DATA DA PUBLICAÇÃO 18/07/2010 | Geral
Família é suspeita de aplicar golpes durante reformas de casas de São Paulo
Uma família de São Paulo que oferece serviços de restauração de pisos e pintura em jornais é suspeita de deixar o serviço pela metade e fugir com o dinheiro, segundo relatos de quatro vítimas e um policial militar contatados pela reportagem do R7. Os suspeitos depois fazem ameaças, o que deixa as vítimas com medo de formalizar uma queixa – em razão disso, as identidades foram preservadas.
Os golpistas oferecem seus serviços em pequenos anúncios em jornais de bairro e em cadernos especializados em assuntos de decoração em publicações de circulação nacional. O jornal Folha da Vila Prudente confirmou à reportagem que depois da publicação dos anúncios recebeu várias reclamações. Os suspeitos mudam constantemente o nome da “empresa” e os números de telefone, de acordo com a publicação.
A empresa então era contatada por clientes para agendar uma visita técnica. Duas pessoas iam até a residência: Denise Purita e José Douglas Purita Filho, filha e pai. A vítima então dava uma entrada e parcelava com cheques pré-datados parte do valor.
O serviço era deixado pela metade, com o piso danificado e pintura inacabada. Uma vítima conta que tentou entrar em contato por mais de uma semana, sempre recebendo a justificativa de que as máquinas para aplicação de sinteco – um tratamento para pisos de madeira – estavam quebradas. Depois a vítima tentou sustar os cheques.
– Como suspeitava, ela [Denise] já tinha descontado os cheques.
O prejuízo dessa vítima foi de R$ 2.800. Outra vítima, que mora na região leste de São Paulo e que diz ter perdido valor parecido, afirma que recebeu ameaças de um dos membros da família, que se identificou como José Douglas Purita Neto. Ela conta que teve medo e não registrou um boletim de ocorrência.
– Eles entraram aqui na minha casa, conheceram tudo. Não poderia dormir tranquila se eu tivesse dado queixa.
Um cabo da Polícia Militar conta que já deteve os suspeitos em agosto de 2009, depois que o parente de uma vítima o contatou depois de levar um prejuízo de R$ 7.155. Os suspeitos foram levados até o 16º Distrito Policial, mas foram soltos logo em seguida. Ele diz ter recebido, desde então, cerca de cinco ligações de vítimas da família Purita.
Um blog chegou a ser posto no ar com acusações contra a família. O site se dedica a acompanhar os anúncios da família e trocar as (más) experiências depois da contratação do serviço.
Por telefone e sem se identificar, a reportagem se passou por um possível cliente. Denise atendeu e prometeu fazer um orçamento em 20 dias. Ela alegou ter problemas com as máquinas para aplicar sinteco.
Outro lado
Denise Purita negou, em entrevista ao R7, que sua família tenha aplicado golpes. Ela disse reconhecer um atraso em um caso, mas alegou que ficou "sem o escritório" e atrasou o serviço, que está "90% concluído". Denise pediu o nome de outros clientes que teriam reclamado do serviço, mas a reportagem não cedeu, conforme o acordo feito com os entrevistados. Os clientes que se sentiram prejudicados podem entrar em contato para um acordo, segundo Denise.
O novo escritório, diz Denise, será em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Denise confirma ter usado dois nomes diferentes em anúncios de jornais.
Colaborou Julia Carolina, estagiária do R7
Os golpistas oferecem seus serviços em pequenos anúncios em jornais de bairro e em cadernos especializados em assuntos de decoração em publicações de circulação nacional. O jornal Folha da Vila Prudente confirmou à reportagem que depois da publicação dos anúncios recebeu várias reclamações. Os suspeitos mudam constantemente o nome da “empresa” e os números de telefone, de acordo com a publicação.
A empresa então era contatada por clientes para agendar uma visita técnica. Duas pessoas iam até a residência: Denise Purita e José Douglas Purita Filho, filha e pai. A vítima então dava uma entrada e parcelava com cheques pré-datados parte do valor.
O serviço era deixado pela metade, com o piso danificado e pintura inacabada. Uma vítima conta que tentou entrar em contato por mais de uma semana, sempre recebendo a justificativa de que as máquinas para aplicação de sinteco – um tratamento para pisos de madeira – estavam quebradas. Depois a vítima tentou sustar os cheques.
– Como suspeitava, ela [Denise] já tinha descontado os cheques.
O prejuízo dessa vítima foi de R$ 2.800. Outra vítima, que mora na região leste de São Paulo e que diz ter perdido valor parecido, afirma que recebeu ameaças de um dos membros da família, que se identificou como José Douglas Purita Neto. Ela conta que teve medo e não registrou um boletim de ocorrência.
– Eles entraram aqui na minha casa, conheceram tudo. Não poderia dormir tranquila se eu tivesse dado queixa.
Um cabo da Polícia Militar conta que já deteve os suspeitos em agosto de 2009, depois que o parente de uma vítima o contatou depois de levar um prejuízo de R$ 7.155. Os suspeitos foram levados até o 16º Distrito Policial, mas foram soltos logo em seguida. Ele diz ter recebido, desde então, cerca de cinco ligações de vítimas da família Purita.
Um blog chegou a ser posto no ar com acusações contra a família. O site se dedica a acompanhar os anúncios da família e trocar as (más) experiências depois da contratação do serviço.
Por telefone e sem se identificar, a reportagem se passou por um possível cliente. Denise atendeu e prometeu fazer um orçamento em 20 dias. Ela alegou ter problemas com as máquinas para aplicar sinteco.
Outro lado
Denise Purita negou, em entrevista ao R7, que sua família tenha aplicado golpes. Ela disse reconhecer um atraso em um caso, mas alegou que ficou "sem o escritório" e atrasou o serviço, que está "90% concluído". Denise pediu o nome de outros clientes que teriam reclamado do serviço, mas a reportagem não cedeu, conforme o acordo feito com os entrevistados. Os clientes que se sentiram prejudicados podem entrar em contato para um acordo, segundo Denise.
O novo escritório, diz Denise, será em Mogi das Cruzes, na Grande São Paulo. Denise confirma ter usado dois nomes diferentes em anúncios de jornais.
Colaborou Julia Carolina, estagiária do R7
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