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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/12/2015 | Economia
Fábrica de radares da região amplia tecnologia
Fábrica de radares da região amplia tecnologia Foto: Marina Brandão/DGABC
Foto: Marina Brandão/DGABC
Com investimento inicial de cerca de US$ 5 milhões, a indústria de alta tecnologia Omnisys, de São Bernardo, inaugurou ontem no município linha de produção de radares secundários, usados para o controle de aproximação de voos e para a vigilância aérea.

A empresa pertence ao grupo francês Thales, que é líder mundial em equipamentos para os mercados de Defesa, Segurança, aeroespacial e transportes, e que transferiu know-how para a Omnisys fabricar pela primeira vez o RSM970S, um dos radares mais vendidos do mundo e que oferece aos controladores de tráfego aéreo mais informações em situações de densa circulação de aeronaves.

A inauguração oficial foi ontem, mas a empresa finalizou na semana passada a montagem de um equipamento que vai para o aeroporto de Vitória, no Espírito Santo. Também devem sair de São Bernardo dois radares que são parte de contrato de 185 milhões de euros (pela cotação do dia R$ 764 milhões) assinado pela Thales com o governo boliviano para radarizar todo o espaço aéreo daquele país.

Diferentemente do radar primário Banda L, o qual a Omnisys já domina a tecnologia – que serve para o controlador de voo acompanhar as aeronaves na tela –, o secundário interage com a aeronave, por meio de dispositivo no avião chamado transponder, passando informações como velocidade, altitude e também identificando problemas, como sequestro ou acidente (com a digitação de um código pelo piloto).

Entre as vantagens, além da maior precisão no monitoramento e ampliação da segurança do tráfego aéreo, está a de economia para as companhias aéreas, pois o sistema permite menor distância entre aeronaves sem que haja o risco de colisão, assinala o presidente da Omnisys, Luiz Henriques.

O executivo destaca que, neste momento, não foram feitas contratações, já que a equipe atual – em torno de 200 funcionários – dará conta de atender também a produção e os testes desses novos equipamentos. Mas as perspectivas são de crescimento, já que São Bernardo deve servir de plataforma de exportação para demais países da América Latina e outros mercados, como a China.

SONARES - A expansão das operações da Omnisys deve continuar. No dia 29 de janeiro, a Thales planeja inaugurar na fábrica de São Bernardo um centro tecnológico para a produção do sonares, que têm como foco equipar fragatas e submarinos da Marinha brasileira e de outras nações.

O grupo também está iniciando a nacionalização – ou seja, a produção local – de um equipamento chamado DME, que se destina a mostrar para o piloto da aeronave a distância da pista de pouso, na aproximação para a aterrissagem.

METAS - Uma das metas do grupo Thales é dobrar de tamanho na América Latina em cinco anos, afirma o vice-presidente da companhia para o continente, Ruben Lazo. A unidade representa hoje entre 5% e 10% do faturamento global, de 13 bilhões de euros (pela cotação do dia o equivalente a R$ 53 bilhões). Ele acrescenta que esse objetivo abrange quatro pilares: a ampliação da cobertura geográfica – com o atendimento a países ainda não alcançados pela empresa –, a transferência de tecnologia, a ampliação do portfolio de produtos – como o radar secundário – e também aquisições e joint-ventures em países latino-americanos.

Investimento mostra confiança no País

O investimento na Omnisys, nesse cenário de crise, é demonstração de que a companhia francesa segue acreditando no mercado brasileiro, segundo Ruben Lazo. Ele assinala que o grupo pensa no potencial do País no longo prazo.

A expansão na fábrica pode gerar negócios para outras indústrias da região. Isso contribuiria para a diversificação da atividade econômica, para além do setor automotivo, o que faz parte dos planos da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de São Bernardo e da Agência de Desenvolvimento Econômico do Grande ABC. “Nossa agenda visa pensar a diversificação do parque industrial”, afirmou o secretário executivo da Agência, Giovanni Rocco. A entidade regional esperava contar com a presença do ministro da Defesa, Aldo Rabelo, na sexta-feira para apresentar estudo sobre o potencial da região na cadeia produtiva da Defesa, mas problemas políticos em Brasília impediram sua vinda, assinala Rocco.


Por Leone Farias - Diário do Grande ABC
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