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DATA DA PUBLICAÇÃO 16/02/2016 | Educação
Faculdade de Direito apura denúncia de assédio se xual
Faculdade de Direito apura denúncia de assédio se xual Neste mês, cerca de 30 alunas e integrantes de movimentos feministas realizaram manifestação em frente à faculdade para pedir o afastamento do professor. Foto: Rodrigo Pinto
Neste mês, cerca de 30 alunas e integrantes de movimentos feministas realizaram manifestação em frente à faculdade para pedir o afastamento do professor. Foto: Rodrigo Pinto
Professor responde processo administrativo por má conduta em sala de aula e suspeita de assédio

A Faculdade de Direito de São Bernardo abriu sindicância para investigar um professor acusado de fazer comentários machistas durante as aulas de Direito Penal e dirigir cantadas a alunas. De acordo com denúncia de estudantes, o docente faz piadas com estupro e assassinato de mulheres em sala de aula e palestras. O suposto comportamento virou motivo de manifestação por parte de alunas e integrantes de coletivos feministas em frente à faculdade. A reivindicação era pelo afastamento do professor, que é funcionário concursado da entidade, até a conclusão da investigação.

Neste mês, cerca de 30 alunas e integrantes de movimentos feministas realizaram manifestação em frente à faculdade para pedir o afastamento do professor. Foto: Rodrigo Pinto

De acordo com as alunas, o professor diz que o estupro é o crime mais leve do Código Penal e teria afirmado que “se alguém estuprasse a Fernanda Montenegro seria por caridade”. As jovens, que preferiram não se identificar temendo represálias, também relatam que o professor passa cantadas nas estudantes.

“A gente fica sabendo que ele marca quem bate de frente. Na minha sala, ele ficava usando uma pessoa de exemplo toda hora na aula”, disse uma estudante. Uma ex-aluna relembrou os primeiros contatos com o professor em sala. “No primeiro bimestre, explicando crimes que não estão mais no Código Penal, ele falou que a prostituição é como a agricultura, dá alimento ao homem”, afirmou.

O diretor da faculdade, Marcelo José Ladeira Mauad, informou que existem dois processos administrativos e que ambos correm em segredo de Justiça, portanto os detalhes não podem ser revelados. “Os supostos fatos mencionados pelas alunas também serão apurados”, garantiu.

Já o professor acusado de assédio pelas alunas garante que denunciou as estudantes por calúnia e difamação. O inquérito está aberto no 1º DP (Distrito Policial) de São Bernardo. “Não posso dar detalhes. Isso é só com meus advogados”, informou. Até o fechamento desta edição, o docente não passou o contato dos advogados à reportagem.

PROCESSO CRIMINAL

Uma aluna da Faculdade de Direito de São Bernardo registrou um boletim de ocorrência contra o mesmo professor, acusando-o de estupro. O registro foi feito em novembro de 2015, no 3º DP de São Bernardo, um mês após o suposto crime.

De acordo com o advogado da adolescente, Luís Fernando Moreno, a aluna ficou internada em uma clínica em Itapira, no Interior de São Paulo, por problemas psiquiátricos decorrentes do estupro, tendo inclusive tentado suicídio. Um laudo comprova a internação. Uma pessoa próxima da vítima, que preferiu não se identificar, afirmou que a menina toma remédios controlados, por conta do ocorrido. “Encontrei calcinhas de sangue dela, ela ficou transtornada, foi internada e surtou por causa disso”, afirmou.

Sexo teria sido moeda de troca por favores, diz advogado

De acordo com o advogado da jovem supostamente estuprada, Luís Fernando Moreno, o professor teria prestado favores legais à aluna, como auxiliado em um processo da mãe e outro do irmão, gratuitamente. Após as ajudas, começou a enviar mensagens de texto e ligar, cobrando sexo como moeda de troca. “Ele a iludiu e levou ao motel. A versão dela é que o professor a agrediu e colocou no carro à força”, explicou.

O suposto crime teria sido iniciado no estacionamento do Cenforpe (Centro de Formação de Profissionais da Educação), em São Bernardo, durante um evento da faculdade. A entrada de ambos no motel Vip’s foi comprovada pela entrega dos RG’s na recepção, de acordo com o que foi declarado à polícia pela gerência do estabelecimento.

O advogado da jovem garantiu também que mensagens e ligações no celular foram entregues como provas, mas a aluna quebrou o aparelho. A prisão preventiva do docente foi solicitada na época, mas o laudo do IML (Instituto Médico-Legal) para estupro deu negativo e o pedido foi revogado por ausência de provas concretas.

O caso ficou conhecido na faculdade e, em processo administrativo disciplinar, foi solicitado o afastamento temporário do professor, até que o crime seja apurado. O argumento é que a aluna queria realizar as provas finais e voltar a frequentar a instituição. A faculdade não informou se há possibilidade de afastar o professor antes da conclusão do processo.

Por Jessica Marques - ABCD Maior
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