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DATA DA PUBLICAÇÃO 18/05/2009 | Cidade
Família de Mauá volta para área irregular
As desapropriações da Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.) no Jardim Oratório, em Mauá, conseqüência das obras de extensão do Rodoanel, chama a atenção para o fosso habitacional em que vivem os moradores de núcleos. Sem escritura das casas e recebendo baixas indenizações, as famílias adquirem outra moradia irregular pelo mesmo preço da que morava, aumentando a população em outros núcleos da cidade, como Vila Carlina, Jardim Zaíra e Parque das Américas.

Esse é caso de Ana Mendes Lopes, mineira de 54 anos. A dona de casa morava no Oratório há 30 anos, época em que começou as primeiras ocupações no bairro. “Vi aquele mar de lixão que tinha ali virar casa, padaria, igreja, rua. Sei o nome de todas as pessoas, e todos os caminhos. Aquele bairro era a minha cidade”, contou.

Na casa da rua Vilhena morava dona Ana, filha, genro, e mais sete crianças, entre netos e filhos. Eram duas casas em um só terreno, mas um corredor dava a individualidade que as famílias tanto presavam. No começo deste ano, a família de Ana recebeu uma notificação da Dersa, dizendo que a casa seria removida e que ela seria indenizada pelas benfeitorias da construção.

Sem a instrução adequada, que lhe permitiria brigar por melhor quantia da indenização, Ana aceitou o primeiro valor oferecido pelas duas casas: R$ 20.257. Sua família foi uma das primeiras, entre as quase 2 mil do Oratório, que terão de abandonar suas casas e procurar outro local para morar. Um vizinho avisou que na Vila Carlina havia uma casa por esse preço. A família Lopes não pensou muito. “Quando iria achar uma casa em área regular por esse preço? Nunca. Saí antes que todo mundo saísse e eu ficasse sem nenhuma.”

Em 19 de abril, Ana fez a mudança. Ela conta que a mudança ainda estava no meio da rua quando a Dersa começou a demolir a antiga casa. “Foi horrível ver eles (funcionários da Dersa) demolindo minha casa. Preferiria não ter passado por isso, mas foram realmente muito rápidos.” Os dez integrantes da família têm hoje de dividir uma única casa e sem garantias da posse do imóvel. Dona Ana toca a vida sem saber até onde o Rodoanel pode ir e se um dia a obra vai demolir o novo lar.

Das 2,3 mil famílias que terão de sair do Jardim Oratório e do Santa Cecília, 370 já deixaram os imóveis. A Dersa iniciou as desapropriações em março e pretende estar com área pronta para dar início às obras em agosto.

Por Carol Scorce - ABCD Maior / Foto: Antonio Ledes
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