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DATA DA PUBLICAÇÃO 19/10/2008 | Setecidades
Família de Eloá autoriza doação de órgãos
A família da estudante Eloá Cristina da Silva, 15 anos, decidiu doar os órgãos da adolescente, que teve morte cerebral confirmada pela equipe médica do Centro Hospitalar Municipal no início da madrugada deste domingo. A garota foi baleada na cabeça e na virilha, na sexta-feira, no desfecho de um seqüestro que durou mais de 100 horas, no Jardim Santo André, em Santo André.

A diretora do hospital, Rosa Maria Aguiar, afirmou que o irmão de Eloá foi quem ligou para o hospital confirmando a doação. Segundo ela, ainda não é possível saber quais órgãos serão aproveitados. "Antes da retirada dos órgãos, há uma série de protocolos e exames", explicou. Para que a decisão seja formalizada, os pais da estudante ainda precisam assinar a autorização.

Uma equipe do Instituto Dante Pazzanese de prontidão no hospital dará início aos exames prévios para a captação dos órgãos. Após este procedimento, o corpo de Eloá será encaminhado ao IML (Instituto Médico-Legal) para perícia - procedimento necessário em caso de morte violenta.

Caso a família optasse por não fazer a doação, a jovem continuaria ligada aos aparelhos aguardando um desfecho natural, já que no Brasil não é pemitida a eutanásia.

Naiara - Um novo boletim médico divulgado na manhã deste domingo apontou que a estudante Naiara Vieira, 15, também baleada no desfecho do seqüestro, apresentou melhoras em seu quadro clínico durante a madrugada. No entanto, ela ainda não sabe da morte cerebral da amiga.

De acordo com a diretora do hospital, a adolescente está em observação com cuidados clínicos gerais. Internada em unidade semi-intensiva, a estudante está ao lado de seus familiares, mas sem poder falar com outras pessoas, inclusive a polícia.

Segundo o secretário da Saúde de Santo André, Homero Nepomuceno Duarte, em declaração durante a entrevista coletiva da tarde de sábado, a polícia só deverá interrogar Naiara quando ela tiver alta, o que deve ocorrer em uma semana. "Isso é uma orientação médica", afirmou.

A ação - O mais longo caso de cárcere privado registrado no Estado de São Paulo terminou de forma trágica nesta sexta-feira. Quatro dias após Lindemberg Fernandes Alves invadir o apartamento da família de Eloá e fazê-la refém junto com Naiara, policiais do Gate (Grupo de Ações Táticas Especiais) invadiram o imóvel sem conseguir preservar a integridade física das garotas.

Por volta das 18h10, quando a imprensa aguardava uma entrevista coletiva de Eduardo José Félix, comandante do Batalhão de Choque da Polícia Militar, um forte estrondo foi ouvido dentro do prédio. Em seguida, os policiais invadiram o cativeiro pela porta da frente e pela janela do quarto e, na seqüência, um novo clarão foi visto no interior do imóvel.

Câmeras de emissoras de televisão filmaram toda a ação. Naiara, com o rosto sujo de sangue, foi a primeira a deixar o local. Em seguida, um policial saiu do apartamento carregando Eloá no colo, enrolada em um lençol.

Algumas dúvidas ainda envolvem o desfecho do episódio. A polícia garante que só entrou no apartamento depois de ouvir barulhos de tiro lá dentro. Jornalistas que estavam na região, porém, afirmam apenas ter escutado disparos depois da invasão.

A verdadeira autoria dos tiros que atingiram as adolescentes deverá ser conhecida após exames periciais e depois do depoimento de Naiara.

O seqüestro - Lindemberg invadiu o apartamento da família de Eloá por volta das 13h30 da última segunda-feira, quando ela fazia trabalho escolar com outros três colegas. Dois deles (dois garotos) foram soltos no mesmo dia, e Naiara acabou libertada na terça-feira, com a contrapartida da polícia de que a energia elétrica no imóvel - que havia sido cortada - seria restabelecida.

Na quinta-feira, Naiara surpreendeu a todos ao retornar ao apartamento para ajudar nas negociações com Lindemberg. Depois disso ela não voltou mais a ser solta, apesar de a polícia afirmar que ela não estava mais na condição de refém.

Lindemberg teria invadido o imóvel por estar inconformado com o fim do relacionamento do Eloá, que durou quase três anos. Na quarta-feira, em entrevista por telefone à jornalista Sônia Abrão, ele advertiu que se a polícia entrasse na casa ele mataria a ex-namorada.

Por Diário Online
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