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DATA DA PUBLICAÇÃO 05/01/2008 | Economia
Explode venda de automóveis no Brasil
Graças ao crédito fácil e à melhora da economia em geral, o setor automotivo bateu todos os recordes de vendas em 2007.

Somente no segmento de automóveis de passeio e comerciais leves foram vendidos 2,3 milhões de unidades, crescimento de 27,8% na comparação com 2006.

Se forem somadas as vendas de caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários (tratores e máquinas agrícolas), chega-se ao número de 4,2 milhões de unidades comercializadas e crescimento de 29,57% sobre o ano anterior.

Os dados foram divulgados ontem pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores). Segundo o presidente da entidade, Sergio Antonio Reze, a expectativa para 2008 é de que as vendas cresçam em torno de 20%.

“Em 2007 houve a entrada de mais consumidores no mercado de veículos novos. Pessoas que até então só compravam carros usados, mas que, com a melhora da economia e maior facilidade para se obter crédito, resolveram realizar o sonho do carro zero quilômetro”, disse, explicando as razões para o alto crescimento do setor.

“Por essa razão, a expectativa de crescimento em torno de 20% para este ano não pode ser vista como desaquecimento. Pelo contrário, continua sendo um percentual muito alto”, completou.

IOF
Segundo Reze, o aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras) não deve prejudicar o desempenho das vendas de automóveis porque o valor estará diluído nas prestações.

Numa simulação feita pela entidade, as prestações de um veículo de R$ 25 mil, financiado em 60 meses com juros de 2% ao mês serão de R$ 763,38.

Antes do aumento do IOF seriam de R$ 740,25. O aumento total é de R$ 1.387,80. Na época da CPMF o preço final seria menor em R$ 168,60.

Segmento de motos é o que apresenta maior crescimento

De todos os segmentos automotores, o que apresentou o maior crescimento percentual foi o de motocicletas, com aumento nas vendas de 32,68% em relação a 2006. Em números absolutos foram emplacados 1.708.640 veículos de duas rodas em 2007.

Desse total, a Honda foi responsável, sozinha, pela venda de 1,25 milhão de unidades, 73,41% do mercado. A Yamaha ficou em segundo lugar com 13,15%, ou 224 mil motos vendidas.

O crescimento acelerado do mercado de motos se explica em parte pelo baixo preço do veículo em relação ao automóvel, facilidade de compra (já que é possível obter financiamento com prestações inferiores a R$ 100) e a economia de combustível que as motos proporcionam, com capacidade de mais de 30 km por litro em áreas urbanas.

As motocicletas são vistas como a melhor opção pelas pessoas que desejam fugir do sistema de transporte público ineficiente e lotado, além de ser ferramenta de trabalho para centenas de milhares de jovens que ingressam no mercado produtivo.

O crescimento do número de motocicletas em circulação, porém, tende a aumentar a preocupação das autoridades de trânsito e de saúde, já que a cada ano é maior o número de acidentes envolvendo motociclistas.

Somente em São Paulo morre pelo menos um motociclista diariamente. Não por acaso, o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito) instituiu regras mais duras para os proprietários de motocicletas.

Atualmente, para guiar uma moto é necessário ter adesivo reflexivo no capacete e é proibido usar viseira fumê à noite. Na cidade de São Paulo, a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) estuda a possibilidade de proibir a circulação de motocicletas em vias expressas como as marginais Tietê e Pinheiros e nas avenidas Bandeirantes e Aricanduva.

Grande ABC é mercado de destaque

Três cidades do Grande ABC – São Bernardo, Santo André e São Caetano – figuram no ranking dos 50 maiores mercados automotivos do país divulgado ontem pela Fenabrave. Juntos, os três municípios receberam em suas ruas e avenidas mais 68.088 veículos em 2007.

A cidade da região mais bem posicionada é São Bernardo, que ocupa a 13ª colocação geral (que soma as vendas de automóveis de passeio, comerciais leves, caminhões, ônibus, motos e implementos rodoviários).

No total, a cidade emplacou 32.942 veículos no ano passado. Santo André aparece em 20º lugar com o emplacamento de 24.365 veículos e São Caetano em 50º com 10.781. São Paulo, a número um do ranking, emplacou 405.399 veículos em 2007.

Segundo o presidente da Fenabrave, Sergio Antonio Reze, o ranking possui uma distorção causada pelo incentivo que alguns estados oferecem para o emplacamento.

“Belo Horizonte está em segundo lugar, Curitiba em quarto e Palmas em 46º por causa da guerra fiscal. Quem emplaca nos Estados dessas cidades paga menos e há empresas se utilizando dessa facilidade. Caso contrário, o Rio de Janeiro (3º) estaria em segundo lugar”.

Por Marcelo de Paula - Diário do Grande ABC
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