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DATA DA PUBLICAÇÃO 06/11/2008 | Cidade
Família diz ser ameaçada de morte em Mauá
Uma família da Vila Bocaina, em Mauá, pediu socorro à polícia para não ser morta por um ex-vizinho. Segundo a acusação, dois irmãos já foram mortos e um terceiro levou nove tiros na última sexta-feira. A família teve de mudar de casa e agora mora em um local sigiloso. Outros quatro irmãos temem ser executados.

A família Soares aponta David Luis da Silva, 23 anos, como o autor dos crimes. Ele cumpre pena por roubo na Penitenciária de Valparaíso, no interior. Ele estaria aproveitando as saídas temporárias a que tem direito para cometer os assassinatos.

O motivo da matança, segundo um dos irmãos dos mortos, é banal. Silva e Vantuir Soares, 28 anos, uma das vítimas, cresceram juntos no bairro e eram amigos. "Quando meu irmão tinha uns 16 anos, os dois tiveram uma discussão fútil e se esbofetearam. Depois disso, Silva jurou vingança à família", afirmou um dos irmãos.

Vantuir foi morto na madrugada do Natal do ano passado, em Paulínia, região de Campinas, no interior. Ele tinha ido visitar uma irmã que mora na cidade.

Vantuir jogava baralho com alguns amigos em frente à casa da irmã quando, segundo testemunhas, ocupantes de um carro passaram atirando. Vantuir e um vizinho foram atingidos por disparos de uma espingarda calibre 12 e morreram.

Em 9 de agosto deste ano, véspera do Dia dos Pais, ocorreu o segundo crime na família. O mecânico Valtecir Soares, 37 anos, foi morto dentro de um bar perto de casa, na Vila Bocaina, em Mauá. Sua mãe, Lúcia Soares, 64, viu tudo. Ela tomava refrigerante com Valtecir.

Conforme Lúcia, Silva chegou acompanhado por alguns amigos e chamou por Valtecir. "Quando meu filho virou para ver quem era, ele (Silva) já atirou na cabeça dele. Depois, abaixaram a porta do bar e terminaram de matar meu filho lá dentro", relatou Lúcia.

Em 31 de outubro, durante a saída temporária de Finados, Silva teria voltado a atacar a família. Desta vez a vítima foi Valmir Soares, 30 anos, também mecânico. Ele teria sido abordado na Vila Bocaina,em Mauá, perto da residência, por Silva e um um outro homem que chegaram em uma moto.

Valmir foi atingido por nove disparos de uma pistola 765, mas resistiu aos ferimentos e disse à família que ouviu de Silva a promessa de que todos eles morreriam. "Ele falou que iria matar a família inteira, um por um", revela um dos familiares de Valmir, que pediu para não ser identificado.

Ontem de madrugada, Silva foi detido pela PM quando passava de moto na Vila Independência, em Mauá, e foi levado para o 1º DP. Um integrante da família fez a denúncia.

Apesar da pressão da família na delegacia, Silva foi ouvido pelo delegado de plantão e liberado, o que revoltou a matriarca do clã Soares.

"Ele não poderia ser preso, pois não estava em flagrante e não havia mandado de prisão. Silva foi indiciado hoje (ontem) pelo último crime em Mauá e deveremos pedir sua prisão temporária dentro de dois dias", afirmou o delegado-titular do 1º DP, José Marcos Pimenta.

Silva também foi indiciado pelos outros dois crimes, sob responsabilidades das delegacias de Paulínia e do 2º DP de Mauá, respectivamente. A SAP (Secretaria da Administração Penitenciária) não respondeu ao Diário a respeito das saídas temporárias de Silva.

Por Evandro de Marco e Luciano Cavenagui - Diário do Grande ABC
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