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DATA DA PUBLICAÇÃO 31/10/2008 | Cidade
Falta de unidade marca derrota em Mauá
A derrota de Chiquinho do Zaíra (PSB) para Oswaldo Dias (PT), no último domingo, evidenciou a falta de unidade do grupo que comanda Mauá desde 2005. No poder desde 6 de dezembro daquele ano, Leonel Damo (PV) não conseguiu manter a coesão em nenhum momento em seu mandato.

No meio político de Mauá, a certeza é de que a vitória do petista marcou o fim da era Damo. "A família vai sumir para valer daqui a dois anos, quando a Vanessa Damo (deputada estadual, filha do prefeito) não conseguir se reeleger", provocou Diniz Lopes (sem partido), ex-aliado e atual rival ferrenho do chefe do Executivo.

A fragmentação e a superficialidade do time que caminhava ao lado do poder começaram a ser notadas poucos meses após a posse de Diniz na Prefeitura. Ele comandou interinamente o Paço entre janeiro e dezembro de 2005, durante imbróglio jurídico envolvendo Márcio Chaves (PT) e Damo, que disputavam a eleição municipal. Após vencer o primeiro turno, o petista teve seu registro de candidatura cassado a poucos dias da segunda etapa. Com a indefinição, Diniz - que havia sido eleito presidente da Câmara - assumiu o Poder Executivo.

Mas, nos primeiros meses do governo interino, quem deu as diretrizes foi Damo, que chegou até a indicar parte do secretariado. Três meses depois, no entanto, o então prefeito rachou com o político do PV.

Com a entrega do comando do Paço para Damo, Diniz permaneceu na oposição no Legislativo, o que dividiu o grupo que caminhava unido. Chiquinho, que também era adversário do novo prefeito, foi alçado a homem-forte da administração e trouxe junto parte dos ex-opositores. O chefe do Executivo teve de dividir ainda mais os cargos nas secretarias, que já estavam loteadas.

Segundo Diniz, a nova composição pragmática se mostrou frágil desde o início. "Já faz muito tempo que esse grupo, comandado pelo Leonel, está para acabar. Essas pessoas que foram para o governo dele tinham seus interesses particulares. Ninguém estava preocupado com a cidade", disse. "Além disso, tinha montado um projeto com o Chiquinho visando justamente ganhar a Prefeitura neste ano, mas ele não cumpriu esse acordo e mudou de lado. Os grupos ficaram divididos e fortaleceram o PT", analisou o ex-tucano de Mauá.

Para o ex-vereador e candidato a vice-prefeito na chapa de Chiquinho, Paulo Bio (PMDB), a eleição também marca o fim do grupo liderado por Damo e inicia uma oposição na cidade, comandada por Chiquinho. "Esse grupo que está no poder não disputou a eleição. E se a gente dependesse da avaliação da atual administração não teríamos voto. O fato é que agora há um novo grupo, que vai ficar de olho na gestão do Oswaldo Dias."

"Oposição será a sobrevivência política"

O presidente da Câmara de Mauá, Alberto Betão Pereira Justino (PSB) - aliado do prefeiturável derrotado Chiquinho do Zaíra (PSB) -, acredita que a melhor opção para os quatro vereadores eleitos pelo partido seja a oposição ao governo Oswaldo Dias (PT) a partir do próximo ano. "Essa é, na minha opinião, nossa única forma de sobrevivência política", avaliou o parlamentar, que foi reeleito no dia 5.

Mesmo após o resultado das urnas, o socialista ainda mantém as críticas - apontadas durante a campanha - ao prefeito eleito de Mauá. "Não podemos ser situação, até porque nem sei se vai existir governo. O Oswaldo Dias deveria ser cassado. Um político que tem as contas rejeitadas e é ficha-suja não deveria nem poder disputar cargo público", afirmou Betão.

Ainda assim, disse que irá respeitar a decisão da Executiva municipal do PSB - que irá se reunir na próxima semana - caso opte por engrossar a base de sustentação. "Vou seguir a determinação do partido. Mas não dá para negar que estamos fortalecidos com os 93 mil votos do Chiquinho", reafirmou.

A opinião de Betão, no entanto, não é consenso no partido. O atual suplente e futuro vereador Osvanir Carlos Stella, o Ivan (PSB), acredita que os parlamentares da legenda não podem caminhar sozinhos. "Não dá para ficar remando contra a maré e trabalhar contra o progresso de Mauá. Mas também seguirei a decisão do partido."

Independentemente do posicionamento do PSB, Oswaldo já começará o governo com pelo menos 10 dos 17 votos no Legislativo, o que lhe dará tranqüilidade na Casa.

Por Sérgio Vieira - Diário do Grande ABC / Foto: Diário Online
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