DATA DA PUBLICAÇÃO 14/11/2008 | Política
Ex-vereador denuncia fraude na eleição de Diadema
O ex-vereador por quatro mandatos pelo PT de Diadema, Antonio Rodrigues, filiado ao PSB desde agosto do ano passado, denunciou suposta fraude nas eleições na cidade neste ano, além de 2004 (municipal) e 2006 (estadual e federal), quinta-feira à tarde, durante sessão na Câmara. Sem citar nomes, o ex-petista acusou o envolvimento de pelo menos um, dos 16 parlamentares da Casa, em possível esquema de compra de votos nas urnas eletrônicas.
Em posse de uma cópia de CD, com o áudio de uma pessoa que denuncia a possível fraude nas urnas, Rodrigues entregou ao presidente da Câmara, Milton Capel (PV). O conteúdo da conversa poderia ser ouvido no plenário, inclusive pelo público, uma vez que o ex-candidato a vereador pelo PSB levou um aparelho eletrônico apropriado. Porém, nenhum parlamentar se interessou.
"No mínimo, a partir desse CD, um inquérito deveria ser aberto pelo MP (Ministério Público). Aliás, eu quero que os promotores me ouçam", afirmou Rodrigues, visivelmente nervoso, na Tribuna Livre.
Mais adiante, em uma fala apressada, por conta do tempo de 13 minutos no plenário, mandou um recado: "Fraudadores, vocês fizeram, mas sabemos disso. Tem pessoas aqui que não querem ouvir nada. Mas tem vereador aqui que sabe do que estou falando", acusou Rodrigues, deixando no ar a dúvida. Quatro vereadores estiveram ausentes da sessão.
Dos parlamentares presentes, o único que questionou o ex-vereador de como seria a suposta fraude foi João Pedro Merenda (PV), que não se reelegeu. "Ouvirei o CD com muita responsabilidade", afirmou, ao ressaltar que vários eleitores dele reclamaram não ter conseguido votar no verde. "A justificativa é que a minha foto não aparecia". Pelo menos um parlamentar deixou o auditório durante parte do testemunho de Rodrigues.
Para Milton Capel (PV), vereador reeleito para o oitavo mandato, as acusações do ex-petista foram vistas como novidade. "A denúncia tem de ser levada ao MP", afirmou. Recentemente, um procedimento investigativo sobre a denúncia feita por Rodrigues foi arquivado pela Justiça Eleitoral de Diadema, a pedido do próprio MP.
Ao ser indagado que vereadores foram acusados, mas sem a divulgação dos nomes, Capel rebateu: "Quem denuncia tem o dever de provar". Ele disse que fará uma cópia do áudio para cada vereador.
Candidato a prefeito derrotado pelo PMN, Ricardo Yoshio compartilhou da mesma idéia. "Não adianta denunciar sem provar". Sobre o CD, Yoshio disse que o material já "rodou na cidade inteira" depois das eleições. "Todo mundo já ouviu, inclusive meu assessor e me relatou o conteúdo", disse o vereador.
Na Assembléia, Zé Augusto fala sobre mesmo tema
Paralelamente às acusações do ex-vereador Antonio Rodrigues (PSB) na Câmara de Diadema, o deputado estadual José Augusto da Silva Ramos (PSDB), que perdeu a eleição para o deputado estadual Mário Reali (PT), falava na tribuna da Assembléia Legislativa sobre o mesmo assunto. "Não teria dificuldade em reconhecer a derrota, se tivesse ocorrido dentro do jogo democrático, sem tantas suspeitas", disse.
A pessoa que relata no CD a possível fraude nas urnas eletrônicas nas eleições de 2004 e 2006 é o mesmo denunciante ouvido por promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), núcleo São Paulo, em fevereiro do ano passado. O procedimento investigativo foi parar no TRE ( Tribunal Regional Eleitoral), que recentemente arquivou por não ter encontrado o denunciante, que tem seu nome mantido em sigilo. José Augusto pediu pelo desarquivamento. "Tenho direito à dúvida", disse no plenário, solicitando que a Justiça investigue. Mário Reali não estava presente.
Em posse de uma cópia de CD, com o áudio de uma pessoa que denuncia a possível fraude nas urnas, Rodrigues entregou ao presidente da Câmara, Milton Capel (PV). O conteúdo da conversa poderia ser ouvido no plenário, inclusive pelo público, uma vez que o ex-candidato a vereador pelo PSB levou um aparelho eletrônico apropriado. Porém, nenhum parlamentar se interessou.
"No mínimo, a partir desse CD, um inquérito deveria ser aberto pelo MP (Ministério Público). Aliás, eu quero que os promotores me ouçam", afirmou Rodrigues, visivelmente nervoso, na Tribuna Livre.
Mais adiante, em uma fala apressada, por conta do tempo de 13 minutos no plenário, mandou um recado: "Fraudadores, vocês fizeram, mas sabemos disso. Tem pessoas aqui que não querem ouvir nada. Mas tem vereador aqui que sabe do que estou falando", acusou Rodrigues, deixando no ar a dúvida. Quatro vereadores estiveram ausentes da sessão.
Dos parlamentares presentes, o único que questionou o ex-vereador de como seria a suposta fraude foi João Pedro Merenda (PV), que não se reelegeu. "Ouvirei o CD com muita responsabilidade", afirmou, ao ressaltar que vários eleitores dele reclamaram não ter conseguido votar no verde. "A justificativa é que a minha foto não aparecia". Pelo menos um parlamentar deixou o auditório durante parte do testemunho de Rodrigues.
Para Milton Capel (PV), vereador reeleito para o oitavo mandato, as acusações do ex-petista foram vistas como novidade. "A denúncia tem de ser levada ao MP", afirmou. Recentemente, um procedimento investigativo sobre a denúncia feita por Rodrigues foi arquivado pela Justiça Eleitoral de Diadema, a pedido do próprio MP.
Ao ser indagado que vereadores foram acusados, mas sem a divulgação dos nomes, Capel rebateu: "Quem denuncia tem o dever de provar". Ele disse que fará uma cópia do áudio para cada vereador.
Candidato a prefeito derrotado pelo PMN, Ricardo Yoshio compartilhou da mesma idéia. "Não adianta denunciar sem provar". Sobre o CD, Yoshio disse que o material já "rodou na cidade inteira" depois das eleições. "Todo mundo já ouviu, inclusive meu assessor e me relatou o conteúdo", disse o vereador.
Na Assembléia, Zé Augusto fala sobre mesmo tema
Paralelamente às acusações do ex-vereador Antonio Rodrigues (PSB) na Câmara de Diadema, o deputado estadual José Augusto da Silva Ramos (PSDB), que perdeu a eleição para o deputado estadual Mário Reali (PT), falava na tribuna da Assembléia Legislativa sobre o mesmo assunto. "Não teria dificuldade em reconhecer a derrota, se tivesse ocorrido dentro do jogo democrático, sem tantas suspeitas", disse.
A pessoa que relata no CD a possível fraude nas urnas eletrônicas nas eleições de 2004 e 2006 é o mesmo denunciante ouvido por promotor do Gaeco (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), núcleo São Paulo, em fevereiro do ano passado. O procedimento investigativo foi parar no TRE ( Tribunal Regional Eleitoral), que recentemente arquivou por não ter encontrado o denunciante, que tem seu nome mantido em sigilo. José Augusto pediu pelo desarquivamento. "Tenho direito à dúvida", disse no plenário, solicitando que a Justiça investigue. Mário Reali não estava presente.
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