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DATA DA PUBLICAÇÃO 29/08/2016 | Economia
Falta de divulgação enfraquece setor têxtil
Falta de divulgação enfraquece setor têxtil Foto: André Henriques/DGABC
Foto: André Henriques/DGABC
Um dos setores que, embora não tenha tanta representatividade no Grande ABC, como a indústria automotiva, contribuem para movimentar a economia local é o ramo têxtil e de confecções. E um dos percalços para a expansão desse pequeno notável é justamente a falta de divulgação, além da alta carga tributária, que encarece seus produtos.

Conforme números do APL (Arranjo Produtivo Local) Têxtil e de Confecções do Grande ABC, existem atualmente em torno de 3.000 empresas do ramo nas sete cidades. Quanto às receitas geradas nesses empreendimentos, ainda não se tem a informação de quanto as firmas movimentam juntas. Mas o APL planeja, futuramente, realizar esse levantamento.

Em todo o País, dados da Abit (Associação Brasileira da Indústria Têxtil e de Confecção) mostram que, apesar de o faturamento do segmento ter retraído 3,9% em 2015, somando R$ 121 bilhões, a expectativa é de incremento de 4,9% neste ano.

Para que o setor têxtil e de confecções apresente crescimento substancial, é necessário haver uma série de melhorias tanto em âmbito regional como nacional. “É preciso colocar barreiras na importação de produtos têxtil, pois lá fora existem muitos concorrentes, e com preços muito baixos. Além disso, temos uma guerra fiscal interna forte, já que os impostos são muito altos. Isso sem contar que falta divulgação do nosso segmento”, aponta o sócio-proprietário da Luktal Confecções, Marco Ciconello, que produz moda feminina e infantil em São Bernardo.

Com o objetivo de ajudar a modificar esse cenário, ao divulgar empreendimentos regionais e estimular o consumo local, o APL e a Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC organizam a segunda edição do ABC Fashion. Na semana passada, houve a abertura do evento, a fim de apresentar tendências de mercado e oportunidades de negócio. A iniciativa será finalizada em 28 de setembro, com desfile no Golden Square Shopping, em São Bernardo, das 18h às 21h.

Para o coordenador da APL, Antonio Valter Trombeta, o Toninho, apesar das dificuldades enfrentadas pelo segmento, é preciso manter as expectativas em alta. “O evento acontece para fazer a divulgação do setor na região, para que todos saibam que existe fornecimento nessa área proveniente do Grande ABC, e que ela vem em constante aprimoramento. Esperamos que o público conheça melhor esse mercado e que, assim, os negócios sejam impulsionados.”

Cinara Ziviane, sócia da Salgar, fabricante de moda praia de Santo André que atua apenas com vendas on-line, vai participar do evento, e espera que seu faturamento cresça 10% neste ano, sem revelar números. “Além disso, a tendência para o fim do ano é sempre mais otimista do que no primeiro semestre. Para todo o mercado é melhor”, avalia a empreendedora.

Outra empresa presente no ABC Fashion será a Luktal Confecções. Não tão otimista quanto Cinara, Ciconello estima queda entre 15% e 20% de sua receita, que gira em torno de R$ 3 milhões. “Mesmo com este cenário de economia fraca, espero melhora para as vendas de Natal, o que pode ser sentido logo, já que trabalhamos com encomendas antecipadas. A expectativa de retomada é grande, mas não sabemos ainda o que vai acontecer”, explica.

Toninho, que também é diretor da Via Santony, fabricante de trajes masculinos a rigor e social, está esperançoso com os resultados do evento. “A ideia é manter a união entre empresários e colaboradores, para que a gente vença a crise juntos. Esperamos que o setor têxtil e de confecções seja reconhecido”, diz. A Via Santony fatura cerca de R$ 3,5 milhões e, segundo Toninho, o montante deve ser mantido neste ano.

Dentre as atividades do ABC Fashion, no dia 1º de setembro será realizado, no Centro Universitário da FEI, em São Bernardo, conferência sobre relações do trabalho e situação econômica e internacionalização do setor.

O desfile utilizará peças produzidas pelas empresas que compõem o APL e o Grupo VIC (Vestindo e Investindo Confeccionistas do ABCDMRR). O APL é composto por 42 firmas, que empregam 800 profissionais, e se reúnem em busca de melhorias na qualificação de mão de obra; tecnologia e inovação; pesquisa; linhas de financiamento e crédito; novos mercados; networking e relacionamento.

Por Paula Oliveira - Especial para o Diário
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