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DATA DA PUBLICAÇÃO 24/06/2014 | Cidade
Ex-parceiro de Eto'o mora em Mauá
Ex-parceiro de Eto'o mora em Mauá Foto: Marina Brandão/DGABC
Foto: Marina Brandão/DGABC
O camaronês Ebot Emmanuel Enow, 34 anos, veio ao Brasil há 15 anos com o sonho de continuar a carreira de jogador de futebol. Na época, ele era uma das revelações de Camarões e chegou a conviver com o principal craque da seleção africana, Samuel Eto’o, dos 14 aos 17 anos.

“Joguei com Eto’o durante três anos. Era meia-atacante e fazia dupla de ataque com ele na seleção sub-17 de Camarões. Desde aquela época ele se mostrava um craque. Era magrinho, mas sempre foi diferente dos outros garotos. Era boa pessoa, muito tranquilo e humilde”, contou o camaronês.

Em 1997, as carreiras de Eto’o e Ebot tomaram rumos diferentes. Enquanto o famoso craque era contratado pelo Real Madrid para depois fazer sucesso no Barcelona e Inter de Milão, Ebot continuou jogando em Camarões até ser contratado pelo Juventus da Mooca. Dois anos depois e começou peregrinação pelo Brasil.

“Ganhei muitos títulos nos campeonatos de Camarões e tinha propostas da Itália, mas um empresário brasileiro veio aqui, assistiu a dois jogos meus e me levou antes para jogar no Juventus. Na América do Sul, também passei pelo Racing (Argentina) e Defensor (Uruguai) até voltar ao Brasil, onde atuei no Juventude, América de Rio Preto, Monlevade, XV de Jaú, entre outros clubes”, declarou Ebot, que considerou a grande diferença entre os rumos da carreira dele e de Eto’o a influência dos empresários. “Passei por dificuldades nas mãos de empresários brasileiros. Eles me prejudicaram bastante, me levaram para os caminhos errados”.

O camaronês, que atualmente mora em Mauá com a mulher brasileira, encerrou a carreira aos 27 anos, no XV de Jaú, após grave lesão na perna direita. “Quando parei de jogar, tinha que fazer alguma coisa para sobreviver. Fiz alguns cursos, trabalhei em uma empresa de pintura e agora estou nessa empresa de blindagem”, afirmou.

Ebot ainda contou que reencontrou Eto’o em 2000, quando o Real Madrid veio ao Brasil para disputar o Mundial de Clubes. “Fiquei no mesmo hotel que ele. Conversamos sobre nossas carreiras e brincamos como o futebol fez a gente se encontrar no Brasil.”

VOLTA - Há quatro meses, Ebot foi convencido por Luciano Ortega, que trabalha na empresa de blindagem com ele e é presidente do EC São José, clube de várzea de Mauá, a voltar ao futebol. Neste período, inclusive, o camaronês fez o gol do título do São José na Copa Ponte Preta. “Estava sentindo dores na perna e falei que não conseguiria jogar, mas o pessoal me deu força por ser a final do campeonato. Fiquei no banco e entrei no segundo tempo. Aos 47 minutos, bati o escanteio e marquei o gol olímpico que deu o título para o São José”, contou, animado.

Mesmo disputando os campeonatos de várzea, Ebot descartou voltar a jogar profissionalmente.

Time africano decepciona compatriota
O camaronês Ebot Emmanuel Enow, 34 anos, está decepcionado com o rendimento da seleção de Camarões na Copa do Mundo. Com duas derrotas (México e Croácia), os africanos enfrentam o Brasil, hoje, em Brasília, já sem chances de classificação às oitavas de final.

Para Ebot, Camarões veio ao Brasil para passar vergonha. “Os jogadores estão brigando em campo. A equipe está abalada internamente e os atletas não gostam do técnico. Se for para ser assim, não precisa fazer as pessoas em Camarões ficarem passando vergonha”, disse.

O camaronês, para matar a saudade da terra natal, foi a Fortaleza acompanhar a estreia da seleção contra o México, mas manteve as críticas à equipe. “Foi legal ver os jogadores de perto. Pensei que eles fariam algo diferente em campo, mas a seleção é péssima. Falta tudo no time. Antes, o futebol de Camarões não era assim.

Eles têm que dar o sangue para jogar. Viajaram de longe para chegar aqui e passar vergonha. Deste jeito, é melhor nem se classificar para Copa”, alfinetou Ebot, que, depois da partida, tentou encontrar Eto’o no hotel em que Camarões estava hospedado, mas foi impedido pelo segurança. “Se ele me visse, me reconheceria”, resumiu ele.

Na partida de hoje, o camaronês vai ficar com o coração dividido. “Vou assistir ao jogo da minha casa para não passar vergonha. Não iria no estádio nem de graça para ver esta seleção (de Camarões). Mas vou torcer para quem jogar melhor, para quem merecer a vitória”, concluiu.

Por Renato Gerbelli - Especial para o Diário
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