DATA DA PUBLICAÇÃO 17/04/2016 | Setecidades
Exame prático reprova 34% dos candidatos a motorista
Foto: André Henriques/DGABC
um em cada três candidatos a motoristas é reprovado no exame prático para obter a primeira habilitação nas categorias A e B (moto e carro) no Grande ABC. Os dados, repassados com exclusividade pelo Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo) para o Diário, correspondem aos testes aplicados pelo órgão entre setembro de 2015 e fevereiro deste ano.
De acordo com o levantamento, foram realizadas, em média, 752 provas práticas por mês, o que corresponde a 4.512 exames no período. Deste total, 1.557 candidatos (o correspondente a 34,5%) foram reprovados no teste devido a algum tipo de irregularidade.
Embora o índice seja considerado alto, tanto por especialistas como pelo próprio Detran-SP, a média de reprovação do Grande ABC está abaixo dos números da Capital, onde 40% dos candidatos que desejam obter a primeira CNH (Carteira Nacional de Habilitação) não são aprovados na prova técnica.
Levantamento do órgão estadual mostra que as principais falhas que levam à reprovação de candidatos da região nos testes práticos com automóveis são não sinalizar com antecedência as manobras, avançar sobre a calçada, derrubar os cones sobre o balizamento e interromper o funcionamento do motor sem motivo justo.
Já nas provas de direção com motos, colocar os pés no chão com o veículo em movimento, não manter equilíbrio na prancha na saída lateral, derrubar um ou mais cones de balizamento são os principais erros cometidos.
Na análise da doutora em Psicologia de Trânsito e diretora do departamento de psicologia da Abramet (Associação Brasileiro de Medicina de Tráfego), Raquel Almqvist, as falhas cometidas em exames práticos podem estar relacionadas, principalmente, à ansiedade do candidato. “É preciso que a pessoa esteja segura de que está preparada, caso contrário, a insegurança ou medo pode ser ponto crucial para o erro na hora do exame.”
Para a a estagiária de Jornalismo Bruna de Grande Almeira, 21 anos, a ansiedade na hora do exame foi sua maior inimiga. “Nas duas primeiras vezes eu já deixei o carro morrer logo no começo, nem consegui terminar os percussos. Fiquei nervosa, porque era muita pressão. Só passei na terceira tentativa”, revela.
Na visão do professor de Engenharia da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Creso Peixoto, o índice de reprovações precisa ser analisado com cuidado. “Podemos sim ter pessoas que erram na hora do exame por ansiedade, mas os números mostram outros pontos que precisam ser vistos com cautela, entre eles uma deficiência no sistema de aprendizado e, principalmente, ações errôneas que o candidato comete por ver aquilo quase que diariamente no sistema viário”, alerta.
O diretor de habilitação do Detran-SP, Maxwell Borges de Moura Vieira, destaca que, embora a taxa de reprovados esteja acima do desejado, o órgão continua empenhando esforços para reduzir o número. “Profissionais de autoescolas passam por processo de capacitação, caso contrário, eles não podem manter o estabelecimento aberto. Além disso, estamos trabalhando na fiscalização destes locais.”
Aula no simulador visa diminuir índice de desaprovação
Na avaliação do diretor de habilitação do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo), Maxwell Borges de Moura Vieira, a obrigatoriedade de aulas em simulador de direção veicular para candidatos que desejam obter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) na categoria B (carro) deve reduzir, a partir dos próximos meses, o número de reprovações de alunos nos testes práticos.
Isso porque, de acordo com Vieira, a medida tende a capacitar ainda mais o candidato para o teste prático. “O simulador reproduz cenas rotineiras do sistema viário. O que ajuda muito o aluno.”
A implantação do simulador de direção foi estabelecida pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) por meio da resolução 543. As aulas no aparelho devem ser realizadas obrigatoriamente após a conclusão do curso teórico, de 45 horas/aula, e antes da realização do exame teórico.
PROJETO - Anunciado em 2015, o projeto piloto que propõe o monitoramento por câmeras e telemetria das provas práticas de direção veicular para categoria B também é outra ação que deve melhorar o índice. O Detran-SP deve iniciar os primeiros testes ainda neste semestre, em São Bernardo. “Já estamos na fase final de implantação. Nossa expectativa é que já em junho os testes práticos já sejam realizados”, revela Vieira.
Ao todo, serão seis carros com câmeras, sensores e equipamentos para operação do processamento e armazenagem dos dados. O objetivo é combater fraudes no momento do exame, principalmente os casos de venda irregular do teste prático.
De acordo com o levantamento, foram realizadas, em média, 752 provas práticas por mês, o que corresponde a 4.512 exames no período. Deste total, 1.557 candidatos (o correspondente a 34,5%) foram reprovados no teste devido a algum tipo de irregularidade.
Embora o índice seja considerado alto, tanto por especialistas como pelo próprio Detran-SP, a média de reprovação do Grande ABC está abaixo dos números da Capital, onde 40% dos candidatos que desejam obter a primeira CNH (Carteira Nacional de Habilitação) não são aprovados na prova técnica.
Levantamento do órgão estadual mostra que as principais falhas que levam à reprovação de candidatos da região nos testes práticos com automóveis são não sinalizar com antecedência as manobras, avançar sobre a calçada, derrubar os cones sobre o balizamento e interromper o funcionamento do motor sem motivo justo.
Já nas provas de direção com motos, colocar os pés no chão com o veículo em movimento, não manter equilíbrio na prancha na saída lateral, derrubar um ou mais cones de balizamento são os principais erros cometidos.
Na análise da doutora em Psicologia de Trânsito e diretora do departamento de psicologia da Abramet (Associação Brasileiro de Medicina de Tráfego), Raquel Almqvist, as falhas cometidas em exames práticos podem estar relacionadas, principalmente, à ansiedade do candidato. “É preciso que a pessoa esteja segura de que está preparada, caso contrário, a insegurança ou medo pode ser ponto crucial para o erro na hora do exame.”
Para a a estagiária de Jornalismo Bruna de Grande Almeira, 21 anos, a ansiedade na hora do exame foi sua maior inimiga. “Nas duas primeiras vezes eu já deixei o carro morrer logo no começo, nem consegui terminar os percussos. Fiquei nervosa, porque era muita pressão. Só passei na terceira tentativa”, revela.
Na visão do professor de Engenharia da FEI (Fundação Educacional Inaciana) Creso Peixoto, o índice de reprovações precisa ser analisado com cuidado. “Podemos sim ter pessoas que erram na hora do exame por ansiedade, mas os números mostram outros pontos que precisam ser vistos com cautela, entre eles uma deficiência no sistema de aprendizado e, principalmente, ações errôneas que o candidato comete por ver aquilo quase que diariamente no sistema viário”, alerta.
O diretor de habilitação do Detran-SP, Maxwell Borges de Moura Vieira, destaca que, embora a taxa de reprovados esteja acima do desejado, o órgão continua empenhando esforços para reduzir o número. “Profissionais de autoescolas passam por processo de capacitação, caso contrário, eles não podem manter o estabelecimento aberto. Além disso, estamos trabalhando na fiscalização destes locais.”
Aula no simulador visa diminuir índice de desaprovação
Na avaliação do diretor de habilitação do Detran-SP (Departamento Estadual de Trânsito de São Paulo), Maxwell Borges de Moura Vieira, a obrigatoriedade de aulas em simulador de direção veicular para candidatos que desejam obter a CNH (Carteira Nacional de Habilitação) na categoria B (carro) deve reduzir, a partir dos próximos meses, o número de reprovações de alunos nos testes práticos.
Isso porque, de acordo com Vieira, a medida tende a capacitar ainda mais o candidato para o teste prático. “O simulador reproduz cenas rotineiras do sistema viário. O que ajuda muito o aluno.”
A implantação do simulador de direção foi estabelecida pelo Contran (Conselho Nacional de Trânsito) por meio da resolução 543. As aulas no aparelho devem ser realizadas obrigatoriamente após a conclusão do curso teórico, de 45 horas/aula, e antes da realização do exame teórico.
PROJETO - Anunciado em 2015, o projeto piloto que propõe o monitoramento por câmeras e telemetria das provas práticas de direção veicular para categoria B também é outra ação que deve melhorar o índice. O Detran-SP deve iniciar os primeiros testes ainda neste semestre, em São Bernardo. “Já estamos na fase final de implantação. Nossa expectativa é que já em junho os testes práticos já sejam realizados”, revela Vieira.
Ao todo, serão seis carros com câmeras, sensores e equipamentos para operação do processamento e armazenagem dos dados. O objetivo é combater fraudes no momento do exame, principalmente os casos de venda irregular do teste prático.
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