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DATA DA PUBLICAÇÃO 23/08/2008 | Esportes
Falavigna vence decisão do bronze e ganha 1ª medalha do Brasil no taekwondo
Há quatro anos, Natália Falavigna chegou à semifinal do taekwondo dos Jogos de Atenas, mas fracassou nas lutas que dariam a medalha. O vilão foi o pé direito, quebrado antes da Olimpíada, que a deixou em quarto lugar. Em Pequim-2008, a lutadora paranaense deu a volta por cima.

Mesmo após perder a semifinal, em um combate apático contra a norueguesa Nina Solheim, a brasileira se levantou, reencontrou a determinação que mostrou em suas duas primeiras lutas na China e foi ao pódio, conquistando o bronze na categoria acima de 67 kg. Foi o primeiro do país na modalidade, após Natália e Diogo Silva (68 kg) baterem na trave em 2004, com dois quartos lugares.

"Quando ela perdeu a chance do ouro, ameaçou chorar. Eu não deixei. Disse a ela: 'A sua medalha é a primeira. Não importa a cor'", afirmou o técnico da atleta, Fernando Madureira.

O bronze olímpico em Pequim-2008 é o resultado de um ciclo vitorioso, mas cheio de tropeços de Falavigna. Após Atenas-2004, ela conquistou o Mundial de 2005, em Madri, na Espanha. Somado à performance na Grécia, a paranaense foi alçada ao estrelato e conquistou o Prêmio Brasil Olímpico daquele ano, dado para a melhor atleta brasileira da temporada, entre todas as modalidades.

Campanha para o bronze

Primeira luta3 x 1 Kyriaki Kouvari (GRE)Quartas-de-final5 x 2 Carmen Marton (AUS)Semifinal2 x 2 Nina Solheim (NOR)Luta do bronze5 x 2 Karolina Kedzierska (SUE)"Depois que perdi, veio aquele momento de desconcentração. É claro que cheguei pensando no ouro, tudo o que eu faço é para vencer. Mas naquela hora, me perguntei o que fazer. Não queria deixar esse momento especial escapar de novo"- Natália Falavigna.

Ao lado do novo status chegaram também as cobranças. Em 2007, ano mais importante de sua preparação, ela sofreu duas derrotas que a fizeram mudar os planos para os Jogos de Pequim. No Pan-Americano do Rio de Janeiro, na final, e no Mundial de Pequim, ela foi derrotada pela mexicana Rosario Espinoza.

Com a rival engasgada, Natália trocou sua equipe. Chamou a professora-orientadora de seu trabalho de conclusão do curso de Educação Física na faculdade, Lilian Barazetti, para ser sua preparadora.

Convocou também o psicólogo Hélio Gonçalves, que trabalhou com a equipe de revezamento do atletismo prata em Sydney-2000. Durante a preparação, Gonçalves se deslocou semanalmente desde Cascavel (quatro horas de estrada) para trabalhar nos padrões de comportamento da brasileira durante as competições.

A preparação, porém, não resistiu à norueguesa Nina Solheim. Em um combate apático, Natália foi derrotada pela européia na decisão dos juízes, após quatro rounds que terminaram empatados. Na decisão do bronze, a vítima foi a sueca Karolina Kedzierska.

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Com melhor movimentação em relação aos seus outros combates, Falavigna conseguiu o primeiro ponto com apenas 30 segundos. O segundo não demorou a vir, com mais 30 segundos de luta. Depois, ela foi cautelosa e apenas segurou o resultado.

Já no round seguinte, a sueca veio com tudo e diminuiu sua desvantagem. Natália ainda fez o terceiro ponto logo em seguida, mas o perdeu por ter acertado um golpe baixo. Ainda assim, ficou com a vitória parcial até ampliar o placar com mais dois chutes de contra-ataques e chegar à vantagem de 4 a 1.

Apesar de estar com boa superioridade no marcador, a paranaense não se esquivou do confronto no round decisivo. Atenta aos movimentos de Kedzierska, Falavigna se preocupou em manter o triunfo sem sofrer punições e acabou o duelo com boa vantagem de 5 a 2.

Antes de Natália, o Brasil contou com dois participantes no taekwondo. Márcio Wenceslau, da categoria até 58 kg, venceu apenas uma luta. Débora Nunes, da categoria até 57 kg, também chegou às quartas-de-final, mas sem lutar, e perdeu na segunda rodada.


Por UOL - Bruno Doro - Em Pequim (China)
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