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DATA DA PUBLICAÇÃO 17/05/2012 | Educação
Estudantes derrubam muro de diretório acadêmico
Estudantes derrubam muro de diretório acadêmico Caccalanos marretam parede durante intervalo na Fundação Santo André. Foto: Luciano Vicioni
Caccalanos marretam parede durante intervalo na Fundação Santo André. Foto: Luciano Vicioni
A marretadas, alunos da Fundação Santo André fazem protesto durante intervalo

Às 21h da terça-feira (15/05), aproximadamente 40 estudantes de vários cursos da Fafil (Faculdade de Filosofia, Ciências e Letras da Fundação Santo André) derrubaram quase que totalmente um muro que os impedia de entrar na antiga sede do Diretório Acadêmico Honestino Guimarães. De acordo com alunos participantes da ação, o muro foi erguido arbitrariamente ao longo das férias de fim de ano e sem aviso prévio. O espaço atualmente é usado para armazenar móveis, arquivos e carteiras.

Conforme informou um dos alunos não identificados, a revolta é uma resposta às atitudes da Reitoria, contrária ao movimento estudantil dentro da Fafil. As principais reivindicações são o restabelecimento do diretório no local antigo, a remoção das câmeras de vigilância dentro do prédio, o recuo no aumento de 18% das mensalidades e o fim da precarização dos cursos de licenciatura da Fafil.

“As férias de janeiro foram prolongadas para que pudessem erguer o muro, o que foi desleal”, disse o estudante M. Durante o protesto, alunos pediam a remoção das suspensões aplicadas a estudantes que entraram no diretório acadêmico no início do semestre para retirar o material que o ocupava. “Alguns dos suspensos nem vieram às aulas no sábado em que aconteceu a invasão e há casos de alunos que tiveram bolsas de estudo revogadas por serem do movimento estudantil”, alegou M.

A privatização do estacionamento e a criação de catracas para regular a entrada na instituição também foram apontados como incentivos para o protesto. “Estudantes com mensalidades atrasadas vêm sendo impedidos de entrar.”

Encenação e marretas - Assim que o sinal do intervalo soou, uma banda começou a fazer uma apresentação que aparentemente serviu de distração para a chegada do grupo que vestia máscaras do atual reitor, o professor Oduvaldo Caccalano. Enquanto metade dos envolvidos fazia uma barreira humana, o restante desceu as escadas que levavam ao muro e marretaram os blocos de concreto por cerca de meia de hora.

Mais máscaras foram distribuídas aos presentes e um dos protestantes desfilava vestido de rei. Pichações com frases de protesto e desenhos foram feitos. Ao todo, nove seguranças da empresa privada Master Security foram acionados para tentar impedir a ação. No entanto, em meio a discussões e empurrões, os seguranças não puderam inviabilizar a destruição da parede.

“Segundo o que dizem, eles depredaram o muro porque o espaço era deles”, disse o responsável pela segurança, João Carlos. A Polícia Militar foi acionada e nove homens da corporação foram até o local, porém chegaram mais de 20 minutos depois da queda do muro. Curiosos cercaram o foco da ação, muitos apoiaram e até integraram o movimento.

Mas para o presidente do Centro Acadêmico da Faeco (Faculdade de Ciências Econômicas e Administrativas), Fernando Cayres, o ato foi indevido. “Defendo o diálogo, quebrar o muro não os aproxima da resolução de problemas, creio que falta organização.” Cayres afirmou que o local era subaproveitado pelos alunos e que houve casos de uso de drogas e álcool no espaço. “O fato de o diretório da Fafil estar com a documentação irregular os impossibilita de exercer e ter os direitos de representação”, acrescentou Cayres.

Honestino Guimarães - Em tese, o período de gestão do atual diretório da Fafil termina este mês. Uma das representantes da entidade estudantil, Jaqueline Quadros, assegurou que a ação foi desvinculada do diretório, uma vez que promoviam um debate sobre drogas dentro do prédio.

“Tentamos legalizar a documentação, contudo, sofremos um embargo”, observou. Jaqueline disse que cada vez que apresentavam os papéis sempre encontravam novos problemas. “Juridicamente não existimos, mas fisicamente e na prática somos legítimos porque ganhamos a votação.”

Outra sala foi designada para as práticas e atividades do diretório acadêmico após a construção do muro. No entanto, as chaves não foram entregues em função da situação irregular da entidade. Os estudantes disseram que o espaço servia como cozinha coletiva, cine clube, biblioteca comunitária, ateliê de quadros, laboratório fotográfico, prática de jogos e manifestações culturais diversas.

Em uma carta direcionada aos alunos, enviada por email em abril, a Fundação alegou que o local era insalubre para a convivência dos alunos e que a legalidade do diretório dependia do ajuste da documentação.

Por Caio Luiz - ABCD Maior
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