DATA DA PUBLICAÇÃO 05/02/2015 | Tecnologia
Falhas em sites limitam ampliação do acesso digital a bancos
O governo sempre pensou no uso do celular como ferramenta para ampliar a bancarização da população de baixa renda, mas os sites dos quatro maiores bancos do País apresentam erros graves
Pesquisa da empresa deviceLab apontou falhas que inviabilizaram o uso dos sites, como alerta de site não confiável exibida nos navegadores Chrome e Firefox, botões sem função ao toque e teclado do aparelho que sobrepunha campos e áreas de clique.
Das 552 falhas encontradas, 31,2% foram no site do Bradesco, 26% do BB e 25,2% da Caixa. O Itaú ficou com uma parcela menor de erros (17,6%) por ter um sistema mais eficaz de busca de agências no site quando acessados por celular ou tablet.
Nenhum dos quatro bancos usam o recurso da geolocalização para indicar, pelo site, a agência mais próxima de onde o cliente está. A avaliação foi feita, de 23 a 28 de janeiro, com um software especializado em testes automatizados em dispositivos reais, chamado blink.
O estudo analisou simulação de crédito imobiliário, busca por agência, página inicial e acesso ao internet banking.
Um dos problemas apontados foi a lentidão para o carregamento da página principal do recém lançado site da Caixa. Em geral, o site leva mais do que um minuto para carregar independentemente do aparelho e do navegador utilizado - de 10 a 20 segundos já é acima do limite considerado aceitável.
Ao digitar o nome do banco direto no navegador, os outros três bancos - BB, Bradesco e Itaú, sugerem com insistência o download do aplicativo do internet banking.
O pior é que os bancos públicos não permitem que o cliente acesse sua conta pelo navegador do smartphone e avisam que isso só é permitido pelo aplicativo. A sugestão de download de um aplicativo de forma tão incisiva torna-se arriscada à medida que o usuário médio brasileiro possui aparelhos antigos e conexão de péssima qualidade, concluiu o estudo.
Para Leandro Ginane, CEO da deviceLab, faltam aos bancos planejamento e testes antes de lançar uma nova versão dos sites.
Ele explica que geralmente os testes são feitos em aparelhos de última geração, com conexão wifi e grande capacidade de memória para suportar cinco ou seis aplicativos rodando simultaneamente em segundo plano. "A realidade do País é totalmente distinta: a maioria da população pertence à classe C e utiliza celulares menos modernos para acessar bancos, e-commerce e ao mesmo tempo conversar com amigos pelas redes sociais, tudo isso com uma conexão precária", afirma Ginane.
Pesquisa da empresa deviceLab apontou falhas que inviabilizaram o uso dos sites, como alerta de site não confiável exibida nos navegadores Chrome e Firefox, botões sem função ao toque e teclado do aparelho que sobrepunha campos e áreas de clique.
Das 552 falhas encontradas, 31,2% foram no site do Bradesco, 26% do BB e 25,2% da Caixa. O Itaú ficou com uma parcela menor de erros (17,6%) por ter um sistema mais eficaz de busca de agências no site quando acessados por celular ou tablet.
Nenhum dos quatro bancos usam o recurso da geolocalização para indicar, pelo site, a agência mais próxima de onde o cliente está. A avaliação foi feita, de 23 a 28 de janeiro, com um software especializado em testes automatizados em dispositivos reais, chamado blink.
O estudo analisou simulação de crédito imobiliário, busca por agência, página inicial e acesso ao internet banking.
Um dos problemas apontados foi a lentidão para o carregamento da página principal do recém lançado site da Caixa. Em geral, o site leva mais do que um minuto para carregar independentemente do aparelho e do navegador utilizado - de 10 a 20 segundos já é acima do limite considerado aceitável.
Ao digitar o nome do banco direto no navegador, os outros três bancos - BB, Bradesco e Itaú, sugerem com insistência o download do aplicativo do internet banking.
O pior é que os bancos públicos não permitem que o cliente acesse sua conta pelo navegador do smartphone e avisam que isso só é permitido pelo aplicativo. A sugestão de download de um aplicativo de forma tão incisiva torna-se arriscada à medida que o usuário médio brasileiro possui aparelhos antigos e conexão de péssima qualidade, concluiu o estudo.
Para Leandro Ginane, CEO da deviceLab, faltam aos bancos planejamento e testes antes de lançar uma nova versão dos sites.
Ele explica que geralmente os testes são feitos em aparelhos de última geração, com conexão wifi e grande capacidade de memória para suportar cinco ou seis aplicativos rodando simultaneamente em segundo plano. "A realidade do País é totalmente distinta: a maioria da população pertence à classe C e utiliza celulares menos modernos para acessar bancos, e-commerce e ao mesmo tempo conversar com amigos pelas redes sociais, tudo isso com uma conexão precária", afirma Ginane.
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