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DATA DA PUBLICAÇÃO 06/07/2016 | Cidade
Falta de mobilidade faz bicicletário de Mauá perder usuários
Falta de mobilidade faz bicicletário de Mauá perder usuários Bicicletário tem mais de 10 anos de funcionamento no Centro de Mauá. Foto: Rodrigo Pinto
Bicicletário tem mais de 10 anos de funcionamento no Centro de Mauá. Foto: Rodrigo Pinto
Ciclistas da cidade estão desistindo das duas rodas por falta de faixas de trânsito exclusivas

Com mais de 10 anos em funcionamento, o bicicletário de Mauá está perdendo frequentadores. O espaço para mais de 2 mil bicicletas fica ao lado dos terminais centrais de ônibus e da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), mas a falta de vias cicláveis na cidade fez com que os ciclistas perdessem o interesse em pedalar. Essa é a avaliação da Ascobike (Associação de Condutores de Bicicletas Mauá) entidade que administra o estacionamento desde 2003 quando quase todos os espaços do bicicletário era ocupado por bikes dos munícipes. Atualmente 1,3 mil usuários frequentam diariamente o local.

O bicicletário funciona 24 horas por dia. A mensalidade cobrada pela associação é de R$ 25 reais. Esse valor permite o ciclista ter uma identificação e gancheira para estacionar a bicicleta. “Temos um cafezinho também, pois a gente sabe que nem todos os trabalhadores conseguem sair de casa antes de tomar um café da manhã”, explicou a diretora financeira da Ascobike, Tânia Regina. De acordo com a ela, o perfil dos usuários é estritamente formado por pessoas que usam a bicicleta para chegar até os terminais de transporte público. “São associados que andam de bicicleta para chegar ao trabalho e assim, poupam parte do dinheiro do ônibus para investir na renda familiar”, comentou.

As principais vias que desembocam no Centro de Mauá, porém, apresentam pouca estrutura ciclável, como as avenidas Barão de Mauá e Castelo Branco. Além disso, assim como acontece em outras cidades da Região, é pouco o respeito que motoristas têm com o ciclista. “Sem ciclovia é muito difícil pedalar em Mauá. Porém, é mais prático e barato, por isso eu não deixo de usá-la todos os dias”, comentou Sinésio Ferreira da Silva, 44 anos. Ele trabalha como motorista particular, mas pedala quase 10 quilômetros todos os dias, do bairro Alto da Boa Vista até o Centro, para acessar o terminal da CPTM. “Eu faço esse trajeto há 13 anos, desde o primeiro ano que o bicicletário começou a funcionar”, comentou.

O aposentado Luiz Carlos teve de aprender a consertar bicicletas há 3 meses para administrar a oficina. Foto: Rodrigo Pinto
O aposentado Luiz Carlos teve de aprender a consertar bicicletas há 3 meses para administrar a oficina. Foto: Rodrigo Pinto

Dentro do bicicletário também funciona uma oficina mecânica para as magrelas de duas rodas. Quem trabalha ali é seu Luiz Carlos de 72 anos, que aprendeu a consertar bicicletas há três meses, quando assumiu a administração da pequena oficina. “Tenho 47 anos de experiência como caminhoneiro. Depois que aposentei, fiquei parado em casa e recebi o convite para trabalhar aqui”, comentou seu Luiz, também conhecido como Alemão. “A oficina oferece um preço bem abaixo das lojas que funcionam fora do bicicletário. O Luiz compra peças usadas em Rio Grande da Serra e as traz para cá, por isso o valor é baixo”, comentou Tânia.

Velhas magrelas que viram presentes

Nessa onda de queda de associados do bicicletário, tem gente que desiste até mesmo de retirar a bicicleta das gancheiras. “Tivemos muitos casos assim. E depois de tantos anos que apessoa não busca a bicicleta, reformamos ela e oferecemos para o trabalhador que não”, explicou a diretora da Ascobike. “É um tipo de trabalho social. A bicicleta é o símbolo da vida do trabalhador. E a gente entende isso”, falou Tânia.

O bicicletário de Mauá já foi considerado o maior do País. “O investimento na mobilidade urbana para o ciclistas é muito pouco, tanto aqui em Mauá quando em outros estados”, avaliou Tânia. Para se cadastrar, basta levar os documentos pessoais e pagar a mensalidade de R$ 25 reais. Quem quiser estacionar a bicicleta por algumas horas, a taxa é de R$ 3 reais para o período de 24 horas.

Leia abaixo a nota enviada pela Prefeitura de Mauá sobre o plano de Mobilidade Urbana:

O município de Mauá está com seu Plano de Mobilidade Urbana em pleno desenvolvimento, e que será finalizado no primeiro semestre de 2017.

Uma versão prévia do plano, com resultados de pesquisas de opinião pública e com diagnósticos de leitura dos problemas atuais, estudos de prioridades do transporte coletivo, plano de ações viárias e de circulação de tráfego, de viabilidade para soluções de acessibilidade em regiões de maior declividade, entre outros, já apresenta proposições do planejamento da mobilidade para o transporte coletivo e individual.

Mas, somente após sua conclusão haverá o diagnóstico concreto da situação dos modais de transporte, em que as ciclovias estão contempladas.

Por Renan Fonseca - ABCD Maior
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