NOTÍCIA ANTERIOR
Comerciante é morto na porta de casa em tentativa de assalto
PRÓXIMA NOTÍCIA
KMCA inaugura sétima unidade no Grande ABC
DATA DA PUBLICAÇÃO 29/02/2008 | Cidade
Estudante acusa seguranças de shopping por agressão
Dois seguranças do Mauá Plaza Shopping são acusados de espancar um estudante de 17 anos na noite de anteontem, na saída da praça de alimentação.

O rapaz contou que sentou-se sobre a calçada em frente ao acesso do local – o que é proibido pelo estabelecimento – para se apoiar e escrever num caderno.

Depois de ser advertido, o adolescente disse que se levantou e continuou conversando com quatro amigos.

Um guarda cobrou explicações supondo que o estudante estava tirando “um sarro” do procedimento de segurança, conforme disse o garoto.

O segurança teria cuspido na cara do jovem, sacado um cassetete e expulsado o estudante do shopping a pontapés.

Enquanto ele tentava se defender dos golpes, um outro funcionário passou a agredi-lo também.

“Só não apanhei mais porque um terceiro guarda tentava impedira agressão enquanto os outros me botavam para fora”, explicou.

Ele sofreu escoriações nos ombros, costas e cabeça. Ontem a tarde, o estudante fez exame de corpo de delito. O caso foi registrado no 1º DP de Mauá.

O pai do garoto, Eli Roberto de Oliveira, cobrará a explicação dos supostos agressores na Justiça. “Fui falar com a administração e com a chefia de segurança do shopping e eles não me deram muito ouvido. Disseram ser contra a violência. Mas é só olhar o corpo de meu filho”, revoltou-se Oliveira. Segundo ele, no momento da agressão, cerca de sete pessoas que passavam pelo local testemunharam a favor do garoto.

De acordo com o gerente geral do Mauá Plaza, Fernando Rodriguez, o shopping aguarda comunicado da polícia, pois o fato não era conhecido até o contato da reportagem.

De acordo com Rodriguez, não há registro da agressão nas câmeras de segurança. Ele contestou ainda o uso de armas pela equipe. “Os meus seguranças não usam cassetetes e seus uniformes são registrados pela Policia Federal”, afirmou Rodriguez.

OAB diz que garoto pode pedir indenização
Isis Mastromano Correia - Diário do Grande ABC

Agressões promovidas por seguranças de estabelecimentos como shoppings, lojas, casas noturnas e boates dão margem a indenizações. O secretário geral da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de São Bernardo, José Claudio da Cruz, explica que, o abuso comprovado por parte de seguranças particulares trata-se de exercício arbitrário das funções.

“Nesses casos, quem sofre a agressão pode entrar com uma ação por danos morais”, explicou o advogado. Contudo, é importante registrar boletim de ocorrência bem como fazer exame de corpo de delito.

Segundo Cruz, no caso do estudante Michel Gomes Arruda, o ataque dos seguranças, com ou sem cacetete, não agrava o delito. “Agressão é agressão”, disse o advogado.

De 1997 até o ano passado, o Diário publicou onze reportagens sobre agressões promovidas por seguranças. É praticamente um caso a cada ano.

Por Rodrigo Bruder e Isis Mastromano Correia - Diário do Grande ABC / Foto: www.waymarking.com
Assine nosso Feed RSS
Últimas Notícias Setecidades - Clique Aqui
As últimas | Cidade
06/04/2020 | Atualização 06/04/2020 do avanço Coronavírus na região do ABC Paulista
03/02/2020 | Com um caso em Santo André, São Paulo monitora sete casos suspeitos de Coronavírus
25/09/2018 | TIM inaugura sua primeira loja em Mauá no modelo digital
As mais lidas de Cidade
Relação não gerada ainda
As mais lidas no Geral
Relação não gerada ainda
Mauá Virtual
O Guia Virtual da Cidade

Todos os direitos reservados - 2024 - Desde 2003 à 7690 dias no ar.