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DATA DA PUBLICAÇÃO 25/10/2009 | Saúde e Ciência
Estudo traz esperança para cura da calvície
Poucas coisas despertam tanto pavor nos homens quanto o aparecimento das famosas "entradas" no cabelo. Um estudo considerado revolucionário aponta pela primeira vez para um tratamento genético capaz de curar a calvície.

Ao contrário de outros tipos de terapia contra a calvície, o novo método é não-invasivo.

Em experiências com ratos, os cientistas da Universidade da Pensilvânia demonstraram que a pele de animais feridos é capaz de regenerar naturalmente os folículos de onde nascem os fios de cabelo. Os pesquisadores também identificaram o gene responsável pelo crescimento normal do cabelo e conseguiram estimular ou interromper o crescimento do cabelo, por meio da manipulação da atividade protéica ao nível molecular.

Os resultados surpreenderam muitos cientistas, que há tempos haviam concluído que os folículos capilares dos mamíferos não eram capazes de se regenerar. A cabeça humana nasce com cerca de 100 mil desses pequenos órgãos geradores de cabelo. Quando sua atividade cessa, o couro cabeludo vai aos poucos ficando exposto.

A pesquisa, publicada na revista científica britânica "Nature", reproduz resultados semelhantes a outros observados há 50 anos em coelhos, camundongos e humanos, largamente divulgados, porém ignorados desde então. O coordenador do estudo, o dermatologista George Cotsarelis, é também co-fundador de uma empresa, a Follica, que obteve licença para usar essa tecnologia para desenvolver tratamentos de restauração capilar.

Células-tronco

Durante as experiências com camundongos, os pesquisadores descobriram que remover uma pequena área da epiderme (camada mais externa da pele) com 1 centímetro a 2,5 centímetros de diâmetro "desperta células-tronco" com capacidade de gerar novos folículos. Depois de cicatrizada, a pele volta ao aspecto normal.

"Os novos folículos capilares crescem, cumprindo o ciclo capilar, e no fim não é possível sequer distingui-los do cabelo remanescente", explicou Cheng-Ming Chuong, patologista da Universidade da Southern California, em comentário também publicado na "Nature".

"Essas descobertas inesperadas podem mudar toda a nossa atual compreensão acerca da cicatrização e regeneração em mamíferos adultos", disse Chuong. Ele lembrou, porém, que a pele do homem e do camundongo cicatrizam de formas diferentes.

Medicamentos

A calvície sempre foi motivo de angústia para milhões de pessoas em todo o mundo. Confrontadas com o problema, elas gastam bilhões de dólares todos os anos em medicamentos (em geral pouco ou nada eficientes) só nos Estados Unidos, de acordo com dados da Federal Drug Administration (FDA), agência federal americana que regula os medicamentos e os alimentos.

Pequenas fortunas também são gastas em dolorosos implantes capilares e outros tipos de substitutos mais ou menos convincentes.

Por Folha Online - France Presse, em Paris
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