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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/04/2017 | Informática
Facebook lança guia para usuário identificar notícia falsa na rede social
Avisos começam a ser disparados na sexta; para diretor da rede social, notícias falsas usam tentam se tornar 'virais' para ganhar dinheiro com engajamento dos usuários.

O Facebook vai começar a orientar seus usuários sobre como identificar notícias falsas, informou Luis Olivalves, diretor de parceria de mídia do Facebook para América Latina, em entrevista exclusiva ao G1. A notificação contendo uma espécie de guia será exibida a partir desta sexta-feira (7) no topo do feed de notícias de todos os usuários do Brasil e de outros 13 países, todos grandes mercados para a rede social.

“É uma ação informativa, para compartilhar um pouco do conhecimento adquirido através da rede para identificar um conteúdo que pode ser falso ou que tenha informação duvidosa”, diz.

Segundo o executivo, o guia enfatiza que analisar os detalhes da página que veicula a notícia é a chave para notar indícios de que a veracidade da informação é contestável. “Para uma pessoa que não está em contato todos os dias com conteúdo não é tão natural identificar uma fonte, saber consultar a URL ou não ser tão seduzida por uma chamada, vamos dizer, especulativa.”

Viral

Elementos como esse são chamarizes criados para fazer a página gerar empatia com o usuário e deslanchar na rede social. “A notícia falsa tende a ‘viralizar’ de forma mais rápida do que o conteúdo normal, de fonte verificada.” Por isso, as orientações farão os usuários questionar se data de publicação e imagens incluídas condizem com o conteúdo e até que se perguntem se a história contada é, na verdade, uma farsa ou brincadeira.

As dicas presentes no guia foram elaboradas em parceria com a First Draft, uma organização sem fins lucrativos que dissemina boas práticas para elaborar, consumidor e analisar conteúdo verossímil na internet.

O Facebook já possui mecanismos voltados a combater notícias falsas. Um deles tem o objetivo de afastar produtores de notícias falsas da plataforma e outro, disponível por ora só nos Estados Unidos, França e Alemanha, para avisar usuários de que um link contém informações falsas.

Primeiro passo

No Brasil, diz Olivalve, o guia “é um primeiro passo na redução no número de conteúdos de notícias falsas” voltado a usuários. “O que a gente sente hoje é uma responsabilidade grande em ajudar a reduzir essa distribuição, porque no final estamos falando da experiência das pessoas, o que nos preocupa muito é garantir que o Facebook seja um lugar em que elas possam se conectar com seus amigos e familiares, mas também com suas fontes de conteúdo de preferência e compartilhar momentos relevantes pra sua vida. Não compartilhar momentos que sejam falsos.”

Voltada a países tão diversos como Brasil, Myanmar, Estados Unidos e Itália, a ação educativa não possui, no entanto, variações focadas nas peculiaridades regionais. “A notícia falsa, em si, o estilo adotado, a forma empregada, é global. As boas práticas são as mesmas que a gente usa outras regiões e tem muito mais a ver com como interpretar um artigo do que com o conteúdo.”

O executivo do Facebook diz que a rede social não possui um levantamento dos assuntos que costumam ser alvo com maior frequência em notícias falsas. Mas, ainda assim, é possível constatar algumas características desses conteúdos.

“O que a gente percebe a partir do comportamento [desse conteúdo] é que isso ocorre com temas que estão dominando as discussões”, diz, e completa: “a grande maioria não tem uma finalidade específica de machucar ou prejudicar alguém, tem o objetivo econômico de gerar tráfego para alguma propriedade externa”.

Reduzir o alcance financeiro dos editores e produtores de conteúdos que “enganam os usuários”, diz Olivalve, é um dos pilares da estratégia do Facebook de privilegiar o jornalismo de qualidade.

O que ocorre com as notícias falsas no Facebook

Quando usuários apontam que há informações falsas em alguma publicação, o primeiro passo é o Facebook encaminhar a denúncia para as equipes que analisam abusos na rede social – é a mesma que verifica reclamações por discurso de ódio, racismo, violência, por exemplo. Caso não tenham resposta imediata, o segundo passo é repassar a demanda para entidades de checagem de fatos.

No Brasil, o processo se encerra na primeira etapa. Em seu ciclo completo, no entanto, a iniciativa funciona em três países: Estados Unidos, França e Alemanha. Neles, os grupos de “fact checking" têm prazo de 72 horas para produzir um diagnóstico. Caso a informação seja falsa, o Facebook toma quatro atitudes, duas voltadas aos usuários e outras duas para encurtar o alcance financeiro dessas publicações (no Brasil, as “notícias falsas” são punidas, mas apenas focam o bolso dos editores).

O que acontece com as “fake news” no Facebook do Brasil:

A relevância do post indicado como “notícia falsa” é bastante reduzida no feed de notícias, para que os usuários tenham de rolar muitas vezes a linha do tempo do aplicativo até encontrar a história;
O Facebook impede que esse conteúdo seja “promocionado”, isto é, que ele seja impulsionado para mais pessoas em troca de pagamento.

O que também acontece com as “fake news” no Facebook dos Estados Unidos:

As postagens que tiverem compartilhado o link receberão um banner indicando que as informações presentes nele foram contestadas, que entidades publicaram relatos precisos dos fatos e onde podem ser lidos.
Todos os que quiserem compartilhar o link serão avisados de que as informações daquela página foram checadas e onde é possível ler essas análises.

Por Helton Simões Gomes, G1
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