DATA DA PUBLICAÇÃO 09/03/2016 | Educação
Estudantes apontam falta de vagas nas escolas estaduais de São Paulo
Quase um mês após início do ano letivo, há casos de crianças sem escola.
Secretaria afirma que rede é grande e que problemas podem ocorrer.
O ano letivo das escolas estaduais começou no dia 15 de fevereiro, e no dia 9 de março ainda há alunos que não conseguiram começar a estudar. Os pais dizem que faltam vagas nas escolas, segundo reportagem do Bom Dia São Paulo.
Denner Oliveira Souza, de 12 anos, é um dos que estão com as férias estendidas. “Estou perdendo lição e não sei se vou conseguir recuperar”, diz. Em janeiro deste ano a família mudou de endereço. Deixou Cidade Dutra, na Zona Sul de São Paulo, em direção ao Jardim Luso, em Diadema. A mãe inscreveu o aluno nas escolas Nicéia Albarello Ferrari e José Marcato. Por enquanto, a resposta é que não tem vaga.
“A primeira inscrição que eu fiz foi dia 6 de janeiro e até agora não tem vaga pra ele”, afirma Juliana Oliveira.
A situação se repete no Jardim Emburá, também na Zona Sul. A moradora Luiziane Ferreira, mãe dos estudantes Vitor e Vinícius, não conseguiu vagas para os filhos. A família tem ainda problemas com o transporte escolar. “Os perueiros não entram alegando que a estrada é ruim”, afirma, reclamando do serviço municipal de micro-ônibus.
A família se mudou para o local no fim do ano passado. A escola estadual Hilton Reis Santos é a mais perto e a única que tem transporte escolar que vai até onde eles moram. A unidade não tem vaga, no entanto.
“A escola alega que não tem vaga para as séries que eu preciso, que é o sexto ano. Eu já fui na delegacia de ensino Sul-3, que é da região, já fui na Secretaria de Educação, já fui ao Conselho Tutelar e eles falam que eu tenho que aguardar”, afirma.
Sobre o problema do transporte, a SPTrans informou que vai apurar porque o transporte não chega na casa dos estudantes.
A diretora do Departamento de Matrículas da Secretaria da Educação, Andrea Grecco, afirma que a rede é muito grande, com 3,8 milhões de alunos, e que alguns problemas podem acontecer. Em 2016, são 89 mil pedidos de transferência, segundo ela.
“A gente orienta as escolas e as diretorias. Mas um problema ou outro a gente sempre tem. A gente gostaria que todos os alunos que tivessem problema procurassem a diretoria de ensino e, se for o caso, a secretaria”, diz. O telefone da secretaria é o 0800 77 000 12.
Ela afirma que os casos citados na reportagem já foram resolvidos. Diz ainda que as famílias devem informar seu endereço atualizado para a secretaria.
Reorganização
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, suspendeu em dezembro a reorganização escolar na rede estadual da educação. A reestruturação pretendia reorganizar as escolas em ciclos únicos e previa o fechamento de 93 unidades. Um dos argumentos era que o número de alunos era decrescente ao longo dos anos, em razão da queda da natalidade, e que isso faria algumas salas ficarem ociosas.
A decisão de adiar o processo ocorreu após protestos de estudantes pelo estado. Cerca de 200 escolas chegaram a ser ocupadas.
Secretaria afirma que rede é grande e que problemas podem ocorrer.
O ano letivo das escolas estaduais começou no dia 15 de fevereiro, e no dia 9 de março ainda há alunos que não conseguiram começar a estudar. Os pais dizem que faltam vagas nas escolas, segundo reportagem do Bom Dia São Paulo.
Denner Oliveira Souza, de 12 anos, é um dos que estão com as férias estendidas. “Estou perdendo lição e não sei se vou conseguir recuperar”, diz. Em janeiro deste ano a família mudou de endereço. Deixou Cidade Dutra, na Zona Sul de São Paulo, em direção ao Jardim Luso, em Diadema. A mãe inscreveu o aluno nas escolas Nicéia Albarello Ferrari e José Marcato. Por enquanto, a resposta é que não tem vaga.
“A primeira inscrição que eu fiz foi dia 6 de janeiro e até agora não tem vaga pra ele”, afirma Juliana Oliveira.
A situação se repete no Jardim Emburá, também na Zona Sul. A moradora Luiziane Ferreira, mãe dos estudantes Vitor e Vinícius, não conseguiu vagas para os filhos. A família tem ainda problemas com o transporte escolar. “Os perueiros não entram alegando que a estrada é ruim”, afirma, reclamando do serviço municipal de micro-ônibus.
A família se mudou para o local no fim do ano passado. A escola estadual Hilton Reis Santos é a mais perto e a única que tem transporte escolar que vai até onde eles moram. A unidade não tem vaga, no entanto.
“A escola alega que não tem vaga para as séries que eu preciso, que é o sexto ano. Eu já fui na delegacia de ensino Sul-3, que é da região, já fui na Secretaria de Educação, já fui ao Conselho Tutelar e eles falam que eu tenho que aguardar”, afirma.
Sobre o problema do transporte, a SPTrans informou que vai apurar porque o transporte não chega na casa dos estudantes.
A diretora do Departamento de Matrículas da Secretaria da Educação, Andrea Grecco, afirma que a rede é muito grande, com 3,8 milhões de alunos, e que alguns problemas podem acontecer. Em 2016, são 89 mil pedidos de transferência, segundo ela.
“A gente orienta as escolas e as diretorias. Mas um problema ou outro a gente sempre tem. A gente gostaria que todos os alunos que tivessem problema procurassem a diretoria de ensino e, se for o caso, a secretaria”, diz. O telefone da secretaria é o 0800 77 000 12.
Ela afirma que os casos citados na reportagem já foram resolvidos. Diz ainda que as famílias devem informar seu endereço atualizado para a secretaria.
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, suspendeu em dezembro a reorganização escolar na rede estadual da educação. A reestruturação pretendia reorganizar as escolas em ciclos únicos e previa o fechamento de 93 unidades. Um dos argumentos era que o número de alunos era decrescente ao longo dos anos, em razão da queda da natalidade, e que isso faria algumas salas ficarem ociosas.
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