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DATA DA PUBLICAÇÃO 10/04/2012 | Saúde e Ciência
Faculdade de Medicina programa viagem ao Guarujá para pacientes da Reabilitação Pulmonar
Passeio na sexta-feira (13) visa a socializar pacientes, melhorar qualidade de vida e incentivar continuidade do tratamento de doentes crônicos

O Setor de Reabilitação Pulmonar da Faculdade de Medicina do ABC organiza na próxima sexta-feira (13 de abril) viagem ao Guarujá, no litoral paulista, para cerca de xx pacientes em tratamento. O passeio tem tanto cunho terapêutico quanto de socialização. “Boa parte dos pacientes não vai à praia há muitos anos. A falta de ar e a dificuldade em realizar tarefas simples fazem com que se isolem em casa, com medo de passar mal e dar trabalho”, explica a fisioterapeuta responsável pela Reabilitação Pulmonar da FMABC, Selma Denis Squassoni, que acrescenta: “Esperamos que essa experiência mostre aos pacientes que podem sair e conviver normalmente em sociedade. Buscamos estimular para que não abandonem o tratamento e tenham cada vez mais autonomia e qualidade de vida”.

É o caso de Clóvis Conselheiro, de 75 anos, que fumou por quase meio século e desenvolveu enfisema pulmonar: “Estou em tratamento de reabilitação pulmonar há um ano, pois sentia muita falta de ar para realizar qualquer atividade, inclusive coisas muito simples do dia a dia. Há pelo menos 5 anos não vou à praia e essa ideia é muito bem vinda. Com o tratamento, hoje me sinto melhor e mais confiante. Ainda tenho alguma dificuldade em subidas, mas, devagarzinho, hoje sei que posso chegar longe”, conta o paciente.

Inaugurada em 2001 pela disciplina de Pneumologia, a Reabilitação Pulmonar da Medicina ABC realiza cerca de 800 atendimentos mensais. O local é destinado principalmente a adultos e idosos portadores de doenças como bronquite crônica, enfisema pulmonar, DPOC, asma e outras patologias pulmonares. “Temos pacientes que chegam em cadeira de rodas e depois de alguns meses de tratamento passaram a vir sozinhos e andando”, cita o professor Titular de Pneumologia da FMABC, Dr. Elie Fiss.

A viagem ao Guarujá não terá custos aos pacientes, que sairão do campus universitário em Santo André às 7h e têm retorno previsto às 12h. Todos serão acompanhados pela equipe da Reabilitação Pulmonar e haverá monitoramento para avaliar melhora com a mudança de ar. Além disso, será servido lanche saudável preparado por nutricionista da FMABC e um professor de surf estará à disposição para ensinar equilíbrio e dar dicas aos pacientes interessados e em condições de praticar o esporte.

Mais qualidade de vida: De acordo com a fisioterapeuta Selma Denis Squassoni, a maioria dos pacientes atendidos no setor apresenta muito cansaço, fraqueza muscular, sedentarismo e falta de ar. “Com o trabalho contínuo de reabilitação percebemos melhora de até 30% da força muscular, de qualidade de vida e independência. Os pacientes aprendem a respirar melhor, praticam exercícios e passam a desenvolver atividades diárias com mais disposição e facilidade”, garante a coordenadora da Reabilitação Pulmonar.

Aos 60 anos, Maria Aparecida Horácio da Silva é exemplo claro de melhora. A paciente teve bronquite quando criança, o problema se agravou e tornou-se crônico. Diagnosticada com DPOC, passou a ter muita dificuldade para caminhar e realizar trabalhos domésticos. “Estou há 2 anos em tratamento na Reabilitação Pulmonar da Faculdade e me sinto bem melhor. A expectativa de ir à praia é muito grande, pois tem uns 6 anos que não vejo o mar. Além disso, espero que a viagem faça bem e ajude no tratamento. Sei que meu problema não tem cura, então qualquer coisa que venha para melhorar já anima”, garante Maria Aparecida.

Os atendimentos no Setor de Reabilitação Pulmonar da FMABC ocorrem três vezes por semana, com uma hora de exercícios por encontro. Os pacientes têm atividades em bicicleta ergométrica, de alongamento, para fortalecimento de membros superiores e inferiores, de reeducação postural e palestras educativas, entre outras. “A partir dos 50 anos, as doenças pulmonares tornam-se mais relevantes e muitos necessitam da reabilitação pulmonar para que o problema não se agrave. Com três meses de tratamento o paciente é reavaliado, podendo ter alta a partir de seis meses”, acrescenta Selma Squassoni.

Por Informações à Imprensa com Eduardo Nascimento - Comunicação Fundação do ABC
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