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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/01/2018 | Economia
Exportações da região têm maior marca desde 2014
Exportações da região têm maior marca desde 2014  Vendas a outros países crescem 18% em 2017, impulsionadas pelo setor automotivo. Foto: EBC
Vendas a outros países crescem 18% em 2017, impulsionadas pelo setor automotivo. Foto: EBC
Vendas a outros países crescem 18% em 2017, impulsionadas pelo setor automotivo

O recorde de vendas de veículos a outros países visto em 2017 promoveu a retomada da indústria automobilística e fez com que o Grande ABC fechasse o ano com o maior saldo nas exportações desde 2014, e após dois anos em queda. No total, o valor comercializado internacionalmente chegou a US$ 5,4 bilhões, o que corresponde a aumento de 18% em relação a 2016. Ao descontar o montante gasto com importações (US$ 4,094 bilhões), as indústrias da região mantiveram saldo positivo de US$ 1,3 bilhão nas operações com outros países.

O levantamento foi feito com base em dados disponibilizados pelo MDIC (Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços e tabulados pelo Diário. Para se ter ideia do peso das montadoras no total das exportações da região, as vendas de veículos automotivos, de carga, pesados e autopeças representam cerca de US$ 3,4 bilhões do total movimentado no mercado externo – ou seja, 63% do total.

Outro fato que demonstra a importância do segmento é que a cidade que apresentou maior crescimento em 2017, e que praticamente foi responsável sozinha pelo índice regional positivo, é São Bernardo. Com a maior concentração de indústrias automobilísticas na região – sendo cinco montadoras –, o município fechou o ano com saldo comercial de US$ 1,6 bilhão e movimentou cerca de US$ 4 bilhões em exportações – do montante, US$ 3 bilhões de produtos automotivos.

Apesar de Santo André e Ribeirão Pires também ficarem no azul, US$ 9,7 milhões e US$ 76 milhões, respectivamente, o montante passa longe do movimentado por São Bernardo. As demais cidades não tiveram saldo positivo.

“Isso mostra a importância das montadoras na economia da nossa região. Ao mesmo tempo, podemos apontar a necessidade de aprimorar a competitividade do nosso setor de autopeças, para que ele também volte a ser protagonista, e o setor cresça como um todo”, analisa o conselheiro do Ciesp (Centro das Indústrias do Estado de São Paulo) de Diadema, Donizete Duarte da Silva.

IMPORTAÇÕES - Apesar dos resultados que refletem a retomada do setor, o saldo comercial do ano passado ainda é 2,63% menor do que o de 2016. A explicação está no fato de que a indústria automobilística ainda depende de grande volume de importações, seja pelo preço ou pela ausência dos itens em território nacional e, com o seu crescimento, isso fica mais evidente. O total importado pelas sete cidades cresceu 26,48% em relação a 2016. Ou seja, apesar de as exportações terem crescido 18%, as compras de outros países cresceram em maior velocidade, até mesmo para atender a maior demanda externa.

Para o professor e coordenador do Observatório Econômico da Universidade Metodista de São Paulo, Sandro Maskio, os dados, a curto prazo, indicam recuperação do mercado externo. “No entanto, ainda precisamos de muito para melhorar e retomar o nível que tínhamos em 2013. O saldo piorou porque o processo produtivo depende muito da importação, então a retomada do setor também impõe esta necessidade. Mas, a longo prazo, fica o questionamento: por que estes produtos não são procurados no mercado interno?.”

Conforme Maskio, se houvesse políticas que priorizassem a produção local, o efeito seria ainda mais positivo. “Isso porque se aumenta produção, aumenta também emprego, salário e geração de impostos. Ou seja, a exportação teria efeito multiplicador ainda maior.”

Silva defende que as empresas devem investir mais em tecnologia e formação para maior competitividade no mercado. “Os produtos nas montadoras dependem cada vez mais de tecnologia moderna. Por isso, as empresas precisam melhorar esse aspecto para atender as indústrias.”

Nações latinas são as principais parceiras

Embora ainda figure no topo do ranking como a principal parceira de transações com a região, a Argentina cedeu espaço para outros países ampliarem suas relações com as sete cidades. O país vizinho foi responsável por comprar US$ 2,1 bilhões do Grande ABC, montante que, embora expressivo, é 35,4% menor do que em 2016.

Em compensação, o México teve crescimento de 10,76% adquirindo US$ 474,7 milhões em produtos da região no ano passado. Outro país latino-americano, o Chile, também mostrou a sua força e ampliou suas compras em 19,67%, para US$ 349,8 milhões. Apesar do avanço, o também vizinho do País manteve-se na quarta posição.

Os Estados Unidos permaneceram como terceiro maior comprador, com US$ 474,7 milhões – no ano passado, perderam o posto de segundo pelo México.

Os destinos latino-americanos tiveram destaque em 2017 por serem os principais parceiros das exportações da indústria automobilística brasileira. As movimentações se mostraram decisivas para a recuperação do segmento, após amargar quatro anos com queda nas vendas (alta de 9,25% no ano passado) e três anos com recuo na produção de veículos (incremento de 25,2% em 2017). “Aumentar a exportação sempre é positivo. Isso porque você movimenta a economia e gera riquezas, e quem paga a operação é a renda de outro país”, destacou o coordenador da Metodista, Sandro Maskio.

Já no âmbito de importações, a Alemanha levou US$ 747,8 milhões com pedidos da região, alta de 27,3%, e continua sendo o principal país a trazer produtos ao Grande ABC. Já a China ampliou as operações em 24,34%, com US$ 513,6 milhões, e encostou nos Estados Unidos, segunda nação que mais vende às sete cidades, com US$ 528,3 milhões. “Eu não acho ruim importar, também é importante economicamente. O problema é importar sendo que, com mais tecnologia, tudo poderia ser produzido aqui”, afirmou o conselheiro do Ciesp de Diadema, Donizete Duarte da Silva.

Por Yara Ferraz - Diário do Grande ABC
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