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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/08/2007 | Cidade
Fabricantes de veículos buscam engenheiros nas universidades
O aquecimento do mercado nacional de veículos rende cifras para o setor investir em engenharia e, assim, desenvolver novas tecnologias e produtos. O foco das montadoras está nos profissionais em início de carreira. Do Grande ABC, Mauá e UniFei apostam em trabalhos conjuntos com as montadoras.

A General Motor do Brasil, por exemplo, investirá US$ 100 milhões na expansão da engenharia de produtos, o que inclui novas contratações, maquinários e programas. Em 2006, a empresa contratou 300 engenheiros. Neste ano contratará mais 200 e, no i5nício do ano que vem, efetivará mais 150.

Segundo o diretor de engenharia de produto da GM para a divisão Laam, Luiz Carlos Peres, para atingir a meta de dobrar a equipe de engenharia, que já conta hoje com 1,7 mil funcionários, a montadora vai até as salas de aula.

“Entre setembro e outubro, executivos da GM irão até a Mauá, UniFei e Mackenzie para, em um papo aberto, mostrar os atrativos da indústria automobilística e, assim, despertar o interesse da especialização no setor”, afirma Peres.

Já a Ford e a Volkswagen, apostam em talentos descobertos nos programas de estágio e trainee. “A Ford tem crescido o número de engenheiros de desenvolvimento de produtos. Mas a gente tem engenheiros em várias outras áreas, como manufatura e vendas”, afirma a gerente de Recursos Humanos da Ford, Ana Calciolari.

A Fiat, em Minas Gerais, abriu neste ano 153 vagas para engenheiros. Assim como a GM, a Fiat investe no Brasil como um pólo de desenvolvimento de produtos.

Segundo fontes do mercado, a Fiat, inclusive, procura engenheiros brasileiros para desenvolver projetos na Argentina.

Recém-formados - Com a experiência como coordenador do curso de engenharia mecânica da UniFei, o professor Roberto Bortolussi diz que 100% dos alunos que se formam no curso após três meses já foram empregados em áreas ligadas à indústria automobilística.

Por semestre, forma-se na UniFei cerca de 100 engenheiros mecânicos. “Como é um produto de tecnologia agregada você não movimenta só uma fatia do mercado, movimento tudo: indústria de equipamento de transporte, máquinas, softwares etc”, afirma.

Somente nas montadoras, a equipe de engenharia de produtos é formada por 1,5 mil funcionários, em média. O custo com essa área representa cerca de 25% do gasto total das montadoras com o desenvolvimento de um novo produto.

Mauá desenvolve motor para biocombustível

Ao desenvolver cursos para preparar melhor o engenheiro, universidades da região investem em laboratórios e centros de desenvolvimento tecnológico. A Mauá, por exemplo, acaba de apresentar ao senador Aloizio Mercadante um projeto de uso de biocombustíveis em motores de combustão interna.

“Possivelmente teremos projeto em conjunto com o governo”, sinaliza positivamente o reitor do Centro Universitário do Instituto Mauá de Tecnologia, Otávio de Mattos Silvares.

Além de procurar parcerias com o governo, Silvares estabelece ligação intensa com as montadoras. “Temos laboratório de motores no centro de pesquisa que trabalha 24h por dia para a indústria automobilística. Fazemos testes, inclusive, para fornecedoras de autopeças, que precisam ter os componentes aprovados.”

Assim como a Mauá, a UniFei desenvolve programas com as fabricantes de veículos da região. Recentemente, dois professores e quatro alunos da universidade apresentaram a transformação de um Chevrolet Astra em um protótipo elétrico.

Por Priscila Dal Poggetto - Diário do Grande ABC
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