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DATA DA PUBLICAÇÃO 22/09/2013 | Saúde e Ciência
Estudo liga aumento de suicídios à crise global
Levantamento realizado em 54 países da Europa e das Américas constatou um aumento de 3,3% em 2009, um ano após o início da crise.

A recente crise econômica seria uma das causas para o aumento nas taxas de suicídio na Europa e nas Américas, informa um novo levantamento.

A pesquisa, publicada na revista científica "British Medical Journal", analisou dados de 54 países para estimar o impacto global de problemas financeiros decorrentes da crise econômica iniciada em 2008 com o colapso do crédito e dos mercados imobiliários nos Estados Unidos.

Um ano após o início da crise, as taxas de suicídio entre os homens aumentou em média 3,3%. A elevação foi maior nos países que mais perderam empregos.

Economia instável
Pesquisadores das Universidades de Oxford e Bristol, na Grã-Bretanha, junto com colegas da Universidade de Hong Kong, usaram dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC) dios EUA e do Panorama Econômico Global do Fundo Monetário Internacional (FMI) para realizar o estudo.

Em 2009, houve em todo o mundo um aumento de 37% no desemprego e uma queda de 3% no Produto Interno Bruto (PIB) – a soma de bens e serviços produzidos por um país – per capita, um reflexo da crise econômica no ano anterior.

Ao mesmo tempo, as taxas de suicídio entre os homens começaram a aumentar. Naquele ano, houve 5 mil suicídios a mais que o número esperado. O aumento foi verificado nos 27 países europeus e nos 18 países das Américas analisados.

Na Europa, os suicídios cresceram mais entre os homens de 15 a 24 anos, enquanto nas Américas a alta foi maior entre o grupo de 45 a 64 anos. Por outro lado, as taxas de suicídio entre as mulheres não mudou na Europa, mas registrou um pequeno aumento nas Américas.

Os pesquisadores veem a relação entre o estresse emocional da recessão e o ato de tirar a própria vida como uma provável relação de causa e efeito, mas não puderam comprová-la. Eles acrescentam que a alta de suicídios também pode estar ligada a outros fatores, mas ONGs de apoio à saúde mental afirmam que sua própria experiência endossa a teoria dos pesquisadores.

Um porta-voz da Samaritans, ONG britânica que dá apoio emocional a potenciais suicidas, afirmou: "Não é surpresa para nós que as taxas de suicídios aumentam em recessões".

"Um levantamento das chamadas telefônicas feitas aos nossos escritórios em 2008, antes do início da crise, mostrou que uma em cada 10 pessoas falava sobre dificuldades financeiras. Essa mesma proporção caiu de um para seis no final do ano passado. Claramente, esse é um fator que o governo precisa levar em conta quando ocorrem crises econômicas."

Um porta-voz da ONG Mind afirmou que a entidade também vem recebendo mais telefonemas de pessoas angustiadas com a falta de dinheiro e o desemprego.

A ONG britânica Papyrus (Prevenção para Jovens Suicidas, na sigla em inglês) informou que, embora não pudesse relacionar o aumento no número de telefonemas de jovens buscando auxílio emocional para não cometer suicídio à crise econômica, a dificuldade em conseguir trabalho, administrar as finanças e as dívidas estudantis haviam sido temas recorrentes nas ligações.

Por G1 - BBC
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