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DATA DA PUBLICAÇÃO 28/05/2011 | Internacional
Exigência de visto para turista brasileiro está perto de cair, diz cônsul dos EUA
O presidente do Grupo Record, Alexandre Raposo (esq.), recebe o cônsul-geral dos Estados Unidos, Thomas Kelly, em São Paulo

O cônsul-geral dos Estados Unidos em São Paulo, Thomas Kelly, confirmou nesta quarta-feira (25) que o governo americano estuda derrubar a obrigatoriedade de visto para turistas brasileiros. Segundo o diplomata, apenas 4% dos pedidos do Brasil são recusados, enquanto a política dos EUA para exigir vistos se aplica geralmente a países onde a recusa é maior que 5%.

Em visita à sede da Rede Record, Kelly disse que o bom desempenho da economia brasileira deve baixar ainda mais a taxa de recusa de vistos aos solicitantes do Brasil. O que ainda emperra a mudança, segundo ele, são questões ligadas à segurança internacional.

- O fator mais importante é a taxa de recusa, que no caso do Brasil é de 4%, o que qualifica o país para o fim da obrigatoriedade. Mas ainda há outros fatores. Nós já estamos conversando com o governo, em Brasília, sobre a necessidade de maior troca de informações entre os países.

Empresas americanas pedem mudanças

A declaração do cônsul acontece após críticas do setor turístico americano à política de exigência de vistos do governo americano em diversos países.

No início de maio, a US Travel Asociation - que representa as empresas do setor - classificou esses processos como "inadequados" e disse que eles acabam levando os turistas a preferir outros países.

A associação propôs um plano que, com a redução dessas exigências, geraria 1,3 milhão de empregos nos EUA, com uma receita de US$ 859 bilhões (R$ 1,4 trilhão, aproximadamente) até o ano de 2020.

O fim da exigência dos vistos chegou a ser tema de conversas entre diplomatas antes da visita do presidente Barack Obama ao Brasil, em março. Mas o tema acabou ficando de fora dos acordos firmados na ocasião.

Segundo Kelly, o consulado de São Paulo é o que mais emite vistos em todo o mundo. Só em 2010 foram 320 mil. E o número deve aumentar – nos primeiros meses de 2011, o número de pedidos subiu 50% em relação ao ano anterior.

Kelly reconhece que há as deficiências de estrutura no atendimento. Segundo o diplomata, os 20 funcionários do consulado entrevistam, em média, 2.000 solicitantes por dia.

Kelly diz que “no curto prazo” quer “aumentar a eficiência” do consulado. Ele disse que boa parte dos pedidos será processado em outro local, nos próximos meses, o que deve diminuir a lista de espera, que chega a três meses.

Por R7
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