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DATA DA PUBLICAÇÃO 09/02/2015 | Setecidades
Evasões em pedágios chegam a 6.000 no SAI
Evasões em pedágios chegam a 6.000 no SAI Foto: Celso Luiz
Foto: Celso Luiz
As evasões de pedágio são práticas cada vez mais comuns registradas pelas câmeras de segurança. No ano passado, foram cerca de 6.000 fugas das cabines de pagamento por mês nas praças do SAI (Sistema Anchieta Imigrantes). Do total, a metade é feita por caminhões de grande porte.

Os dados foram fornecidos pelo secretário da Promotoria Criminal de São Bernardo, Édivan Teixeira Júnior. Ele é responsável por operação realizada em conjunto entre o Ministério Público, a Polícia Civil e a Polícia Militar Rodoviária no dia 29 de janeiro, a fim de coibir esse tipo de ação.

Conforme simulação feita pelo Diário, se cada um desses veículos fosse um automóvel, cujo valor do pedágio do km 31, na altura do Riacho Grande, é de R$ 22, o valor que deixaria de ser arrecadado seria igual a R$ 132 mil por mês, ou quase R$ 1,6 milhão anualmente. Como nesse total estão incluídos os caminhões, o valor é maior ainda, já que na mesma praça o custo para um veículo de quatro eixos é de R$ 88.

Conforme explicou Teixeira Júnior, os caminhões utilizam dois artifícios para não pagar o pedágio, sendo que ambos oferecem risco de acidentes. “Em um deles, vários caminhões passam em alta velocidade e acabam danificando a cancela. Eles também praticam a evasão a vácuo, quando aproveitam que a cancela abre no sistema do Sem Parar e colam no veículo à frente. Muitas vezes, o carro pode ser arrastado a mais de 80 km/h.”

A Ecovias, concessionária que administra o sistema, forneceu vídeos para auxiliar o Ministério Público. Um deles mostra um automóvel sendo arrastado por um caminhão.

Conforme o promotor, esses motoristas utilizam frequência de rádio para combinar as evasões por comboio e obter informações de fiscalização. Na maioria das vezes as placas são adulteradas.

Durante a operação de janeiro, cinco motoristas de caminhões foram autuados pela infração, sendo que um deles foi detido em flagrante e vai responder a processo por estelionato, adulteração da placa, além do pagamento da multa.

Conforme o promotor a pena varia para cada caso. “Se o motorista alterar a placa, enquadra-se no artigo 311 do Código Penal e também é estelionato. Pode dar de três a seis anos de prisão na primeira e de um a cinco para a segunda. Se a velocidade estiver alta e for constatada direção perigosa, é cobrada multa. Já quebrar a cancela é dano de patrimônio e precisaria ressarcir o valor, além de poder pegar de um a seis anos de prisão.”

O caminhão também pode ser apreendido, o que gera outra multa se houver qualquer irregularidade. O veículo só pode ser retirado do pátio depois que todos os documentos estiverem corretos.

Para tentar reduzir os números, o promotor disse que os órgãos seguem com ações de fiscalização. Está em planejamento operação noturna, ainda sem data. “O maior problema é a segurança nas estradas e o nosso foco é na preservação das vidas dos motoristas e dos funcionários do pedágio.”

Polícia Rodoviária tem novo esquema de fiscalização desde novembro

Para ajudar a reduzir as evasões de pedágio, a Polícia Militar Rodoviária aplica novo esquema de fiscalização desde novembro. Um funcionário da Ecovias também monitora as imagens da base localizada no km 40 da Via Anchieta.

Conforme explicou o tenente-coronel Carlos Alberto dos Santos, comandante do patrulhamento da Polícia Rodoviária no trecho, essa ação visa maior rapidez na comunicação com a polícia. Isso porque se algum veículo passa indevidamente pelo pedágio, eles tomam conhecimento.

“Obrigatoriamente quem acessar os pedágios da Anchieta-Imigrantes passa pela nossa base. Com as imagens das câmeras da Ecovias, que são automaticamente transmitidas, o policial acompanha o deslocamento. Mesmo que a placa esteja encoberta, é possível identificar o caminhão pelos eixos. A partir daí o agente vai dar sinal e parar o veículo, podendo aplicar a multa.”

Conforme o tenente, essa ação já ajudou a diminuir o número de evasões. “Melhorou bastante. Se antes tínhamos um número muito alto, com média de 30 evasões diárias, hoje fica em três.”

Por Yara Ferraz - Diário do Grande ABC
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