NOTÍCIA ANTERIOR
Moinho Santo André terá produção 24 horas
PRÓXIMA NOTÍCIA
IPCA para 2018 permanece em 4,11%, aponta Focus
DATA DA PUBLICAÇÃO 27/07/2018 | Economia
Facebook perde US$ 119 bilhões e tem maior queda diária de Wall Street
Facebook perde US$ 119 bilhões e tem maior queda diária de Wall Street Baixa acontece após divulgação do balanço da empresa, quando anunciou projeções pessimistas. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
Baixa acontece após divulgação do balanço da empresa, quando anunciou projeções pessimistas. Foto: Marcello Casal Jr/Agência Brasil
O Facebook perdeu US$ 119 bilhões em valor de mercado nesta quinta-feira, 26, e se tornou a empresa com a maior queda diária da história de Wall Street. A baixa acontece depois da divulgação do balanço da empresa para o segundo trimestre de 2018, quando a empresa anunciou projeções pessimistas para o futuro em termos de crescimento de receita e usuários, bem como queda nas suas margens de lucro.

O resultado já havia desanimado os investidores após o fechamento do pregão da quarta-feira, 25, quando as ações caíram mais de 20% e fizeram a empresa perder US$ 128 bilhões em valor de mercado. Ao longo desta quinta-feira, a rede social comandada por Mark Zuckerberg conseguiu recuperar parte desse valor, encerrando o dia cotada a US$ 510 bilhões - no pregão da quarta-feira, estava em US$ 629 bilhões.

Entenda o caso

A perda de valor de mercado registrada nesta quinta-feira é muito próximo ao valor de empresas como Nike (US$ 125,1 bilhões) e General Electric (US$ 114 bilhões). Só o presidente executivo do Facebook, Mark Zuckerberg, perdeu US$ 15,4 bilhões, tendo agora uma fortuna avaliada em US$ 67,1 bilhões. Ele caiu duas posições no ranking dos mais ricos do mundo da revista Forbes - agora, ele está em sexto, depois de ser ultrapassado pelo megainvestidor Warren Buffett (US$ 82,6 bilhões) e pelo dono da Zara, Amancio Ortega (US$ 72,3 bilhões). O mais rico do mundo segue sendo Jeff Bezos, presidente executivo da Amazon, com fortuna avaliada em US$ 148,6 bilhões, segundo a Forbes.

Além disso, a perda de valor do Facebook supera de longe os US$ 95 bilhões de desvalorização que a empresa teve no auge do caso Cambridge Analytica. O caso mostrou como o Facebook tomou uma série de decisões erradas nos últimos anos ao não proteger a privacidade de seus usuários - no escândalo, a consultoria obteve indevidamente as informações de 87 milhões de pessoas pela rede social. A empresa também enfrentou críticas por permitir a propagação de notícias falsas durante a campanha presidencial dos EUA, em 2016.

A onda de notícias negativas fez o Facebook mudar suas políticas de privacidade e segurança. Mark Zuckerberg, cofundador da rede social, deu explicações nos EUA e na Europa. O trabalho de contenção de crise parecia ter dado resultado - em três meses, a empresa conseguiu recuperar seu valor de mercado antes da crise. No entanto, a conta chegou agora. "A credibilidade do Facebook com investidores foi afetada. Se os resultados e projeções fossem bons, o impacto poderia não acontecer. Mas não foi o caso", disse o professor da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Pedro Waengertner.

Usuários

No fim de junho, o Facebook atingiu 2,23 bilhões de usuários ativos mensalmente em sua rede social - aumento de 1,54% na comparação com o primeiro trimestre de 2018. É o menor ritmo de crescimento de usuários da empresa em três anos - e metade da média para o período, que ficou acima de 3% por trimestre. Em mercados desenvolvidos, o resultado foi ainda pior: nos EUA, a empresa ficou estável em 241 milhões de usuários. Na Europa, onde uma nova legislação de privacidade de dados entrou em vigor em maio, o Facebook perdeu 1 milhão de usuários, caindo para 376 milhões de cadastros ativos todos os meses.

No segundo trimestre de 2018, o Facebook viu sua receita atingir US$ 13,2 bilhões, crescimento de 42%, abaixo do ritmo dos últimos períodos - no primeiro trimestre, a empresa viu a métrica subir 50%, por exemplo.

E não há previsão de melhora no horizonte. O diretor financeiro da empresa anunciou que espera ver mais quedas na expansão da receita nos próximos trimestres. "É uma combinação de fatores, entre câmbio, foco em novas experiências, como (as mensagens efêmeras) Stories, e (medidas para) dar mais poder de privacidade aos usuários", disse David Wehner, diretor financeiro da empresa, em conferência com investidores na quarta-feira.

Por Estadão Conteúdo - Diário Online
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Gerais - Clique Aqui
As últimas | Economia
25/09/2018 | Operação mira sonegação de R$ 100 mi de grupos cervejeiros e cerca Proibida
25/09/2018 | Greve na Argentina cancela voos no Brasil nesta terça-feira
25/09/2018 | Demanda por GNV aumenta até 350% após alta na gasolina
As mais lidas de Economia
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7719 dias no ar.