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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/03/2011 | Saúde e Ciência
Expresso ABC continua no papel
O projeto do Expresso ABC, anunciado pelo governo do Estado em 2008 com o programa Expansão São Paulo, continua em análise no Conselho Gestor das PPPs (Parcerias Público-Privadas. Há quase dois anos, a proposta é objeto de estudo de viabilidade econômica.

O objetivo do projeto é ligar a Região com mais rapidez à estação da Luz, na Capital. Os trens partiriam da Luz com parada no Brás e depois somente em São Caetano e Santo André, prosseguindo até Mauá. A estimativa é que o trajeto seria feito em 12 minutos, com o intervalo entre os trens reduzido de 10 para seis minutos.

No projeto original, estavam previstas intervenções nas nove estações da Região, previstas para serem iniciadas em 2009, com as atuais paradas de Rio Grande e Ribeirão sendo desativadas para que novas fossem construídas. As demais seriam reformadas para ter melhor acessibilidade e atendimento.

De acordo com o deputado estadual Donisete Braga (PT), neste ano o governo do Estado fez um corte de R$ 46 milhões no orçamento da CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos), que são cruciais para viabilização do Expresso ABC. “O governador Alckmin está segurando muitos projetos do governo José Serra. Estamos pressionando para que este panorama seja mudado”, disse. “Ao todo, são 310 mil passageiros por dia que saem do ABCD para São Paulo. A estimativa é que o Expresso atenderia 50 mil todos os dias”, reforçou.

Questionado, o deputado estadual Alex Manente (PPS) disse que para mais informações sobre o assunto era necessário ligar para o presidente da CPTM. “Sou apenas deputado por enquanto”, afirmou.

Dez anos - A proposta foi apresentada há 10 anos pelo então secretário estadual de Turismo do governo Mário Covas, Israel Zekcer, hoje vereador em Santo André. “Na época o Covas aceitou o desafio de trazer o metrô para a Região, mas a morte precoce do governador emperrou o projeto”, lembrou Zekcer.

Enquanto o Expresso ABC não se torna realidade, as prefeituras do ABCD tentam viabilizar novos projetos de transportes. Desde o ano passado, São Bernardo negocia com o Estado o Metrô Leve. A Administração investiu cerca de R$ 1,3 milhão para entregar um esboço do projeto para o governo do Estado no ano passado. O projeto básico deve ficar pronto até novembro.

O orçamento total do Metrô Leve é de R$ 3 bilhões e o financiamento ficará por conta das prefeituras e do Estado. Ao todo serão 20 quilômetros, em um percurso de 35 minutos que deverá atender 300 mil pessoas por dia. O trajeto cortará os bairros Jardim São Caetano, Mauá, em São Caetano; Vila Palmares, Sacadura Cabral, Vila Scarpelli, Jardim Bom Pastor, em Santo André; Baeta Neves, Centro, Ferrazópolis, Alvarenga, em São Bernardo.

Santo André, por sua vez, apresentou projeto de corredor sobre trilhos que ligaria o ABCD, a partir do município, até Guarulhos. O projeto, em fase de finalização, prevê a construção de 30 quilômetros de novo traçado, partindo da região de Bom Sucesso/Cumbica, em Guarulhos, passando por bairros da Zona Leste de São Paulo, integrando com a estação Itaquera. A partir daí o traçado seguiria pela região de Sapopemba, do Oratório, até chegar a Santo André.

Em Santo André serão cinco paradas, a última na Estação Pirelli. Nesse ponto estima-se média de 32 mil passageiros por dia, interligando a linha férrea e o Expresso Guarará, o qual será adicionado ao projeto, mais sete quilômetros de corredor até o terminal da Vila Luzita. A ligação ABC-Guarulhos atenderia 450 mil pessoas por dia, em um entorno que abrange cerca de 1,8 milhão de habitantes.

Integração - O professor de engenharia civil do Centro Universitário FEI (Fundação Educacional Inaciana), Creso Franco Peixoto, destacou que a reformulação e modernização do sistema é importante, mas é necessário adequar o projeto à integração do metrô existente na estação da Luz. “A linha norte/sul está saturada. São quase 11 passageiros por metro quadrado. O novo serviço trará uma demanda reprimida e aumentará o fluxo de passageiros”, salientou.

Para o professor, a solução do transporte público está no investimento em expansão do metrô. “Os VLTs ou metrôs de superfície só irão surtir efeito se atenderem uma demanda de menos de 1 milhão de passageiros e fizerem integração com linhas do metrô”, disse.

Além disso, Peixoto acredita que para que todos os investimentos tenham o efeito necessário a população deve se conscientizar de que a solução para o caos no trânsito está na utilização de transporte público. “Todas as ações são bem-vindas, mas o carro não é mais a resposta”, salientou.

Por Vladimir Ribeiro - ABCD Maior
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