NOTÍCIA ANTERIOR
CPTR de Mauá oferece 36 vagas de emprego
PRÓXIMA NOTÍCIA
Problemas na Rua Stéfano Malesqui seguem esquecidos pela Prefeitura
DATA DA PUBLICAÇÃO 31/01/2018 | Cidade
Falta d’água volta a afetar dois municípios da região
Falta d’água volta a afetar dois municípios da região Moradores de Santo André e Mauá reclamam da interrupção rotineira do abastecimento em residências e comércios. Foto: Celso Luiz/DGABC
Moradores de Santo André e Mauá reclamam da interrupção rotineira do abastecimento em residências e comércios. Foto: Celso Luiz/DGABC
A falta d’água volta a afetar a vida de moradores de ao menos duas cidades do Grande ABC. Desde o início do mês, munícipes de Santo André e Mauá relatam interrupções diárias no abastecimento de suas residências e comércios, problema que segue sem solução.

Em Santo André, onde o próprio o Semasa (Serviço Municipal de Saneamento Ambiental de Santo André) – autarquia responsável pelo fornecimento de água –, assumiu o problema na semana passada, a falta d’água tem afetado ao menos dez bairros: Parque das Nações, Erasmo Assunção, Curuçá, Progresso, Vila Suíça, Gerassi, Centreville, São Jorge, Jardim Ipanema e Jardim Silvana.

Segundo moradores, as interrupções têm ocorrido com maior frequência durante o período da manhã, a partir das 10h, com normalização do problema somente no início da noite. “Virou lei. Todo dia ficamos sem água, Acaba logo cedo e só na hora da janta volta. Já não sabemos mais a quem recorrer”, reclama a dona de casa Rosângela de Araújo Gomes da Silva, 55 anos, moradora do bairro Centreville.

Rosângela tem recorrido a baldes para armazenar água durante o período de interrupção do abastecimento. “Encho todos eles e uma segunda caixa d’água que tenho para termos o suficiente para tomar banho e dar descarga”, relata.

A situação tem se repetido no 2º Subdistrito do município. Naquela área, bairros como o Parque João Ramalho também enfrentam o problema. “Ficamos uns três dias sem água semana passada”, afirma o ajudante geral Aparecido Torres, 56.

De acordo com o Semasa, os problemas no abastecimento de água em Santo André tiveram início no dia 19, sendo que a normalização do envio da água, por parte da Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), só aconteceu no dia 25.

Durante o período, para minimizar os transtornos aos usuários, o Semasa “fez manobras entre a rede de abastecimento e os centros de reservação do município, mas essa atuação tem resultado limitado quando o volume de água para a distribuição é insuficiente”.

Em Mauá, moradores relatam o mesmo problema. “Estamos completando hoje (ontem) três dias seguidos sem água. É um absurdo. Pagamos nossas contas em dia, enquanto o serviço não é oferecido da maneira correta”, relata o empresário Jeferson Adriano Carvalho Osório, 44. Proprietário de um pet-shop na Vila Sônia Maria, ele tem utilizado água de sua casa no estabelecimento comercial. “Todo dia são 50 litros de água”, destaca.

Conforme a Sama (Saneamento Básico do Município de Mauá), entre os dias 17 e 23 de janeiro, ocorreram cinco interrupções de abastecimento da Sabesp à cidade, causadas por queda de energia e manutenção na cabine primária de Capiburgo, o que refletiu no abastecimento da cidade.

Além disso, no início da semana, manutenção de emergência realizada no registro da rede de abastecimento localizado entre a Avenida Barão de Mauá e a Rua Otacílio Gomes afetaram alguns bairro, incluindo o Sônia Maria.

Em nota, a Sabesp informou que não houve alteração no envio de água para os municípios de Santo André e Mauá durante o início do ano. “A companhia encaminha o volume de água acordado com as gestões municipais para o abastecimento dessas cidades.”

Especialista descarta nova crise hídrica em São Paulo

Na análise do professor de Engenharia Hídrica do Mackenzie, Antônio Eduardo Giansante, o problema de falta d’água em municípios do Grande ABC trata-se de situação pontual, sem qualquer relação com possível nova crise hídrica no Estado de São Paulo.

“As pessoas podem ficar tranquilas que a oscilação no abastecimento não tem ligação nenhuma com possível nova crise hídrica. O que pode estar acontecendo é uma problemática na gestão desse volume de água dessas áreas, já que os municípios têm autarquias próprias que controlam seus sistemas e compram água em atacado junto à Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo)”, enfatiza.

De acordo com o especialista, as interligações feitas nos mananciais de São Paulo, após investimento do governo do Estado desde a última crise hídrica, em 2014, fizeram com que todos os sistemas tivessem segurança maior em relação a garantia no fornecimento de água. “As obras deram margem de segurança, mas isso não significa que podemos usar em abundância. É preciso que a população continue usufruindo do bem de forma racional”, lembra.

Atualmente, o sistema Cantareira tem operado com 49,1% do total de sua capacidade, volume inferior ao registrado em junho do ano passado, quando o sistema operava com 67,%.

Por Daniel Macário - Diário do Grande ABC
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Setecidades - Clique Aqui
As últimas | Cidade
06/04/2020 | Atualização 06/04/2020 do avanço Coronavírus na região do ABC Paulista
03/02/2020 | Com um caso em Santo André, São Paulo monitora sete casos suspeitos de Coronavírus
25/09/2018 | TIM inaugura sua primeira loja em Mauá no modelo digital
As mais lidas de Cidade
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7719 dias no ar.