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DATA DA PUBLICAÇÃO 08/12/2010 | Educação
Estudante de SP ganha Olimpíada de Língua Portuguesa e se apaixona pela escrita
Fábio Henrique Silva Anjos, 11, quer ser jogador de futebol. Ou escritor. A primeira paixão é antiga. A segunda começou neste ano, quando Fábio ganhou a medalha de ouro da Olimpíada de Língua Portuguesa na categoria poema.

O tema do concurso, do qual participaram 60.123 escolas públicas do país, era "O Lugar Onde Vivo". Aluno da 5ª série (6º ano) da escola municipal Frei Antônio de Sant'Ana Galvão, Fábio fez poesia com o Jaçanã, bairro da zona norte de São Paulo onde ele mora e que foi imortalizado na canção "Trem das Onze", de Adoniran Barbosa.

O compositor e a música, aliás, estão no poema de Fábio: "Eu moro em São Paulo / Bairro do Jaçanã / Eternizado por Adoniran" e "Já são onze horas, não posso perder o trem / Que já vem... Que já vem... Que já vem....".

Fã de "Café com Pão", do poeta Manuel Bandeira, o estudante diz que sempre gostou de escrever uns versinhos para os pais e irmãos, mas que agora escreve poemas inteiros.

A ajuda foi dada pela professora Patrícia Alves de Amorim Percinoto, que também foi premiada na olimpíada, assim como a escola Frei Antônio de Sant'Ana Galvão.

Um dos principais objetivos do concurso, aliás, é formar professores para estimular a leitura e desenvolver competências de escrita nas escolas públicas brasileiras.

Por isso, o trabalho é coletivo. Ele começa com a distribuição do material usado em oficinas pelas escolas inscritas. Nessas aulas, os alunos aprendem sobre os diferentes gêneros textuais e produzem textos em quatro categorias --poema, memórias literárias, crônica e artigo de opinião-- de acordo com a série em que estão.

Os textos são reescritos diversas vezes, e os melhores de cada escola vão para as etapas municipais, estaduais e regionais. Na semifinal, professores e alunos participam de capacitações e reescrevem o texto em conjunto pela última vez.

"Não é um concurso de redação", diz Isabel Santana, gerente da Fundação Itaú Social, que realiza a olimpíada com o Ministério da Educação. "O texto é feito e refeito. O material ensina o professor a corrigir o texto."

O poema de Fábio, por exemplo, passou por ao menos quatro revisões. Mas o trabalho duro valeu a pena. "É como se a gente pegasse uma pedrinha bruta e transformasse em diamante", diz a professora Patrícia.

Por Fabiana Rewald - Folha Online, São Paulo
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