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DATA DA PUBLICAÇÃO 07/07/2017 | Cultura
Evento de tatuagem reunirá 3.000 profissionais da área em São Paulo
 Evento de tatuagem reunirá 3.000 profissionais da área em São Paulo Foto de divulgação
Foto de divulgação
Se num passado nem tão distante os amantes de tatuagem tinham vergonha e receio de mostrar os desenhos que tinham em seus corpos, isso não é mais problema nos dias atuais. É o que reflete os números do Tattoo Week 2017, que chega a sua 7ª edição neste ano.

Consagrando-se como o maior e mais importante evento de tatuagem do mundo, os organizadores estimam receber 70 mil pessoas entre os dias 14, 15 e 16 de julho no Expo Center Norte, na Capital, para admirar 3.000 profissionais, de todas as partes do mundo, da tatuagem, body paint e body piercing que farão parte da convenção.

Com fortes raízes no Grande ABC, já que a primeira edição realizada em 2011 aconteceu em São Caetano, o Diário conversou com a organizadora do evento Esther Gawaendo, 40 anos, que explicou que um dos objetivos da convenção é a quebra de paradigmas que ainda existem na sociedade.

“Hoje o País conta com mais de 150 mil CNPJs (Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica) de profissionais que atuam na área. É um número bastante expressivo, ficamos atrás apenas dos Estados Unidos”, explicou Esther. A organizadora lembra que na primeira edição eram apenas 100 expositores e que dessa vez o número de stands é 670, o que demonstra o interesse do brasileiro no mundo e na cultura da tatuagem.

O Tattoo Week é tão importante na cena da body art que aparece como um dos mais importantes nos calendários de profissionais de países da Europa, por exemplo. Buscando as tendências que podem aparecer no mercado e a troca de experiências com outros especialistas da área, a convenção também pode ser o lugar ideal para fortalecer os vínculos profissionais. “Muitos tatuadores se deslocam de outros países para participar das diversas premiações que acontecem no evento”, explicou.

Apesar de planejar o maior evento sobre o assunto no mundo, Esther sabe que há um atraso do mercado brasileiro em relação ao americano, por exemplo. Isso se deve à demora da resolução de estabelecer a profissão de tatuador, o que para a organizadora seria o passo definitivo para se criar um mercado mais capacitado. “Na convenção haverá um fórum de debates para tratarmos da regulamentação da profissão.”

Para quem quiser visitar o Tattoo Week há uma promoção que oferece 50% de desconto no ingresso, que custa R$ 60, caso o interessado traga um quilo de alimento não perecível. O objetivo é arrecadar 50 toneladas de alimentos que serão doados à Casa de Davi, que presta atendimento a 400 pessoas especiais.
Mas nem só de tatuagem viverá o evento. Shows de bandas importantes dos mais diversos estilos prometem agitar os visitantes durante os três dias. Estão confirmados Racionais MC´s, banda Oitão, capitaneada pelo chef de cozinha Henrique Fogaça e performances do ator Joker Boy.

Marcado na pele

Recentemente a comunidade de tatuadores do Brasil se viu no meio de um episódio triste e polêmico. O tatuador Maycon Wesley Carvalho dos Reis, 27 anos, foi preso em flagrante no início do mês passado, em São Bernardo, após tatuar a frase “sou ladrão e vacilão” na testa de um adolescente de 17 anos que supostamente tentou roubar uma bicicleta. A audiência para instrução de Reis e para Ronildo Moreira de Araújo, 29, que teria auxiliado o tatuador, está marcada para o dia 12 de setembro. A ação corre em segredo de justiça.

O fato colocou a tatuagem em diversos debates sociais, possibilitando um entendimento mais amplo de algo que pode ficar marcado na pele para o resto da vida. Questionada sobre o fato, a organizadora do Tattoo Week 2017 limitou-se a dizer que a comunidade de tatuadores do Brasil ficou em choque. “Pude perceber que 90% dos profissionais foram contra a ação do rapaz que tatuou a testa do adolescente”, declarou Esther Gawaendo, reforçando que um dos objetivos da tatuagem é de aumentar a autoestima da pessoa e não marcar alguém para o resto da vida com algo que tenha feito errado. “Vimos tudo isso com tristeza. Esse é mais um episódio que corrobora a importância de se regulamentar a profissão.”

Por Daniel Tossato - Diário do Grande ABC
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