DATA DA PUBLICAÇÃO 06/03/2016 | Saúde e Ciência
Estudo em grávidas com zika reforça ligação com anomalias no feto
Pesquisadores avaliaram 88 gestantes que tiveram manchas pelo corpo.
Das que testaram positivo para zika, 29% tiveram anomalias no feto.
Um estudo publicado nesta sexta-feira (29) na revista especializada "New England Journal of Medicine" reforçou a relação entre o vírus da zika e a ocorrência de anomalias em fetos.
O relatório apresenta novas evidências de conexão entre a infecção e "graves consequências" na gestação, como morte fetal, insuficiência da placenta, prejuízos ao crescimento do feto e no sistema nervoso do bebê, incluindo uma potencial cegueira.
O texto, elaborado por cientistas da Universidade da Califórnia (UCLA), baseia-se em exames de sangue e urina de 88 gestantes do Rio de Janeiro. Todas as grávidas recrutadas tiveram manchas vermelhas pelo corpo, sintoma de infecção pelo vírus da zika.
Comparando grávidas com e sem zika
Das 88, 72 tiveram exames positivos para o vírus da zika e 16 tiveram exames negativos. Os cientistas usaram esses dados para comparar os dois grupos. Nenhuma das participantes apresentava fatores de risco para ter anormalidades durante a gestação.
Entre as que tiveram exame positivo para zika, 29% tiveram anomalias detectadas na gravidez. Já entre as que tiveram exame negativo para zika, nenhuma apresentou anormalidades. Os exames foram feitos entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016.
Karin Nielsen, professora de pediatria na Divisão de Doenças Infecciosas da Escola de Medicina David Geffen na UCLA e uma das responsáveis pelo estudo, ressaltou que o vínculo entre o vírus da zika e algumas destas consequências adversas na gravidez não tinha sido documentado até hoje.
"Vimos problemas no feto e na gravidez nas 8ª, 22ª, 25ª e 35ª semanas. Embora o feto não seja afetado pelo vírus, este aparentemente danifica a placenta, o que pode provocar morte fetal", explicou a especialista em comunicado.
Resultados reforçam conclusões de estudo anterior
O relatório, o primeiro estudo prospectivo do vírus até o momento, vai na mesma linha de outro estudo publicado no final de fevereiro na revista especializada "PLOS Neglected Tropical Diseases", que advertia que o vírus do zika poderia provocar morte fetal, hidropisia e hidranencefalia quando é transmitido a uma mulher grávida.
A hidropsia fetal é uma deficiência grave que ocorre quando se acumulam quantidades anormais de líquido em duas ou mais zonas do corpo de um feto ou recém-nascido, e frequentemente ocasiona a morte do bebê pouco antes do parto ou depois dele.
A hidranencefalia é uma doença pouco comum na qual os hemisférios cerebrais não estão presentes e são substituídos por sacos cheios de líquido cerebroespinhal. A maioria das crianças com esta doença morre antes de completar um ano.
Por enquanto, não está provada a vinculação do zika com à microcefalia, embora a preocupação neste sentido seja cada vez maior.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o atual surto de zika uma emergência de alcance internacional e estimou que o vírus poderia afetar 4 milhões de pessoas.Até o momento, não existe vacina nem tratamento para este vírus, que foi descoberto nos anos 50 na Floresta Zika, em Uganda.
Das que testaram positivo para zika, 29% tiveram anomalias no feto.
Um estudo publicado nesta sexta-feira (29) na revista especializada "New England Journal of Medicine" reforçou a relação entre o vírus da zika e a ocorrência de anomalias em fetos.
O relatório apresenta novas evidências de conexão entre a infecção e "graves consequências" na gestação, como morte fetal, insuficiência da placenta, prejuízos ao crescimento do feto e no sistema nervoso do bebê, incluindo uma potencial cegueira.
O texto, elaborado por cientistas da Universidade da Califórnia (UCLA), baseia-se em exames de sangue e urina de 88 gestantes do Rio de Janeiro. Todas as grávidas recrutadas tiveram manchas vermelhas pelo corpo, sintoma de infecção pelo vírus da zika.
Comparando grávidas com e sem zika
Das 88, 72 tiveram exames positivos para o vírus da zika e 16 tiveram exames negativos. Os cientistas usaram esses dados para comparar os dois grupos. Nenhuma das participantes apresentava fatores de risco para ter anormalidades durante a gestação.
Entre as que tiveram exame positivo para zika, 29% tiveram anomalias detectadas na gravidez. Já entre as que tiveram exame negativo para zika, nenhuma apresentou anormalidades. Os exames foram feitos entre setembro de 2015 e fevereiro de 2016.
Karin Nielsen, professora de pediatria na Divisão de Doenças Infecciosas da Escola de Medicina David Geffen na UCLA e uma das responsáveis pelo estudo, ressaltou que o vínculo entre o vírus da zika e algumas destas consequências adversas na gravidez não tinha sido documentado até hoje.
"Vimos problemas no feto e na gravidez nas 8ª, 22ª, 25ª e 35ª semanas. Embora o feto não seja afetado pelo vírus, este aparentemente danifica a placenta, o que pode provocar morte fetal", explicou a especialista em comunicado.
Resultados reforçam conclusões de estudo anterior
O relatório, o primeiro estudo prospectivo do vírus até o momento, vai na mesma linha de outro estudo publicado no final de fevereiro na revista especializada "PLOS Neglected Tropical Diseases", que advertia que o vírus do zika poderia provocar morte fetal, hidropisia e hidranencefalia quando é transmitido a uma mulher grávida.
A hidropsia fetal é uma deficiência grave que ocorre quando se acumulam quantidades anormais de líquido em duas ou mais zonas do corpo de um feto ou recém-nascido, e frequentemente ocasiona a morte do bebê pouco antes do parto ou depois dele.
A hidranencefalia é uma doença pouco comum na qual os hemisférios cerebrais não estão presentes e são substituídos por sacos cheios de líquido cerebroespinhal. A maioria das crianças com esta doença morre antes de completar um ano.
Por enquanto, não está provada a vinculação do zika com à microcefalia, embora a preocupação neste sentido seja cada vez maior.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) considera o atual surto de zika uma emergência de alcance internacional e estimou que o vírus poderia afetar 4 milhões de pessoas.Até o momento, não existe vacina nem tratamento para este vírus, que foi descoberto nos anos 50 na Floresta Zika, em Uganda.
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