratar-se de Bem Cultural Material Particular em Processo de Tombamento pelo Condephhat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo), as visitas são limitadas e devem ser agendadas previamente.

Endereço: Avenida Dom José Gaspar, 1.280, Vila Assis Brasil.

RIBEIRÃO PIRES - IGREJA DE NOSSA SENHORA DO PILAR

Acredita-se que tenha sido erguida em 1714 pelo Capitão Mor Antônio Corrêa de Lemos. Segundo a Cúria Metropolitana, nesse ano a igreja já estava construída e foi abençoada pelo Frei Pacífico no dia 25 de março. A construção constitui-se de um galpão central para a realização de cultos e duas cazullas frontais, sendo que uma ainda hoje é utilizada como sacristia, prevalecendo sempre a simplicidade tanto interna como externamente. Alguns afirmam ter sido utilizada mão de obra escrava em sua construção, fato contestado por outros estudiosos. O que se pode afirmar com certeza é que a mesma possui paredes em taipa de pilão, com 40 centímetros de espessura, tendo sido utilizado em sua construção materiais como granito e rocha. As telhas eram feitas de argila, confeccionadas nas coxas dos escravos, e cal na pintura. Em 1809 foi adicionada à construção uma torre feita de alvenaria de pedra. Seguindo os costumes católicos, a capela foi também usada como cemitério para o sepultamento de moradores. TBA capela foi tombada pelo Condephhat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Artístico, Arqueológico e Turístico do Estado de São Paulo) em 1975 e cerca de 45 mil metros quadrados de terreno são considerados área de preservação. A festa em homenagem a Nossa Senhora do Pilar, no dia 1º de maio, é a mais tradicional do município. Missas e celebrações acontecem aos domingos a partir das 9h. Para visitação, a secretaria promove city tours gratuitos com monitoramento em determinados domingos do mês, basta se cadastrar no Centro de Informações Turísticas (4823-7472).

Endereço: Avenida Santa Clara.

RIO GRANDE DA SERRA - CAPELA SANTA CRUZ

Também conhecida como Capela São Sebastião pela imagem do santo esculpida em madeira, a igreja foi erguida em 1611 por tropeiros que traziam sal de Santos para o planalto. Trata-se de obra simples, de características jesuíticas, em pedra assentada com barro e tijolos (técnica chamada de taipa de mão), telhado em duas águas, coberta por telhas e teto em madeira. Acredita-se que, com a vinda do jesuíta José Custódio de Sá e Faria em 1745, a capela teve anexa a torre, que retrata um símbolo português: mísulas verticais, nos quatros cantos das torres, formando duas pétalas de lírio-flor símbolo de Portugal. A cúpula é arrematada no centro por um bulbo que sustenta o cruzeiro com o Globo Mundial (conquistas marítimas), um galo (arauto da fé) e a cruz de Cristo, ou da Ordem de Nosso Senhor Jesus Cristo, da Ordem dos Templários. Essa cruz está estampada em todas as bandeiras de Portugal e, no Brasil, na primeira Bandeira do Império, instituída por D. Pedro I em 18 de setembro de 1822. Em 1982, o Condephaat propõe o tombamento do bem como Marco Histórico. Mas a medida foi reconsiderada em função da deterioração do imóvel. Com a lei municipal nº 620 de 26/10/1990, a capela foi finalmente tombada e incorporada ao Patrimônio Histórico de Rio Grande da Serra, assim como a ruínas da Capela Santa. Em janeiro de 2007, cerca de 3.000 pessoas se reuniram no local para celebrar a inauguração do restauro da capela. Atualmente, a capela mantém uma pessoa à disposição para passar informações sobre a história do local. E todos os anos acontece a festa de São Sebastião em homenagem ao padroeiro da cidade, em frente à capela, com barracas de comida, artesanato local e shows na praça com as bandas da comunidade.

Endereço: Avenida Dom Pedro I, próximo à estação de trem.

Por Peter Paulo Goldschmidt - Diário Online
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