DATA DA PUBLICAÇÃO 19/05/2016 | Setecidades
Exceder limite de velocidade é a infração mais cometida no ABCD
Infrações são flagradas por radares e agentes de trânsito. Foto: Rodrigo Pinto
Ao todo, foram 412,9 mil registros em quatro das sete cidades da Região
Os motoristas do ABCD estão acelerando mais do que deveriam. A infração mais cometida na Região foi transitar em velocidade superior à permitida, de acordo com dados fornecidos pelas prefeituras de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá. Nas quatro cidades, foram 412,9 mil registros no último ano.
A cidade com maior frota de veículos liderou também no número de infrações. Ao todo, São Bernardo registrou 202.275 infrações por excesso de velocidade. Santo André chegou à marca de 132.320 casos; São Caetano, 45.000 e Mauá 33.380.
Dentre mais de 200 mil pessoas, está Stephanie Souza, 24 anos, que trabalha com Relações Públicas e já foi multada por exceder a velocidade permitida em 20 quilômetros. A jovem trafegava em um trecho em que deveria estar a 40 km/h, na rua Sacramento, no Rudge Ramos. “Fiquei bem surpresa, porque até um quarteirão antes de onde fica o radar eletrônico móvel, existem placas de 60 km/h”, disse.
Após pagar a multa, Stephanie recorreu para tentar revogar a penalidade e passar a pontuação para a própria carteira de habilitação, pois o carro estava em nome da mãe. “Nunca tive o dinheiro reembolsado”, disse. “E não recebi a notificação de multa, recebi direto o boleto”.
A tendência de multas do ABCD segue parâmetros nacionais, na visão do professor de engenharia civil da FEI e especialista em mobilidade urbana, Creso Peixoto. “Dirigir depois de beber e excesso de velocidade são as infrações mais cometidas”, lembrou.
Para o professor, o excesso de multas tem três explicações: o descrédito dos motoristas a respeito da importância do limite de velocidade, a percepção errada da "indústria da multa" e a falta de programas de conscientização. “O limite é determinado em função do grau de risco que o motorista pode sofrer ou acarretar na via quando circula em velocidades superiores”, explicou Peixoto.
Os pedestres e ciclistas também correm menos risco quando os motoristas respeitam a velocidade estabelecida. “Em caso de impacto a 50 km/h o risco de vida para o pedestre é de 90%. A 30km/h é de 10% apenas”, disse o professor.
Arrecadação com multas passa de R$ 112,4 milhões
Em 2015, a arrecadação de multas chegou a R$ 112,4 milhões, considerando apenas informações de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá. O valor é destinado para melhoria de serviços públicos, conforme informado por cada cidade.
Em São Bernardo, foram R$ 42,9 milhões no ano passado. Até abril deste ano, a arrecadação já chegou a R$ 13,6 milhões. Já em Santo André, foram R$ 32,3 milhões em 2015 e, até o momento, R$ 9,4 milhões. Os valores serão destinados à “manutenção da sinalização horizontal, vertical e semafórica”.
Em São Caetano, foram arrecadados R$ 13 milhões no último ano e R$ 4 milhões desde o início de 2016. Na cidade, o dinheiro arrecadado com as multas é repassado para o governo federal em 5% e 95% é investido em ações de melhoria do trânsito, com gastos diversos como sinalização, manutenção e campanhas de prevenção.
Já em Mauá, foram arrecadados R$ 24,2 milhões, comparados a R$ 6 milhões neste ano.
Diadema e Ribeirão Pires não responderam até o fechamento desta matéria. Rio Grande da Serra, por outro lado, tem apenas um radar, que é administrado pelo Der (Departamento de Estradas e Rodagem), do governo do Estado.
Os motoristas do ABCD estão acelerando mais do que deveriam. A infração mais cometida na Região foi transitar em velocidade superior à permitida, de acordo com dados fornecidos pelas prefeituras de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá. Nas quatro cidades, foram 412,9 mil registros no último ano.
A cidade com maior frota de veículos liderou também no número de infrações. Ao todo, São Bernardo registrou 202.275 infrações por excesso de velocidade. Santo André chegou à marca de 132.320 casos; São Caetano, 45.000 e Mauá 33.380.
Dentre mais de 200 mil pessoas, está Stephanie Souza, 24 anos, que trabalha com Relações Públicas e já foi multada por exceder a velocidade permitida em 20 quilômetros. A jovem trafegava em um trecho em que deveria estar a 40 km/h, na rua Sacramento, no Rudge Ramos. “Fiquei bem surpresa, porque até um quarteirão antes de onde fica o radar eletrônico móvel, existem placas de 60 km/h”, disse.
Após pagar a multa, Stephanie recorreu para tentar revogar a penalidade e passar a pontuação para a própria carteira de habilitação, pois o carro estava em nome da mãe. “Nunca tive o dinheiro reembolsado”, disse. “E não recebi a notificação de multa, recebi direto o boleto”.
A tendência de multas do ABCD segue parâmetros nacionais, na visão do professor de engenharia civil da FEI e especialista em mobilidade urbana, Creso Peixoto. “Dirigir depois de beber e excesso de velocidade são as infrações mais cometidas”, lembrou.
Para o professor, o excesso de multas tem três explicações: o descrédito dos motoristas a respeito da importância do limite de velocidade, a percepção errada da "indústria da multa" e a falta de programas de conscientização. “O limite é determinado em função do grau de risco que o motorista pode sofrer ou acarretar na via quando circula em velocidades superiores”, explicou Peixoto.
Os pedestres e ciclistas também correm menos risco quando os motoristas respeitam a velocidade estabelecida. “Em caso de impacto a 50 km/h o risco de vida para o pedestre é de 90%. A 30km/h é de 10% apenas”, disse o professor.
Arrecadação com multas passa de R$ 112,4 milhões
Em 2015, a arrecadação de multas chegou a R$ 112,4 milhões, considerando apenas informações de Santo André, São Bernardo, São Caetano e Mauá. O valor é destinado para melhoria de serviços públicos, conforme informado por cada cidade.
Em São Bernardo, foram R$ 42,9 milhões no ano passado. Até abril deste ano, a arrecadação já chegou a R$ 13,6 milhões. Já em Santo André, foram R$ 32,3 milhões em 2015 e, até o momento, R$ 9,4 milhões. Os valores serão destinados à “manutenção da sinalização horizontal, vertical e semafórica”.
Em São Caetano, foram arrecadados R$ 13 milhões no último ano e R$ 4 milhões desde o início de 2016. Na cidade, o dinheiro arrecadado com as multas é repassado para o governo federal em 5% e 95% é investido em ações de melhoria do trânsito, com gastos diversos como sinalização, manutenção e campanhas de prevenção.
Já em Mauá, foram arrecadados R$ 24,2 milhões, comparados a R$ 6 milhões neste ano.
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