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DATA DA PUBLICAÇÃO 20/10/2011 | Economia
Faltam imóveis avaliados em até R$ 170 mil na Região
Faltam imóveis avaliados em até R$ 170 mil na Região  Procura de imóveis para a compra é 60% maior que a oferta no mercado, diz corretor. Foto: Luciano Vicioni
Procura de imóveis para a compra é 60% maior que a oferta no mercado, diz corretor. Foto: Luciano Vicioni
A alta dos preços de venda e de locação dos imóveis no ABCD assustam os interessados e torna a procura mais intensa pela casa ideal. O delegado do ABCD do CRECI-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo), Alvarino Lemes, afirmou que a procura é maior que a disponibilidade de locais desejáveis, como a compra de imóveis no valor de até R$160mil.

“O programa Federal Minha Casa, Minha Vida, autoriza o financiamento de imóveis até R$170 mil. Então a procura para compra de imóveis até este valor está cerca de 60% a mais do que temos para ofertar”, disse Lemos.

Já quem depende de pagar aluguel também tem enfrentado dificuldade. “Imóveis de 54 metros quadrados estão em torno de R$1mil. Então, o locatário que pode pagar até R$ 500, só encontra, na maioria das vezes, casas de dois cômodos em bairros mais afastados”, afirmou o delegado do CRECI.

Anaí da Silva é um exemplo da dificuldade pela procura de locações até R$ 500. A inspetora de alunos mora há 8 anos no bairro Curuçá, em Santo André, e paga cerca de R$ 450 de aluguel. " Moro nos fundos de uma casa, e agora preciso sair e não encontro nada nessa faixa de preço. E quando acho algo até R$ 800 por aqui são em terrenos com diversas casas de dois cômodos e horriveis. Estou desesperada", comentou.

De acordo com Lemos, a alta dos preços é justificada pela localização da região e a instalação de muitas empresas que atraem diversas pessoas para o ABCD. “A população cresceu muito, nos últimos três anos tivemos uma alta no valor para compra e locação dos imóveis no ABCD. Em todas as cidades o valor subiu e é semelhante. Em Mauá e Ribeirão Pires, onde geralmente era mais baixo, por conta do Rodoanel e a interligação com a Avenida Jacu Pessego em São Paulo, os valores subiram muito. O ABCD é uma região próxima à Capital e repleta de empresas e indústrias, o que valoriza e torna os preços mais altos. Então, a procura por compra ou aluguel está mais complicada por conta da alta”.

O delegado do Creci afirmou que a expectativa é de que os valores diminuam nos próximos anos, mas afirmou que ainda está longe de acontecer. “Com a crise na Europa, cogitou-se que o Brasil seria afetado e com isso haveria uma queda nos valores dos imóveis, mas não é o cenário que percebemos. Não há uma explicação concreta desta alta, até porque não é somente no ABCD, mas no Brasil. Queremos que abaixe, mas ainda não enxergamos essa medida tão cedo”.

Imóveis usados - Apesar dos atrativos para a aquisição dos imóveis na planta, Lemos afirmou que a procura por imóveis usados é ainda maior. “Os novos prédios oferecem uma série de atributos de lazer que são diferenciais , mas muitas vezes afastam o comprador. O valor previsto do condomínio desses prédios é de cerca de R$1 mil, e com a prestação do apartamento, fica pesado o orçamento. Os imóveis antigos, geralmente, têm apenas o salão de festa e um playground, o que torna o condomínio mais barato. Além de já estar pronto para morar, o comprador se livra do problema de atrasos na entrega".

Os imóveis do ABCD são cerca de 25% mais baratos do que os da Capital, tanto para compra quanto para a locação.

O CRECI-SP (Conselho Regional de Corretores de Imóveis do Estado de São Paulo) divulgou nesta quarta-feira( 19/10) uma pesquisa realizada em julho em todo o estado de São Paulo. Os números foram apurados com 1.478 imobiliárias de 37 cidades, incluída a Capital.

Depois de dois meses de queda, os preços dos imóveis usados e do aluguel residencial deram um salto em julho no Estado de São Paulo. A variação média foi 36,44% em relação a junho, maior percentual desde setembro do ano passado. As vendas de casas e apartamentos foram 13,53% maiores que as de junho e a locação de imóveis residenciais cresceu 26,06% .

As 1.478 imobiliárias consultadas alugaram em julho 3.057 imóveis, o que fez o índice de locação evoluir de 1,6407 em junho para 2,0683 em julho. Essa alta de 26,06% no número de casas e apartamentos alugados reflete o bom desempenho da locação nas quatro regiões que compõem a pesquisa estadual do CRECISP: Capital (+ 40,6% na comparação com junho), Interior (+17,24%), Litoral (+ 27,48%) e as cidades de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Guarulhos e Osasco (+ 22,94%)

Os aluguéis de até R$ 800,00 predominaram em três das quatro regiões: Interior (58,66% do total de novas locações), Litoral (58,24%) e a região formada pelas cidades do ABCD, mais Guarulhos e Osasco (61,38%). Na Capital, aluguéis de até R$ 1.200,00 responderam por 52,86% das locações de julho.

Casas foram mais alugadas (1.659) que apartamentos (1.398) e o fiador continuou sendo a forma preferencial de se dar garantia ao dono do imóvel em caso de inadimplência do inquilino. A pesquisa CRECISP constatou que ele esteve presente em 82,15% dos contratos formalizados no Interior, em 50% dos contratos do Litoral, em 48,3% na Capital e em 44,58% nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco.

Os financiamentos responderam por 45,8% das vendas em julho na Capital, 57,42% no Interior, 59,35% nas cidades do A, B, C, D, Guarulhos e Osasco e por 46,11% no Litoral.

Cidades pesquisadas
A pesquisa CRECISP foi realizada em 37 cidades do Estado de São Paulo: Americana, Araçatuba, Araraquara, Bauru, Campinas, Diadema, Guarulhos, Franca, Itu, Jundiaí, Marília, Osasco, Piracicaba, Presidente Prudente, Ribeirão Preto, Rio Claro, Santo André, Santos, São Bernardo do Campo, São Caetano do Sul, São Carlos, São José do Rio Preto, São José dos Campos, São Paulo, Sorocaba, Taubaté, Caraguatatuba, Ilhabela, São Sebastião, Bertioga, São Vicente, Peruíbe, Praia Grande, Ubatuba, Guarujá, Mongaguá e Itanhaém.

Por Michelly Cyrillo - ABCD Maior
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